É bem verdade que com a onda do aquecimento global e do agravamento do efeito estufa, o foco que antes era com a camada de ozônio acabou voltando seus holofotes para as questões citadas inicialmente.
Embora todas elas tenham uma importância vital para a sobrevivência dos seres vivos no planeta, a camada ozônio andou um pouco esquecida nos últimos anos, mas uma reunião sobre este tema no próximo mês promete continuar trabalhando em prol da reconstrução desta importante barreira natural de nosso planeta.
Em linhas gerais, a camada de ozônio consiste numa espécie de barreira contra os raios ultravioletas que, em grandes quantidades, podem provocar câncer de pele na população.
A atenção para a deterioração da camada de ozônio se fez notadamente nos anos 80 onde foi divulgada a primeira imagem do buraco causado que a camada possuía, notadamente sobre a Antártida.
Tão logo a alarmante questão fora levantada, descobriu-se que o maior vilão para a destruição da camada de ozônio era o CFC (clorofluorcarboneto) que, ao alcançar a alta atmosfera, quebrava as moléculas de ozônio, enfraquecendo a camada e abrindo um buraco nela.
Os gases CFCs estavam presentes em geladeiras, aerossóis, fabricação de espumas, ar condicionados, extintores de incêndio e isopor.
Diante desse cenário, em 1987, foi elaborado o Protocolo de Montreal, no qual os países signatários se comprometiam a eliminar o CFC de suas produções, para que assim, com o passar dos anos, a camada de ozônio conseguisse se restaurar.
Mais de 30 anos depois, o acordo obteve um sucesso considerável, pois geladeiras, ar condicionados e produtos em aerossol já não possuem mais CFC em sua composição química. Porém alguns produtos, como espumas e isopores, ainda possuem esse gás nocivo em sua composição.
Por isso mesmo, a cada determinado período, os signatários do Protocolo de Montreal se reúnem para discutir novas formas de extinguir a produção deste gás ou mesmo monitorar áreas onde este gás seja produzido ilegalmente (alguns lugares utilizam este gás para a produção de espuma, atuando como isolantes acústico ou térmico, por um valor mais barato)para combater esta prática.
Em novembro, a reunião ocorrerá no Equador e esperamos que novas medidas sejam tomadas para abolir o uso deste gás e assim recuperar por completo a camada de ozônio. As previsões mais otimistas apontam para a sua recuperação aos níveis de 1980 apenas em 2070.
Por isso, embora não tenha mais tanta atenção da mídia por conta do aquecimento global, devemos continuar de olho nesta questão ambiental extremamente importante para a sobrevivência da humanidade no planeta Terra e, neste caso, alcançar o objetivo máximo que é a extinção do CFC do nosso planeta.
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