Todos estamos acompanhando o desenrolar das manifestações e do xadrez geopolítico que se desenvolveu ao redor da Ucrânia nos últimos dias.
Os protestos se iniciaram quando o presidente já deposto recusou assinar um acordo de aproximação com a UE para ficar mais próximo da Rússia. Decisão essa que frustou os ucranianos e os levaram a protestar e pedir a renúncia do então presidente ,que era pró Rússia diga-se de passagem.
Mas, a península da Crimeia, região da maioria russa, não viu com bons olhos essa manifestação dos ucranianos e busca sua independência para então se anexar a Rússia de Putin.
A partir disso os olhos do mundo se voltaram para o país que condena essa ação da Crimeia e alega que a mesma viola leis internacionais que a Península diz não violar. Nesse jogo de pura estratégia, alguns "cachorros grandes" se meteram...
Os Estados Unidos, sempre eles, e a UE, já lançaram mão de algumas medidas restritivas. Por enquanto essas medidas se restringem aos passaportes de pessoas ligadas a essa situação que ficaram impedidas de circular na UE ou ir ao EUA. As que já estavam nesse locais foram deportadas.
A Rússia, por sua vez, está sob suspeita de ter enviado tropas e cavar trincheiras na Crimeia; embora o presidente Putin negue e tenha até declarado que "em qualquer loja se vende um uniforme do exército russo" as evidências apontam cada vez mais para o contrário.
Desse xadrez podemos até ter um pequeno vale a pena ver de novo de uma guerra fria. Mas, acredito que numa escala bem reduzida se comparado a ela.
Embora as sanções já estejam valendo, não acredito que elas devam se multiplicar ou se tornarem mais extremas. Em tempos de uma Globalização cada vez mais pulsante e de um mundo cada vez mais interligado, impor uma sanção da caráter econômico a Rússia seria atirar no próprio pé. Isso porque mais de 1/3 do Gás Natural consumido na UE vem da própria Rússia que, por sua vez, tem nas exportações do mesmo seu carro-chefe da economia, que já não anda lá aquelas coisas...
O interesse da Rússia nessa região é puramente histórico, haja visto que a Crimeia já pertenceu à URSS, sendo dada a Ucrânia pelo então presidente Nikita Khrushchev e que depois, com a independência da Ucrânia em 1991, continuou a pertencer ao referido país com o aval de Yéltsin; desde que bases russas permanecessem na região.
Ao que tudo indica, a península da Crimeia está mesmo disposta a se tornar independente da Ucrânia para se anexar a Rússia. Embora ainda seja cedo para prever os rumos dessa questão e os próximos movimentos desse xadrez geopolítico que se formou, parece que a Península já deu seus primeiros passos rumo a sua independência da Ucrânia...
Agora é esperar a reação dos outros envolvidos nessa questão...
Com informações da: Folha de São Paulo / BBC Brasil / Yahoo Notícias.
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