Mais uma COP se foi, a 23ª, e podemos dizer que apesar de todo o esforço em torno de importantíssima questão climática, houveram prós e contras. Podemos destacar alguns pontos deste saldo a seguir:
Negativo para o mundo, porque após 2 anos de estabilidade, o nível de CO2 na atmosfera voltou a crescer.
Negativo para o acordo de Paris que ainda conta com a ignorância do presidente dos EUA (2ª maior nação poluidora do mundo) que insiste em não cooperar com o Acordo de Paris. Provavelmente achando que a culpa ainda é dos chineses...
Negativo até para o nosso pais que ganhou o prêmio fóssil do dia por oferecer para empresas petrolíferas incentivos fiscais por 30 ANOS! que acumulados somam a exorbitante quantia de 1 TRILHÃO DE REAIS!!!
Claro que há também o outro lado da balança, onde devemos ressaltar projetos ambiciosos como a redução da energia proveniente do carvão mineral por parte de alguns países europeus, como Alemanha e Inglaterra, que se comprometeram em investir em energias limpas para suprir a dependência do carvão mineral.
Positivo também para o mundo que ganhou mais investimentos na área de pesquisa e execução de projetos verdes.
Positivo para o Acordo de Paris que não foi esvaziado politicamente, mesmo com a saída dos EUA (valendo aqui comentar que os EUA ainda são estritamente necessários no engajamento pela mitigação das consequências das mudanças climáticas; Haja visto que mesmo que Europa, adote suas medidas, elas ainda não compensarão os danos causados pelo não engajamento dos EUA).
Positivo, em parte, até para o próprio EUA que mesmo com a supracitada ignorância do seu presidente, mobilizou-se em esferas menores de poder como estados e municípios, além da iniciativa privada e assinaram o acordo climático por conta própria.
Para o Brasil que, apesar dos pesares, conseguiu reduzir em 28% o desmatamento na Amazônia e apresentou, via ONG, uma proposta concreta para conter os avanços do desmatamento na Floresta Amazônica e ainda se candidatou a sediar a COP25, já que a próxima será realizada na Polônia, no ano que vem.
Aliás, a próxima COP promete ser ainda mais desafiadora; pois já se espera que 2 anos após o acordo de Paris, algum resultado, mesmo que tímido, seja apresentado. Pelo menos este é o desejo do grupo de países insulares, os mais afetados por essas mudanças, correndo até mesmo o risco de desaparecerem caso nada seja feito.
Também será grande a pressão sobre os EUA em relação ao Acordo de Paris, já que até mesmo a Síria, em guerra civil e num estado de calamidade total, assinou o Acordo, deixando os EUA isolado em sua posição de recusa a assinatura do mesmo.
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