terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Com a crise, novas favelas surgem no continente europeu

Antes de mais nada, gostaríamos de salientar alguns pontos sobre o assunto que vamos abordar hoje. 


1 - Favela, numa forma de classificação bem simplista, pode ser considerada como qualquer ocupação irregular. Não necessariamente, isto significa que ela precisa ser em cima de um morro ou em uma encosta ou qualquer outro lugar de elevada altitude. (Caso se interesse por uma explicação mais aprofundada, clique aqui)

Dizemos isso porque é muito comum, especialmente no Rio de Janeiro, as pessoas associarem favelas com ocupações de encostas de morro ou áreas de grande altitude. Isto ocorre porque, historicamente, as primeiras favelas surgidas no Brasil estavam localizadas no alto de morros e, até hoje, principalmente no Rio de Janeiro, essa prática se mantém, o que reforça ainda mais essa associação entre favela e lugares elevados. 

2 - De forma alguma, queremos dar a entender que o meio principal do surgimento e, em alguns casos, do ressurgimento, de favelas no continente europeu se deve aos imigrantes. Essa questão é antiga e este fator pode até ser um agravante, mas a principal causa, não mesmo. 



Feitas essas duas afirmações, começamos o texto de hoje abordando um tema que, a esta altura, não é mistério para mais ninguém: o aparecimento e reaparecimento de favelas no continente europeu

Salientamos que isto é um caso antigo e alguns países como Alemanha e França até conseguiram reduzir significativamente a quantidade de favelas em seus países, chegando até a erradicação das mesmas, mas hoje a situação é outra. 

Com a crise migratória, endossada pelo conflito civil na Síria, uma onda migratória, superior até a da Segunda Guerra Mundial, se dirigiu ao continente europeu, especialmente aos países integrantes da União Europeia.

Logicamente que nenhum país estava preparado para receber de forma adequada tal onda, o que acabou levando muitos imigrantes a ficarem em situação de calamidade e, na esteira dessa situação, à saída da Inglaterra da UE. 

Claro que, apesar de este ser um fator agravante, não é o único responsável pela geração de favelas em território europeu. Afinal de contas, existe sim uma taxa de pessoas de baixa renda nesses países e estamos falando de nativos, não de imigrantes.

Diante disso, deve-se tomar o devido cuidado ao analisar esse processo do aumento do número de favelas europeias, tendo sempre em mente que ele não é de hoje e também não ocorre exclusivamente por conta da onda migratória que se avoluma há 5 anos. 

O bloco europeu, possui sim seu lado pobre, mas que faze questão de escondê-lo e o resultado do escamoteamento disso pode te conduzir a um raciocínio errôneo. 

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