Esta semana o Bradesco anunciou a compra das operações de varejo do HSBC por um preço até maior que o estimado. As cifras que giravam em torno de 14 bilhões de reais, foram ultrapassadas em 3 bilhões pelo Bradesco.
A aquisição não encerra as atividades do HSBC no Brasil que agora passará a se dedicar as operações de atacado, ou seja, as empresas.
Para o Bradesco essa fusão tem um significado especial, ela reduz a distância para o seu maior rival, o Itaú Unibanco que foi aberta quando houve a fusão entre os dois últimos. De quebra, o Bradesco também se consolida como o segundo maior banco do país.
Além disso, o Bradesco também "ganha" uma carteira de clientes de alta renda, que gira em torno de 1 milhão de correntistas. Soma-se a isso a financeira Losango, também pertencente ao HSBC, mas que agora passa às mãos do Bradesco.
Motivos esses que levaram o banco a oferecer 17 bilhões de reais, 3 bilhões a mais em relação ao avaliado para este negócio; desbancando concorrentes como o Santander e o maior rival, o Itaú Unibanco.
Contudo, já se especula um corte de funcionários do antigo HSBC, algo em torno de 2% do quadro de funcionários. Além disso, visões mais pessimistas apontam para um encarecimento de financiamentos e dificuldades para obtê-los, dada a redução nas opções junto aos bancos.
Especulações à parte, de concreto mesmo fica o fato de que, agora, aproximadamente 85% dos depósitos feitos no país, se concentram em 5 bancos. E essa escassez de concorrentes pode sim elevar preços como o de financiamentos.
Resta-nos agora esperar para ver o que virá desta compra. Se teremos os efeitos de um possível desemprego conjuntural, se a "falta de concorrentes " elevará preços. Mas, principalmente, como o Bradesco transformará os últimos balancetes negativos do HSBC em positivos. Algo que, aliás, não acho que será um fardo tão grande assim, visto que o último balancete do Bradesco registrou lucro de mais de 3 bilhões.
Com informações do Estadão
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