terça-feira, 25 de agosto de 2015

Brasil e Alemanha estreitam suas relações comerciais

Semana passada a chanceler alemã, acompanhada de uma junta de políticos, veio ao Brasil para estreitar relações conosco. Com isso, entramos para um seleto grupo de países com os quais a maior economia da Europa mantém relações estreitas. A saber: França, Itália, Polônia, Espanha, Israel, Rússia, Índia e China.

Os acordos preveem visitas a cada 2 anos entre os países por seus representantes (Merkel veio este ano, Dilma irá em 2017). Os acordos assinados estreitam as relações em diversas áreas que vão desde uma tentativa de reforma conjunta da ONU a investimentos em infraestrutura e expansão do ensino do idioma alemão no Brasil.

Na área ambiental a expectativa fica sobre o depoimento conjunto das duas sobre a COP que ocorrerá no final do ano, em Paris. Além disso, há também investimentos da Alemanha na proteção a floresta Amazônica e áreas de transição para o Cerrado. Fecha o pacote ambiental os investimentos em redução dos gases estufa. 

Já no que se refere à ONU, tanto Alemanha quanto Brasil querem a reforma da instituição (leia-se um lugar no conselho de segurança permanente, pra cada um). Soma-se a isso a relação ambígua que ambos têm com um certo Tio San e que, portanto, aproximam os dois em torno de um objetivo comum. 

Ainda em termos políticos, outro ponto que une os dois é a defesa dos dados de ambos os países da espionagem pela internet. Desde a revelação dos casos de espionagem que os dois países sofreram por parte dos EUA, ambos têm apresentado propostas à ONU para melhorar essa questão. Também, é claro, há uma cooperação maior por parte da Alemanha em relação ao Brasil, por ter tecnologia mais avançada, na proteção dos dados do governo brasileiro. 

Na economia, a questão fica por conta da expansão do ensino da língua alemã em nosso país, dos investimentos da Alemanha na exploração de matérias-primas utilizadas para a produção de Smartfones, por exemplo. (atualmente, praticamente a China explora as matérias-primas necessárias; o que leva os outros países a temerem um certo monopólio por parte dos chineses). Além disso outros investimentos na área de logística, ainda serão anunciados pela Alemanha. Claro que não com tanto "estardalhaço" como fez o presidente chinês quando aqui esteve. 

A parceria promete render bons frutos ao nosso país, mas, a princípio, nada imediato. Os alemães pensam em longo prazo, muito diferente da nossa cultura imediatista, o que pode conduzir a um erro de raciocínio de que essa parceria é só pra "inglês ver". 


Com informações do Terra e da BBC.       

terça-feira, 18 de agosto de 2015

13/08/15 Dia da Sobrecarga da Terra

Desde o início deste milênio o dia da Sobrecarga da Terra faz parte de nossas vidas... Apesar de já lidarmos com ele, basicamente desde a primeira Revolução Industrial, o dia da Sobrecarga da Terra se comemora sempre que a demanda de recursos naturais da Terra para o ano é esgotada antes do tempo pelo homem. 

Há 15 anos atrás, esse dia foi "comemorado" em outubro. Agora, o dia chega com dois meses de antecedência em relação ao ano de 2000, revelando o quão desenfreado anda o consumismo e o desperdício por parte dos seres humanos. 

Cientistas alertam que se continuarmos nesse ritmo, a Terra, obrigada a trabalhar "no vermelho", sofrerá consequências irreversíveis, dificultando cada vez mais a nossa existência aqui. Tais fatos se refletem nos números relacionados ao desmatamento, a escassez de água e a arenização dos solos. 

Por mais que medidas estejam sendo tomadas para minimizar essa situação, ainda estamos longe do ideal para que o planeta volte a trabalhar "no azul". Por mais que tecnologias que buscam o desenvolvimento sustentável estejam em voga há mais de 40 anos, ainda estamos engatinhando no objetivo de reverter este quadro que se apresenta desolador. Mas, nem tudo é pessimismo. 

Uma solução para que essa data seja extinta do calendário é um trabalho global que conte com o empenho de todas as nações, mas sem aquele famoso jogo de empurra que acontece em toda COP, por exemplo. Sem uma união que supere nacionalidades, credos e ideologias em prol do bem da humanidade, vamos assistir a raça humana definhar aos poucos e datas como essa se proliferarem aos montes.  

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Clima e Tempo significam 6 e meia dúzia?

Antes de iniciar a postagem de hoje, queria pedir desculpas aos nossos leitores pela longa ausência deste blog. 

Passei por uns "problemas técnicos" durante os últimos 6 meses e por isso me mantive afastado das postagens semanais, mas, desde a semana passada, tenho retomado o ritmo semanal de postagens do blog, além das constantes publicações em nossa página no Facebook, que você pode curtir na coluna da direita dentro deste blog. 

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O tema de hoje nos remete a uma confusão cometida há muito tempo sobre os conceitos de tempo e clima. 

No meio em que os conceitos foram criados, a distinção entre ambos é facilmente percebida. Mas para quem não vive nesse meio, a indução a pensar que tempo e clima são "6" e "meia dúzia", ou seja, a mesma coisa só que com nomes diferentes, é grande...

Essa antiga questão entre tempo e clima nos foi reavivada graças o quadro de previsão do tempo do Jornal do SBT, intitulado de "nosso clima", como você pode ver na imagem abaixo.



A intenção talvez, e pelo visto com certeza não é, não é propagar essa confusão que existe entre os dois conceitos. Mas um quadro chamado "nosso clima" que faz previsão do tempo pode sim acabar colocando "tudo dentro do mesmo saco". 

Para tentar desfazer esse mal intendido, tão comum na mídia atualmente - pois isso não é uma exclusividade da emissora supracitada - coloco abaixo os dois conceitos para que haja uma pequena luz em relação ao esclarecimento e diferenciação sobre quando se trata de tempo e quando se trata de clima.

Quando estamos falando de TEMPO, estamos nos referindo ao estado momentâneo da atmosfera. Ou seja, como ela se apresenta num dado momento. Como exemplo podemos usar as seguintes frases:

Chove neste momento no Rio de Janeiro. 
Amanhã o teremos nuvens carregadas no interior do Acre. 
Céu claro e sem nuvens da Bahia a Sergipe. 

Agora, se estamos falando de CLIMA, estamos nos referindo a um estudo atmosférico de longa data que permite elencar características comuns. Geralmente, esse período de tempo corresponde a décadas. Podemos usar como exemplo as seguintes frases. 

O inverno no Rio Grande do Sul é sempre rigoroso. 
Todo ano chove muito no Rio de Janeiro. 
O verão nordestino é sempre muito intenso. 



Insistimos em dizer que talvez o referido exemplo não tenha a menor intenção de acalentar ainda mais essa confusão de conceitos; nós apenas o utilizamos por ser o que aparece mais frequentemente. Contudo, agora, de posse desta pequena diferenciação, esperamos que o leitor consiga diferenciar tempo de clima e vice-versa e não mais achar que ambos são "6 e "meia dúzia".  

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Bradesco compra operações do HSBC e se consolida como segundo maior banco.

Esta semana o Bradesco anunciou a compra das operações de varejo do HSBC por um preço até maior que o estimado. As cifras que giravam em torno de 14 bilhões de reais, foram ultrapassadas em 3 bilhões pelo Bradesco.

A aquisição não encerra as atividades do HSBC no Brasil que agora passará a se dedicar as operações de atacado, ou seja, as empresas.

Para o Bradesco essa fusão tem um significado especial, ela reduz a distância para o seu maior rival, o Itaú Unibanco que foi aberta quando houve a fusão entre os dois últimos. De quebra, o Bradesco também se consolida como o segundo maior banco do país.

Além disso, o Bradesco também "ganha" uma carteira de clientes de alta renda, que gira em torno de 1 milhão de correntistas. Soma-se a isso a financeira Losango, também pertencente ao HSBC, mas que agora passa às mãos do Bradesco.

Motivos esses que levaram o banco a oferecer 17 bilhões de reais, 3 bilhões a mais em relação ao avaliado para este negócio; desbancando concorrentes como o Santander e o maior rival, o Itaú Unibanco.

Contudo, já se especula um corte de funcionários do antigo HSBC, algo em torno de 2% do quadro de funcionários. Além disso, visões mais pessimistas apontam para um encarecimento de financiamentos e dificuldades para obtê-los, dada a redução nas opções junto aos bancos.

Especulações à parte, de concreto mesmo fica o fato de que, agora, aproximadamente 85% dos depósitos feitos no país, se concentram em 5 bancos. E essa escassez de concorrentes pode sim elevar preços como o de financiamentos.

Resta-nos agora esperar para ver o que virá desta compra. Se teremos os efeitos de um possível desemprego conjuntural, se a "falta de concorrentes " elevará preços. Mas, principalmente, como o Bradesco transformará os últimos balancetes negativos do HSBC em positivos. Algo que, aliás, não acho que será um fardo tão grande assim, visto que o último balancete do Bradesco registrou lucro de mais de 3 bilhões.

Com informações do Estadão