terça-feira, 12 de junho de 2012

Classe D e Idosos apresentam consumo expressivo

Pois é, quem diria que a classe D consumiria o equivalente ao PIB do Chile e os Idosos o equivalente ao PIB do Peru. 


É o que mostra a pesquisa de uma empresa na reportagem abaixo. De fato, estamos vendo uma (pequena) melhora social em nosso país; propiciada em grande parte por uma (pequena) melhora na distribuição de renda bem como na nossa economia. 


Não podemos negar que nossa economia prosperou, mesmo em época de crise, possibilitando a ascensão de muitas pessoas de uma classe para outra bem como tirando algumas pessoas da situação de pobreza extrema. 


Alguns vão dizer que foi por meio de políticas assistencialistas, em parte sim; mas não devemos tirar o crédito do Governo que também conseguiu alavancar nossa economia e melhorar, nem que seja um pouco, a distribuição de renda. 


Mas, se por um lado temos a celebrar essa notícia; por outro, temos algo a lamentar... 


Não é novidade pra ninguém que a "antiga classe média" anda se roendo por dentro e fazendo todo o tipo de protesto contra essa "nova classe média". Por diversas vezes, se mostraram incomodados com essa situação e vem fazendo seus patéticos protestos.

Sim, patético pois protestam como se "classe média" fosse um clube fechado onde a "tradição e bons costumes" jamais devem ser alterados... Pois é, mas as coisas mudam, vão se renovando; e evitá-las é simplesmente fechar os olhos para nossa realidade. Tudo bem que cada um tenha sua opinião, seus gostos e deve defendê-los, mas não tentando afogar os dos outros, afinal de contas, o direito de um começa onde o outro termina. 

A situação do país está mudando e uma nova classe média está se formando, mesmo com os protestos de quem ainda não se acostumou com as mudanças. É ótimo ver que cada vez mais pessoas estão ascendendo socialmente e que os idosos também representam boa parte disso. 

Contudo, é sempre bom lembrar que esse consumo deve ser feito de forma consciente e sustentável... A Rio+20 em tese tá aí pra isso... Não acho que sairá nada inovador ou talvez nem mesmo um simples acordo, mas vamos esperar pra ver... 


A classe D consumiu em 2011 o equivalente ao PIB (Produto Interno Bruto) do Chile em produtos e serviços, segundo estudo da DataPopular divulgado nesta segunda-feira 11. Segundo a pesquisa, as famílias com renda per capita de 79 a 327 reais mensais gastaram 363,3 bilhões de reais durante todo o ano passado.

O consumo da classe D é menor do que os da classe B (488,9 bilhões) e da classe C (1,03 trillhões). A maior parte do consumo da classe D está concentrado na região sudeste (151,7 bilhões), seguido do nordeste (106,7 bilhões) e do sul (51,2 bilhões).

Segundo a pesquisa, o consumo da classe D supera o da classe B em algumas categorias. Na aquisição de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, o consumo da classe D é 25% maior do que a B. A classe D também gasta mais com transportes urbanos, alimentação dentro de casa, artigos de limpeza, medicamentos, bebidas, produtos de higiene e móveis.

Os dados foram obtidos a partir do cruzamento da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), ambas realizadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Idosos vão movimentar 402,3 bilhões de reais

Outro estudo divulgado pelo instituto mostra que o total de rendimentos dos idosos neste ano deve atingir 402,3 bilhões de reais. O valor é maior do que o PIB do Peru. Segundo as estimativas atuais, o Brasil tem 22,3 milhões de idosos.

“Com os avanços da medicina e a melhoria das condições de vida dos brasileiros, a cada ano que passa verificamos um maior número de idosos. Se por um lado isso demonstra avanços importantes, por outro exige políticas públicas que atendam a uma realidade que se aproxima: menor população economicamente ativa. Identificamos 15,8 milhões de pessoas idosas consideradas chefes de famílias pelo país. O rendimento proveniente da aposentadoria é o principal para esse grupo econômico”, diz Renato Meirelles, diretor do Data Popular.

Segundo o instituto 2,7 milhões de idosos vivem sozinhos no país. Entre os idosos, 3,3 milhões já aposentados ainda exercem algum tipo de trabalho.

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