Desde que ocorreu a crise nos EUA em 2008, a Grécia vem passando uma crise que parece interminável. Mesmo que esta crise tenha se desenhado com os prejuízos das olimpíadas sediadas pelo país em 2004, a crise de 2008 pare ter sido o fim da linha para a Grécia que agora vive de pires na mão pedindo ajuda aos outros países do mundo...
E não tardou a chegar a "ajuda". Porém, a mesma mão que dá ajuda, toma com uma violência de uma eficiência nefasta. Em troca dessa ajuda o FMI e agora até a União Européia pedem que a Grécia passe por reformas, leia-se reduzir os gastos públicos e aumentar os impostos. Já viram algo parecido por aqui no início dos anos 90 ? Eu também...
Sabendo que a redução dos gastos públicos significará demissão de funcionários e a redução da assistência do Estado, a população recebeu essa ajuda de forma negativa e com razão. O problema é que o país está endividado até o pescoço e não está vendo outra solução a não ser se vender em troca de ajuda, totalmente intencionada...
É a velha cartilha do neoliberalismo ressurgindo na Grécia...
A União Européia prometeu ajuda financeira à Grécia para evitar a falência no país. O dinheiro só será concedido, no entanto, se o Parlamento grego aprovar plano de austeridade, finalizado durante negociações com os credores internacionais.
Em comunicado, os 27 líderes do bloco afirmaram que medidas como redução de gastos públicos e aumento de impostos precisam ser finalizadas nos próximos dias e que isso dará base para estabelecer parâmetros do novo programa de desembolso pela UE e FMI.
O primeiro-ministro grego, George Papandreou prometeu aprovar a reforma radical da economia. O ministro de finanças Evánguelos Venizelos fechou em reunião com inspetores da EU e do FMI acordo sobre aumentos adicionais de impostos e cortes de gastos públicos.
O texto foi analisado em uma primeira reunião com Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, a premier alemã Ângela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy. Depois, o documento passou pelo crivo dos outros 27 dirigentes e do presidente do Banco Central Europeu, Jean Claude Trichet.
O novo pacote de austeridade deve ser votado na próxima semana é essencial para que a Grécia receba a ajuda, de 12 bilhões de euros. Segundo informações da agência Estado, um segundo plano também poderia ser acionado, disponibilizando 110 bilhões de euros para o país em crise.
As medidas, que visam conter gastos, tiveram repercussão impopular. Isso porque é provável que os trabalhadores sejam os mais prejudicados, com o corte de empregos e aumentos dos impostos. A aprovação do pacote gerou cisão interna até mesmo no partido do governo socialista. Membros afirmaram que não votarão pela aprovação do pacote.
Extraído de cartacapital.com.br
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