O Brasil tem uma população de 202.768.562 de habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados são estimativas de população no dia 1º de julho de 2014. Com isso passamos a barreira dos 200 milhões de habitantes, mas algumas coisas ainda se mostram "como antes" como podemos observar olhando atentamente o mapa abaixo.
Não é de causar estranheza que ainda continuamos maciçamente concentrados no litoral do nosso país, embora o "interior" tenha apresentado crescimento populacional, principalmente nas cidades (o que necessariamente não quer dizer que as pessoas estão tendo mais filhos, visto que o êxodo rural pode ser um fator importante que engrossa o crescimento do número de pessoas nas cidades). Dentre os fatores que justificam uma maior concentração da nossa população ainda no litoral estão:
- O desenvolvimento das primeiras atividades econômicas brasileiras nesta região (extração de Pau-Brasil, café, cana de açúcar...)
- A longa presença da capital nacional (primeiro Salvador e sua posterior transferência para o Rio de Janeiro).
- O consequente desenvolvimento das primeiras metrópoles brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro.
Para tentar reverter este quadro foram realizada tentativas de incentivo a ocupação do "interior", pois havia a preocupação (principalmente por parte dos militares) de que habitantes dos países fronteiriços pudessem invadir nosso país e ocupar nossas terras, justamente pela falta da "presença" de brasileiros (muito disso se faz presente em um dos lemas militares, o "integrar" para não "entregar"). Dentre as tentativas dos governos brasileiros para a ocupação do interior do nosso país, podemos citar:
- A transferência da capital para Brasília.
- A criação da Zona Franca de Manaus.
- Ciclos econômicos da Amazônia.
- A aquisição de terras no centro-oeste brasileiro, especialmente por produtores da região Sul do país.
Mesmo com todas essas tentativas, até hoje, ainda continuamos esmagadoramente concentrados no litoral; o que faz de nós um país muito populoso, mas "pouco" povoado.
Ainda segundo o IBGE todas as cidades apresentaram crescimento populacional, mas chama a atenção o fato de que os municípios de porte médio vem crescendo em maior número, mesmo que ainda haja uma forte concentração nos grandes centros. Isso pode ser explicado, em parte, por uma tendência da população em sair dos grandes centros e buscar cidades menores para fugir de problemas comuns a estas como a violência urbana, congestionamentos, poluição, etc que, mesmo sendo encontrados em cidades menores, se apresentam em escala menor em comparação aos grandes centros urbanos.
Quanto as grandes cidades, o crescimento não foi tão grande. Fator esse que pode ser explicado pelo ritmo lento de crescimento de algumas das principais capitais do País, e principais núcleos metropolitanos, como o caso de Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Belém, Recife e São Paulo. Atualmente, as taxas de crescimento dessas capitais se encontram abaixo da média nacional.
Já os pequenos municípios brasileiros são aqueles que, em média, apresentam as menores taxas de crescimento populacional entre os anos de 2013 e 2014. O baixo crescimento, ou até decréscimo em muitos casos, pode ser explicado pelo componente migratório, influenciado por seu baixo dinamismo econômico.
Com informações do IBGE.