Um surto iniciado na China e que já se espalhou pelo mundo, acumulando milhares de casos entre suspeitas, confirmações e até mesmo óbitos. O Coronavírus virou assunto do momento, não só por conta de sua letalidade, mas também por chamar a atenção para certos aspectos da economia, passando pela maneira como produzimos e até mesmo pela velocidade com as quais estamos conectados e conseguimos nos deslocar entre pontos cada vez mais distantes e de maneiras cada vez mais rápidas.
Diante deste cenário, não é difícil prever que o assunto pode estar presentes nos vestibulares e no ENEM pelo país, seja na Biologia, na Química e também na Geografa. Por isso, nós vamos elencar abaixo alguns apontamentos sobre o coronavírus e, fazendo um exercício de adivinhação, apontar como ele pode aparecer nos vestibulares.
Em primeiro lugar, observe o mapa abaixo.
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Fonte: https://gisanddata.maps.arcgis.com/apps/opsdashboard/index.html#/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6 |
Este mapa se refere aos casos de coronavírus registrados em tempo real pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cujo o link você pode acessar na legenda do mesmo.
Ao observá-lo atentamente, percebemos que a maioria dos casos de coronavírus estão acima da Linha do Equador. Num comparativo, quase não há casos abaixo dela e isso tem um motivo que pode virar questão de vestibular.
O vírus se propaga melhor em clima frio. Pelo fato de ser uma espécie de gripe, o clima frio é o ideal para sua propagação. Neste início de ano, o hemisfério sul está em pleno verão enquanto o hemisfério norte está em pleno inverno; o que facilita a propagação do vírus neste último.
Os casos que tivemos abaixo da linha do Equador, são "importados", ou seja, pessoas que estavam nas áreas de contágio e viajaram para outros países. O clima quente inibe a propagação do vírus, até mesmo por conta dele ser sensível aos raios ultravioleta.
Percebemos também que a Oceania apresenta o maior número de casos (até o momento em que esta postagem foi publicada) dentre as demais regiões do hemisfério sul. Isso se explica pela sua proximidade geográfica com a China, o que acabou facilitando a propagação do vírus.
Outro aspecto também a ser abordado em relação ao coronavírus é a sua rápida propagação.
Em tempos de auge da Globalização (união dos meios de transporte com os meios de comunicação), potencializada pelo avião e pela internet; viajar grandes distâncias se tornou uma questão de, no máximo, horas. Com os aviões, podemos cruzar o mundo em 24 horas e com a quantidade de voos que ocorrem pelo mundo, o coronavírus passar de uma epidemia (transmissão de país para país) para uma pandemia (transmissão de alcance global) é questão de tempo.
A Globalização, em parte, permitiu que esse vírus se espalhasse rapidamente com alcance intercontinental. Agora, os países correm contra o tempo e adotam medidas para tentar frear essa epidemia e controlá-la ao ponto de extingui-la.
Lembramos que, até a publicação desta postagem, o coronavírus está classificado como epidemia, mas corre o risco de virar pandemia.
Outro aspecto presente relacionado a esta doença é o econômico.
Isso se deve ao fato de diversas fábricas suspenderem suas produções pela falta de insumos, geralmente adquiridos em outros países, por medo dos insumos estarem contaminados pelo vírus.
Acrescenta-se também o prejuízo às companhias aéreas que tiveram quedas bruscas na compra de passagens aéreas. Além de setores como o turismo que está sofrendo duros golpes, principalmente com as restrições aos países com casos da doença, cuja população em geral é incentivada a não visitar lugares turísticos e a ficar em casa.
A lista não para também para as gigantes internacionais, especialmente as do varejo, como a Amazon. Essas empresas vendem mercadorias para todo o mundo e de todo o mundo. Com a epidemia do coronavírus, suas vendas serão seriamente prejudicadas, pois a população fica com receio de comprar produtos vindos de países com casos registrados.
E correndo por fora, temos uma disputa entre Rússia e OPEP relacionada ao controle do preço do petróleo, onde o grupo sugeriu um corte na produção de petróleo (que já desvalorizou 30%) que foi recusado pelo russos, iniciando uma queda de braço entre ambos, o que pode agravar ainda mais o cenário econômico de crise fomentada pelo coronavírus.
Muita coisa ainda pode acontecer diante deste cenário de tensão causado pela epidemia, mas algumas coisas já se desenham e podem aparecer nos vestibulares e ENEM. Fizemos aqui apenas alguns apontamentos para ajudar nos estudos acerca desse tema novo que pode ser figurinha certa nos exames deste ano.