O furacão Florence tem sido notícia ao chamar a atenção por seu tamanho e, infelizmente, por seu poder de destruição.
Mesmo após ter se enfraquecido e se tornado uma tempestade tropical, o furacão colecionou vítimas e estragos por onde passou.
Mas, afinal de contas, como se formam furacões como o Florence?
Furacões como este compreendem tempestades severas com ventos maiores que 120 Km/h. Geralmente estão associados a um centro ciclônico e ventos em espiral; possuindo diâmetros de centenas de quilômetros. Sua duração pode ser de uma semana a quase um mês.
Para a formação de um furacão é necessária uma grande coluna oceânica aquecida a mais de 26°C para o fornecimento de um ar quente e úmido por conta da evaporação que se formará com o aquecimento desta coluna de água.
Paralelo a isso, temos um sistema de ventos (frontal ou convectivo), onde a circulação atmosférica seja caracterizada por uma coluna de ar ascendente, na qual o vapor d´água, a medida em que alcança a alta atmosfera, provoca a condensação do vapor d´água. A condensação vai ocorrendo de forma cada vez mais intensa que libera calor e acaba aquecendo o ar ao redor.
O mar, por sua vez, acaba atraindo mais vento que sobe em forma de coluna de ar, atraído pela força de Coriolis. Esses ventos acabam agitando o mar e as ondas se atritam com o vento, gerando mais calor e, consequentemente, vapor d´água. Assim o ar chega para a coluna vertical com mais energia, o que causa um mecanismo de retroalimentação e a formação do furacão.
Deste modo, podemos notar que é fundamental a presença da coluna de oceano aquecida para dar início ao processo. Conforme a coluna se desloca em direção ao continente, o processo de retroalimentação é quebrado pela falta de vapor d´água suficiente para alimentar o processo, já que a base vem do oceano, levando o furacão a perder força, como aconteceu com o Florence e praticamente todos os furacões existentes, o fazendo "descer" a categoria de tempestade tropical até se esvair por completo.
Perdendo a sua fonte de vapor d´água (que vem pelo aquecimento de uma coluna d´água no oceano a mais de 26°C), o furacão tem seu processo de retroalimentação quebrado, perde força, até que se dissipa, mas acaba deixando um rastro de destruição imenso.