terça-feira, 31 de julho de 2018

Alguns pontos sobre a Copa que podem estar no seu vestibular

Em um ano de Copa do Mundo não há como ficarmos alheios diante de um evento de projeção mundial, ainda mais sabendo que alguns vestibulares costumam utilizar fatos ocorridos durante o evento em suas provas. 

Desta vez, acreditamos que não seja diferente e (por puro achismo, diga-se de passagem) iremos mencionar algumas questões pertinentes a disciplina que rege este blog e que achamos dignas de destaque e que podem marcar sua presença em algum exame de vestibular pelo país ou mesmo pelo maior deles, o ENEM. 

Então, vamos aos apontamentos:

A questão de Kosovo na vitória da Suíça sobre a Sérvia. 

Shaqiri comemora gol imitando a águia da bandeira da Albânia
Jogador suíço comemora gol imitando a Águia da bandeira albanesa. Fonte: Reuters




Chamou a atenção na comemoração do jogador suíço na vitória de seu time sobre a Sérvia, a comemoração do que muitos julgaram ser a "pomba da paz". Porém a questão era de outro cunho. 

Nesta que pode ser considerada a copa das multiculturalidades, onde vários jogadores defenderam países de nacionalidades que não são as suas de origem, jogadores do time suíço (de origem kosovar) utilizaram a copa para expôr a questão do seu país de origem para o mundo. 

Kosovo é uma pequena região, de maioria albanesa, que se tornou independente da Sérvia em 2008 (algo não reconhecido pela Sérvia e por diversos países). A "pomba" que muitos acharam estar na comemoração do jogador suíço, na verdade se trata da águia da bandeira da Albânia, cuja população é maioria em Kosovo, sendo inclusive o país de origem de mais de um jogador da seleção suíça. 

A comemoração então, revela um apoio a independência da região e ao seu reconhecimento por parte das outras nações do mundo, mas principalmente pela Sérvia que sempre se negou a este ponto. O que se deve, em parte, ao esfacelamento da antiga Iugoslávia no início dos anos 90, que deixou aos sérvios o título de herdeira. 






A campeã multicultural França


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Fonte: R7.com


Muito se comentou sobre a seleção francesa (assim como a belga e a inglesa) pelo fato da diversidade étnica compôr esta seleção que se sagrou campeã da Copa da Rússia. 

78% da seleção francesa de futebol é composta por imigrantes que disputaram o torneio por um país que não era o seu de origem. Feito que também pode ser notado no primeiro título francês em 98. 

Isto nos convida a pensar (e o franceses mais ainda) sobre a questão na xenofobia não só num contexto local, mas em um contexto continental e até global se tomarmos de partida a dimensão que a Copa do Mundo possui atualmente. 

A conquista do título por um time majoritariamente de imigrantes pode ser a porta de entrada para um combate mais positivo à xenofobia. Ainda movidos pela euforia da conquista, caberia aos franceses incentivar campanhas utilizando a própria seleção para lutar contra este preconceito que inclusive já chegou a ser uma política velada de um presidentes francês que, por ironia ou não do destino, era filho de um imigrante. 

Também serve para mostrar que com a globalização e as trocas cada vez mais rápidas de pessoas, culturas e informações, adicionadas ao "facilitador" da França estar em um bloco econômico com livre circulação de pessoas (União Européia) sirvam para mostrar que, apesar de manterem suas raízes e costumes, as nações estão cada vez mais multiétnicas (embora isso seja um pioneirismo nosso) assim como seus costumes, o que promove um enriquecimento cultural em escala exponencial, permitindo situações como a representada nesta Copa do Mundo. 



O Esfacelamento da Iugoslávia 


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Fonte: AFP

Outra questão que pode ser que ganhe destaque nos vestibulares deste ano, se refere a vice-campeã Croácia, cuja determinação e entrega saltaram aos olhos nessa Copa. Muitos, inclusive, atribuíram o passado recente do jovem país aos conflitos sofridos na conquista por sua independência no início dos anos 90. 

A Croácia surgiu após o início do esfacelamento da antiga Iugoslávia no início dos anos 90. O país travou uma luta sangrenta mesmo após sua independência em 91. Inclusive um dos avôs de um dos jogadores foi assassinado durante esses conflitos. 

Os croatas se tornaram independentes da Sérvia, auto-proclamada herdeira da Iugoslávia, (que viria dar origem a outros 6 países) em uma luta sangrenta que perdurou mesmo após a independência do país pelo fato dos sérvios não aceitarem a independência da etnia croata. 

Aliás, a Iugoslávia se dissolveu em tantos países exatamente por conta de etnias que eram oprimidas pelos sérvios, maioria dentro da antiga Iugoslávia, sob a figura de Slobodan Milosevic que, voltando a Croácia, ainda permaneceu ocupando o país até 95, só se retirando após sanções da ONU impostas a então Iugoslávia. 

xxxxxx


Ao fim deste post queremos reiterar que aqui são apenas sugestões daquilo que achamos que pode cair no ENEM ou mesmo num vestibular que não utilize o Exame Nacional do Ensino Médio. Não quer dizer que vão cair!!!!!!

Ainda que não caia, achamos que são assuntos que valem a pena ser comentados e que podem enriquecer ou mesmo formar discussões acerca do tema debatido, usando a Copa como pano de fundo. 

De qualquer forma, ficam aqui os nossos apontamentos. 


sexta-feira, 13 de julho de 2018

Cinema, Pipoca e Geografia! - Eu não sou um homem fácil

A indicação de hoje é um convite que te fará pensar (principalmente se você for homem) sobre alguns valores e conceitos de nossa sociedade atual. Trata-se do filme: "Eu não sou um homem fácil"





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No filme, um típico homem machista acaba parando em um "mundo alternativo" onde os homens possuem comportamentos característicos das mulheres da sociedade atual e as mulheres se comportam como os homens de nossa sociedade (claro que não vamos generalizar...). 

A trama toda do filme se baseia na "estranheza" por parte do protagonista em ver uma sociedade completamente diferente daquele que ele julgar ser normal. Em sua jornada, várias situações vividas pelas mulheres como abuso, cantadas, menosprezo, preconceito e etc. ocorrem com o sexo oposto e nos convidam a refletir sobre como o outro se sente na sociedade. 

O filme possui um enredo de fácil entendimento e também questionador que coloca o expectador frente a questões (tabus) de nossa sociedade que alguns até tratam com certa naturalidade, mas que não tem nada de natural. 

É um filme que pode ser usado para discutir questões relacionadas ao papel da mulher na sociedade, ao empoderamento feminino e como o machismo ainda predomina em nossa sociedade. 

É um ótimo convite à reflexão e vale a pena conferir!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!