Mais um fracasso da primeira ministra britânica se apresentou nesta última semana, quando o seu acordo para saída da União Europeia, que ficou apelidado de "Brexit", foi, pela terceira vez, negado.
A ministra, que já chegou a pedir adiamento do prazo para um acordo com o bloco econômico, obteve mais um insucesso diante de seu parlamento enquanto o prazo final (o segundo) se esgotará no dia 11 de Abril e tudo indica que teremos um Brexit sem acordo.
Nesse meio tempo, a União Europeia já está começando a perder a paciência com essa novela que se arrasta e que parece ter sido motivada por um "impulso de momento" que agora cobra, e caro, o seu preço. O que pode ser exemplificado por declarações por parte do bloco que já começam a considerar uma saída sem acordo entre as partes, o que prejudicaria ambos, mas o golpe seria mais sentido pelos britânicos do que pela UE.
Pelo lado britânico, a primeira ministra recolhe os cacos de uma nova derrota e pensa em pedir o terceiro adiamento para a saída definitiva do bloco. A questão no meio disso é que ela terá que explicar a UE o porquê de mais um prazo e, nos parece, que o bloco não está mais disposto a ouvir.
Em meio a crise que se tornou essa situação, parece que a primeira ministra tem poucas opções a considerar:
Ela pode convocar novas eleições para tentar mudar sua situação no parlamento britânico. Algo que apesar de ser uma possibilidade, podemos considerar impossível de ocorrer por conta do desgaste que essa situação causou à terra da rainha; o que se reflete no apoio crescente da população à manutenção do Reino Unido na União Europeia.
Também poderia solicitar um novo prazo, como falamos acima, mas, para isso, será preciso convencer o bloco de que ela merece um terceiro adiamento. Algo que também acreditamos não ocorrer porque a UE já está apresentando desgastes dessa novela política que se tornou o Brexit.
Outro cenário possível é a convocação de um novo referendo, delegando assim a decisão de sair ou permanecer no bloco à população britânica. Algo que poderia causar um racha declarado na terra da rainha e agravar a crise política que já existe em torno disso.
E, no mais apocalíptico e provável dos cenários, o Reino Unido sairá da UE sem acordo e questões como a fronteira entre as Irlandas poderão reacender grupos violentos que outrora usavam a violência para defender os pontos de vista que vão desde o separatismo até a unificação, passando pela supremacia de um lado sobre o outro entre Irlanda e Irlanda do Norte. Algo que estava "frio" desde a adesão ao bloco tanto pela Irlanda quanto pelo Reino Unido.
Fato é que mais um capítulo dessa novela se arrasta para um acordo que parece não estar nem perto de ser concretizado e, o que teria sido movido por um impulso alimentado por fake news, cobrará de verdade o seu preço.
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