O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã reconheceu hoje que as sanções impostas ao país vão obstaculizar o andamento do programa nuclear iraniano, o que justamente é a intenção de quem as aplica...
Brasília - Depois de anunciar que uma das principais usinas nucleares do país ficará pronta até o final de setembro, o chefe da Organização de Energia Atômica do Irã (Oeai), Ali-Akbar Salehi, reconheceu hoje (7) que as sanções impostas ao país pela comunidade internacional devem provocar atrasos no programa nuclear iraniano. Porém, negou que ocorra interrupção na usina de Bushehr cuja conclusão deve ocorrer entre 23 de agosto e 22 de setembro.
As informações são da agência oficial do Irã, a Irna. Salehi admitiu que as sanções vão 'criar obstáculos' no caminho de fornecimento de equipamentos de medição para o programa nuclear nacional. Mas, segundo ele, as sanções do Conselho de Segurança 'não são preocupação' central para pôr em funcionamento a usina nuclear de Bushehr.
De acordo com Salehi, a exploração de minas de urânio é feita para produzir 5% do combustível para a usina de Bushehr. Ele disse ainda que 'está pronto' para responder a todas as perguntas apresentadas pelo Grupo de Viena. Segundo o chefe da organização, as autoridades do Brasil e da Turquia responderam a nove perguntas encaminhadas pelo grupo. 'Estamos bem preparados para atender o restante das perguntas', afirmou.
Desde o início do mês passado, o Irã sofre sanções impostas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), pelos Estados Unidos, pela União Europeia e pelo Canadá. Para parte da comunidade internacional, o programa nuclear iraniano é uma ameaça pois esconderia a fabricação de armas atômicas. O governo do Irã nega as suspeitas.
As sanções atingem principalmente os setores militar e comercial do Irã. Recentemente aviões comerciais iranianos tiveram dificuldades para abastecer em aeroportos estrangeiros. Para especialistas, são as primeiras demonstrações dos efeitos práticos das sanções.
Extraído de msn.com.br
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