Foram divulgados recentemente que iodo radioativo emitido pelo Japão foi encontrado no Canadá e na Rússia. Mesmo que os vestígios encontrados sejam muito abaixo dos níveis considerados toleráveis, a preocupação não se faz menor com o que pode acontecer, não só no Japão mas também no planeta, caso a usina nuclear japonesa passe por maiores percalços.
A situação de preocupação se justifica, pois, mesmo que o iodo tenha sido levado até lá por uma corrente de vento que deu a volta pelo pacífico chegando ao outro lado do mundo pelo oceano, nesta época do ano a tendência do vento é mudar de direção, ou seja, ele deixa de ter o sentido do Japão pro Pacífico e passa a ter o sentido inverso, muito por conta do fenômeno das monções.
Se essa mudança de vento ocorrer juntamente com um acidente mais grave em Fukushima, aí sim teremos sérios problemas de escala mundial, pois com a mudança a radiação atingiria facilmente o Japão, a Ásia, podendo chegar até a Europa, acometendo assim milhões de pessoas a radioatividade.
VLADIVOSTOK, Rússia (Reuters) - Traços do iodo radioativo que vazou da usina nuclear do Japão danificada por um terremoto foram detectados no extremo oriente da Rússia, mas não apresentavam riscos à saúde, disseram autoridades nesta terça-feira.
Exames do ar na região de Primorye, na Rússia, entre sábado e terça-feira encontraram traços de iodo-131, segundo o diretor do serviço meteorológico da região, Boris Bulai.
'A concentração é mais de 100 vezes menor que o nível aceitável, e portanto não apresenta nenhuma ameaça à saúde das pessoas', afirmou ele ao site da instituição.
Índices de radiação de entre 7 e 16 microroentgens por hora foram detectados em Primorye durante o período, medidas dentro do normal, disse o serviço. Autoridades russas dizem que até 30 microroentgens por hora é considerado seguro.
A capital de Primorye, Vladivostok, é uma cidade de 600 mil habitantes, localizada do outro lado do Mar do Japão, aproximadamente 800 quilômetros a noroeste da usina nuclear Fukushima Daiichi.
Depois do terremoto e do tsunami de 11 de março, moradores preocupados no extremo oriente da Rússia buscaram pílulas de iodo para proteger suas glândulas da tireóide, e criaram uma série de fóruns na Internet para monitorar a radiação.
Mas a porta-voz do serviço meteorológico Varvara Koridze disse que o movimento dos ventos desde o desastre indicavam que o iodo-131 detectado na região foi levado pelo vento no sentido leste a partir da usina, e deu a volta no mundo.
'Os ventos sopraram oeste-a-leste e as massas de ar se deslocaram pelos Estados Unidos e Europa', disse ela à Reuters.
Quantidades detectáveis de iodo-131, abaixo dos níveis de preocupação para a saúde humana, foram encontradas em áreas como Islândia, Canadá e alguns estados norte-americanos desde o terremoto de magnitude 9,0 e o tsunami que danificaram gravemente a usina no Japão.
Extraído de msn.com.br
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