Projetado para ser um importante eixo de ligação entre Itaboraí e o Porto de Itaguaí, o Arco Metropolitano (figura abaixo) foi uma grande aposta do atual governador do RJ, sendo utilizado inclusive como plataforma eleitoral. Mas o que parecia ser uma grande aposta se tornou o arco fantasma metropolitano.
Fonte: www.inmetro.gov.br |
Em teoria o arco traria mais competitividade ao estado do RJ, interligando Itaboraí ao porto de Itaguaí, passando do diversos complexos industriais como a REDUC e o COMPERJ, além de servir para amenizar o fluxo de veículos pesados em rodovias como a Av. Brasil, Via Dutra e Washington Luiz. A estrada, pronta somente no trecho entre Itaguaí e Duque de Caxias tinha tudo para alavancar a economia do estado, além de trazer mais agilidade ao deslocamento não só das cargas, mas de pessoas também, pois o fluxo das rodovias arteriais do estado seria diminuído consideravelmente.
Porém, a falta de planejamento e falhas na concepção e execução, além da falta de segurança que a estrada apresenta, fizeram com que o Arco Metropolitano ganhasse a alcunha de estrada fantasma.
A lista de erros e falhas é enorme...
- A estrada não possui um posto de combustível em seus mais de 70 km de extensão. E o usuário só fica sabendo disso quando já está na estrada.
- Não há segurança ou vigilância na estrada que, segundo relatos, já começa a ter trechos apropriados por milícias. Especialmente entre Japeri e Nova Iguaçu.
- Ocupações ilegais e precárias já começam a ser feitas à beira da estrada. Espaço esse que o governo poderia usar para atrair indústrias, gerando emprego para a população e renda para o estado sob a forma de impostos.
- A falta de segurança gera medo entre os motoristas que procuram evitar a estrada, o que acabou resultando no apelido de estrada fantasma.
- Não há um posto da PRF ou do gestor da estrada durante toda a sua extensão, o que inviabiliza ajuda ao usuário em caso de quebra ou problema com o seu veículo.
- Soma-se a isso a falta de manutenção da estrada, que se torna perceptível com o matagal que a margeia em quase toda a sua extensão.
- Com a ocupação ilegal, o número de acessos ilegais criados no Arco gera uma série de riscos não só para quem habita essas ocupações como também para os motoristas que transitam pela via.
- Alguns trechos das pistas laterais apresentam crateras que põem em risco a vida dos motoristas que lá transitam.
Esperamos que ao longo do tempo os quase 2 bilhões de reais investidos na construção do arco passem a dar frutos. Caso contrário, poderemos ter a nossa própria versão da Transamazônica no Rio de Janeiro.
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