Depois de sucessivas derrotas no Parlamento britânico, seguidas de pedidos desesperados de adiamento à União Europeia para o Brexit, parece que a Primeira Ministra britânica agora vai tentar uma nova via para conseguir o tão sonhado acordo, que, a esta altura, já se tornou um trabalho hercúleo.
Agora a Primeira Ministra tenta um acordo com a oposição para que, finalmente, o Brexit seja votado e aprovado no Parlamento. Anteriormente, o texto para a votação do Brexit já tinha sido recusado 3 vezes, o que acabou desgastando a imagem da primeira ministra e fazendo a União Europeia perder a paciência em relação a essa questão.
Aliás, a saída era para ter sido concretizada em março, mas com as sucessivas derrotas e adiamentos, agora o prazo é até o outubro e May corre contra o tempo para tentar a aprovação do acordo, antes que sua cabeça fique a prêmio no parlamento.
As concessões que pretende fazer à oposição dizem respeito aos direitos trabalhistas, circulação de mercadorias e tarifas alfandegárias. Assuntos um tanto espinhosos já que a ideia de May era justamente retirar a Grã-Bretanha da união alfandegária e do mercado comum europeu para voltar as controlar suas políticas comerciais e de imigração, sem depender da União Europeia para isso.
Aliás, esse tem sido o pivô dessa saída da União Europeia, especialmente com a crise migratória causada pela guerra civil na Síria que já dura mais de 5 anos.
A população, por sua vez, também já se mostra descontente e impaciente com esse novela do Brexit. Algo que foi refletido nas últimas eleições municipais onde o partido de May perdeu diversos assentos e outros partidos aumentaram sua representatividade.
Talvez esse seja mais um aditivo para que May corra com o acordo e tente aprovar o Brexit com a oposição e antes de novas eleições na terra da rainha. Do contrário, pode ser que ela não seja mais a ocupante do cargo político mais alto da Inglaterra e o Brexit não passe de um rompante motivado por uma crise migratória.
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