Desde que as denúncias de fraude começaram a surgir milhares de pessoas foram as ruas protestar na Rússia, contra o que seria uma eleição pra lá de fraudulenta onde o partido do premiê Putin obteve maioria absoluta.
Com os protestos aumentando, fica nítido o descontentamento da população russa não só com seu premiê, mas com o presidente russo (apradinhado de Putin) e pode ser que a Rússia viva a sua "Primavera".
O maior país do mundo que já vive há um bom tempo sob um regime "autoritário" está dando sinais de que sua população já não está mais aguentando essa situação e que pode romper com isso. Por sua vez Putin, candidato em tese favorito para as eleições presidenciais de 2012, tenta mostrar todo o tempo que as eleições foram feitas de modo justo e limpo.
O maior país do mundo que já vive há um bom tempo sob um regime "autoritário" está dando sinais de que sua população já não está mais aguentando essa situação e que pode romper com isso. Por sua vez Putin, candidato em tese favorito para as eleições presidenciais de 2012, tenta mostrar todo o tempo que as eleições foram feitas de modo justo e limpo.
Como disse nosso ex-presidente uma vez... "o premiê deve estar "putin" com essa situação" ainda mais quando sua permanência no poder do país (ele foi presidente do páis entre 2000 e 2008 e agora atua como premiê) parece estar bem ameaçada por aquilo que alguns meios já noticiam como a "Primavera Russa".
Cumprindo a promessa feita ontem (9), manifestantes russos começaram a
lotar as ruas de diversas cidades do país neste sábado em atos contra as
supostas fraudes eleitorais que deram a vitória ao partido do premiê
Vladimir Putin no último pleito parlamentar. Os protestos, que devem ser
os maiores dos últimos 20 anos, chegam no mesmo dia em que o governo
confirmou os 49% dos votos à legenda Rússia Unida.
A polícia de Moscou confirmou às 18h locais (12h em Brasília), que o
número de manifestantes na capital chegou a 25 mil, embora os
organizadores dos protestos afirmem que a cifra alcança 40 mil. Mais
cedo, fontes policiais disseram que às 15h locais (9h de Brasília),
pouco mais de 20 mil pessoas se encontravam nas ruas da capital russa.
Um dos líderes do movimento opositor Solidarnost, Ilia Ponomarev, citado
pela agência Interfax, afirmou que 40 mil pessoas se encontravam no
local, e que outras 10 mil estavam a caminho.
Embora a legislação russa permita reuniões de no máximo 30 mil pessoas e
o governo tenha dado autorização para somente um protesto de cerca de
300 pessoas na praça Revolução, em frente ao Kremlin, a manhã de sábado
mostrou que os manifestantes pretendem levar um número elevado de
pessoas às ruas do país.
Ao menos mil protestam em Vladivostok, na costa do Pacífico, e em
Khabarovsk, na fronteira com a China, a polícia prendeu 20
manifestantes. Segundo a emissora britânica BBC milhares já saíram às
ruas na capital, às margens do rio Moscou, e a agência Associated Press
diz que mais de 70 cidades devem abrigar protestos.
Até o meio-dia de sexta-feira (hora local), 60 mil russos haviam
manifestado pelas redes sociais Facebook e VKontakte a sua intenção de
comparecer.
A eleição parlamentar de domingo, em que o partido governista Rússia
Unida viu sua bancada encolher em 77 deputados, embora mantendo uma
ligeira maioria no Parlamento, sinalizou um crescente descontentamento
contra os 12 anos de hegemonia política de Putin no maior país do mundo.
Durante a semana, o partido Rússia Unida negou as fraudes e acusou os
Estados Unidos de incitarem a agitação popular. Centenas foram presos
pela polícia durante a repressão a protestos logo após o término das
eleições.
RESULTADOS
O Diário Oficial russo publica neste sábado os resultados oficiais das
eleições legislativas de 4 de dezembro, que confirmam a vitória do
partido governista, Rússia Unida, com 49,32% dos votos.
Segundo os resultados publicados pelo "Rossiiskaia Gazeta", o partido do
primeiro-ministro Vladimir Putin terá a maioria absoluta de 238
cadeiras, de um total de 450, na Duma (Câmara Baixa).
Os resultados apontam 92 deputados ao Partido Comunista (19,19% dos
votos), 64 ao Partido Rússia Justa (centro-esquerda, 13,24%), e 56 ao
Partido Liberal Democrata (nacionalista, 11,67%).
O partido de oposição liberal Iabloko, com 3,43% dos votos, não estará representado na Duma.
De acordo com os resultados oficiais, a participação foi de 60,21%.
A missão de observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação
na Europa (OSCE) anunciou ter constatado muitas irregularidades na
votação. A oposição programou uma grande manifestação em Moscou para
este sábado para denunciar fraudes.
O site da ONG "Observador cidadão" (nabludatel.org), afirma que os
resultados reais das legislativas dariam ao Rússia Unida quase 20 pontos
a menos, com uma participação real de pouco mais de 50%.
TURBULÊNCIA
Na segunda-feira, a oposição realizou seu maior protesto dos últimos
anos em Moscou. A tensão política assustou os investidores, por
prenunciar uma fase de instabilidade na Rússia até a eleição
presidencial de 2012, em que Putin é favorito.
Ele já foi presidente de 2000 a 2008, quando passou o cargo para seu
afilhado político Dmitri Medvedev.
Desde então, ele atua como
primeiro-ministro, mas continua sendo o político mais poderoso do país.
O declínio no apoio ao Rússia Unida, partido de Putin, indicou a
frustração de grande parte do eleitorado com a corrupção, as
disparidades sociais e o medo de uma estagnação econômica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário