Recentemente foi publicado o aumento do salário dos professores de ensino básico. Apesar da notícia a ser comemorada, o que mais me incomoda é o fato como a mesma é noticiada: como algo pejorativo.
Já mencionei aqui em posts anteriores como sempre que se trata de aumento dos salários dos professores a notícia é veiculada de forma pejorativa, sempre em tom negativo. Deve ser porque positivo mesmo é aumentar o salários dos parlamentares em mais de 50%, já que o que pesa mesmo não são os aumentos deles mas sim o dos professores não é mesmo ?...
O mais curioso disso, pra não dizer revoltante, é o final da reportagem onde dizem que o prejuízo pode ser ainda maior porque está para ser validado um dispositivo onde o professor dedicaria 2/3 a sala de aula e 1/3 a aperfeiçoamento e planejamento. Como se isso fosse o maior absurdo do mundo, já que é perfeitamente compreensível que os professores separem um tempo para planejar uma aula de qualidade bem como se aperfeiçoarem para levarem a seus alunos uma aula de qualidade.
É tão revoltante quanto absurdo !
Cálculos divulgados hoje pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostram que será de R$ 1,8 bilhão o impacto do piso salarial nacional dos professores da educação básica nas folhas de pagamento dos municípios.
Ontem, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) impôs uma derrota a Estados e municípios ao concluir que o piso nacional é constitucional. Pela decisão, nenhum professor poderá ganhar menos do que R$ 1.187,97. Essa deverá ser a base do salário. O valor poderá ser aumentado por meio do recebimento de acréscimos e benefícios.
Conforme a CNM, o custo poderá ser ainda maior nas contas das prefeituras se o piso tiver como base valores do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), conforme recomenda a Advocacia Geral da União (AGU). Por esse cálculo, o piso deveria ser de R$ 1.239,27, o que representaria um gasto extra de R$ 2,3 bilhões.
O estudo ressalta que há o risco de o impacto se tornar maior. O Supremo ainda terá de decidir, provavelmente na próxima semana, se é válido ou não um dispositivo segundo o qual o professor deve passar dois terços da jornada dentro de sala de aula e o restante do tempo deve ser consumido com atividades de planejamento e aperfeiçoamento profissional.
Extraído de msn.com.br
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