Esta semana foi assinado o acordo transpacífico entre diversos países do mundo, dentre eles: EUA, Japão, México, Chile e Austrália.
O acordo mexe com aproximadamente 40% da economia do planeta e advoga nas mais diversas áreas: comercial, ambiental, internet e propriedade intelectual. O acordo propõe a redução de tarifas alfandegárias e o estabelecimento de padrões comuns entre os países que assinaram o acordo.
Segundo especulações, o acordo foi uma tentativa de frear a China, que corre por fora e está fazendo seus próprios acordos. Por outro lado, alguns defendem até mesmo a entrada do país, que acompanha os acordos a distância.
A intenção com o acordo é aumentar o fluxo e aquecer a economia em escala global, mas principalmente entre os países que assinaram o acordo, óbvio.
Para os EUA, reincidente histórico em usar medidas protecionistas para proteger a sua economia, o acordo tem sido uma bandeira do governo Obama vê com bons olhos e mostra-se muito entusiasmado com o acordo.
Acordo aliás que toca em um ponto chave nos últimos anos: a segurança dos dados que circulam na rede. Desde o vazamento de casos de espionagem norte-americana para com outros países, a proteção ao fluxo de dados foi um dos pontos chave do acordo. Com ele, os países prometem não bloquear as transferências realizadas pela internet por exemplo, embora esbarre em questões de defesa dos dados no exterior.
Outro ponto do acordo é o comércio. Com o acordo a tentativa é de nivelamento dos países em termos de competitividade, acompanhado de leis ambientais mais rigorosas, além de normas trabalhistas e direitos de propriedade intelectual.
O acordo tem tudo para ser o maior da história, regionalmente falando. Não só pela quantidade de países, que tende a aumentar, mas em termos econômicos já que movimenta as primeiras colocadas na economia mundial, com exceção da China é bem verdade. Ainda falta o acordo ser aprovado pelos governos signatários, mas, ao que tudo indica, não haverá muitos impedimentos ao acordo, que tende a ser tornar ainda maior...
Mas e nós?
Pois é. O Brasil pode ser afetado com esse acordo e ver suas exportações serem reduzidas. Tudo porque grande parte dos produtos que entram na lista do acordo são exportados pelo Brasil a esses países. Com o acordo, os produtos se tornam relativamente mais baratos em relação aos nossos e a preferência, é claro, vai para eles.
A resposta a isso?
A resposta a esse acordo estaria num estreitamento de relações entre o MERCOSUL e a UE. O problema é que os acordos até existem, mas não saem da gaveta há quase duas décadas. E essa demora pode ser um problema para nós.
Uma outra saída a esse acordo seria um estreitamento entre o nosso país com os países andinos e o México, ainda mais com os que participam do acordo transpacífico.
Alguns defendem até mesmo que o Brasil corra e faça um acordo de livre comércio com o Tio San (pra mim a pior e a mais limitada das opções).
Fato é que ainda não se tem como dimensionar o impacto desse acordo nem sobre nós, nem sobre a economia global, pois ele ainda está sendo votado pelos signatários e alguns detalhes do mesmo são desconhecidos. O jeito é esperar para ver, pois até então, tudo não passa de especulações...
Com informações do O Globo, Folha de São Paulo, EL País e EBC
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