Hoje, completa-se o 30º "aniversário" do acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, então pertencente à União Soviética.
O acidente começava na madrugada do presente dia, com a explosão do reator 4 da usina nuclear que demoraria dias para ser controlado.
Em 36 horas após o ocorrido, pessoas - sem saber do ocorrido - foram evacuadas das cidades próximas num raio de 30km, enquanto equipes já trabalhavam para isolar e limpar o local.
Ainda hoje, mesmo 30 anos após o acidente, as cidades próximas a usina ainda permanecem fantasmas. Em algumas delas a floresta já tomou conta e animais selvagens já passeiam pelos prédios das antigas cidades.
Visitar esses lugares hoje, embora haja um risco, é voltar ao passado e remontar ares dos tempos de guerra fria. Devido a evacuação às pressas, as cidades pararam no tempo e muita coisa foi deixada exatamente como estava. Escolas, hospitais, apartamentos, lojas, fábricas... tudo intocado, embora marcado pelo tempo, parece ser uma cicatriz de um acidente que o tempo não apagou e nem vai apagar...
A usina já não funciona mais desde 2000, o reator que explodiu foi isolado por concreto e aço, mas a estrutura precisa ser refeita e modernizada. Talvez, após a sua conclusão, recomecem os trabalhos de limpeza da usina e de seus arredores, quem sabe, numa tentativa de maquiar esse terrível acidente que marcou uma época e que ainda gera consequências até os dias atuais e, por conta da radioatividade que o local ainda possui, sabe-se lá por mais quanto tempo.
Embora a tecnologia tenha evoluído e muitos países se utilizem dessa energia, mesmo que seja em escalas diferentes, mas se utilizam, inclusive o Brasil; que o acidente de Chernobyl sirva de constante alerta para os perigos da produção deste tipo de energia que, apesar de ser considerada "limpa", gera impactos imensos com a produção de lixo nuclear, que não pode ser descartado e, portanto, deve ser armazenado; além é claro da convivência com um possível acidente todo o tempo de funcionamento da usina...
Que a tragédia sirva de exemplo para que se tenha o máximo de cuidado, mesmo que isso ainda seja pouco, com a produção deste tipo de energia, ou, do contrário, as feridas causadas por um eventual desastre atravessarão gerações...