Depois de trocarem farpas que chegaram até a ameças de guerra Colômbia e Venezuela vivem agora mais um novo capítulo na tensão geopolítica que se instaurou entre os dois países desde aquele episódio das FARC envolvendo Colômbia, Venezuela e Equador mas que agora se dá por outro motivo, a instalação de bases aéreas norte-americanas na Colômbia.
CARACAS (Reuters) - A Venezuela acusou na segunda-feira a Colômbia de mentir e desestabilizar a região com a sua aliança com os Estados Unidos, depois de o governo de Alvaro Uribe anunciar que recorrerá a organismos internacionais por causa das ameaças de guerra do presidente Hugo Chávez.
A tensão entre ambos os governos aumentou desde julho, quando o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, congelou as relações diplomáticas com Bogotá, em protesto contra o aumento da presença militar norte-americana no país vizinho. A medida levou a uma grande redução das exportações colombianas para a Venezuela.
"O governo Uribe mente, pois ficou demonstrado que o acordo que oficializa a ocupação militar norte-americana da Colômbia tem por objetivo projetar a dominação estratégica do império sobre a América do Sul", disse nota da chancelaria venezuelana, que qualifica o governo de Uribe como imoral, hipócrita e entreguista.
No domingo, Chávez pediu aos militares que se preparem para uma guerra, dias depois de mobilizar 15 mil soldados para os mais de 2.000 quilômetros de fronteira comum, uma região com forte presença de guerrilheiros, traficantes e contrabandistas de combustível.
"Companheiros militares, não percamos um dia no cumprimento da nossa principal missão: preparar-nos para a guerra e ajudar o povo a se preparar para a guerra, porque é uma responsabilidade de todos", disse Chávez no seu programa dominical de rádio e TV.
A Colômbia reagiu com uma nota em que anuncia que levará o caso ao Conselho de Segurança da ONU e à Organização dos Estados Americanos, e reiterando que o acordo militar com os EUA visa a combater guerrilheiros e traficantes.
A Venezuela diz estar disposta a debater e apresentar a organismos internacionais a "sua verdade" sobre o uso de bases colombianas.
(Reportagem de Enrique Andrés Pretel)
Extraído de msn.com.br
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