terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Brasil pretende criar fundo e incentivos a redução na emissão de gasesestufa

Ao que tudo indica parece que Brasil está mesmo engajado em investir na redução de emissão de gases estufa. Mas, acho que dentre outros métodos criados para incentivar essa meta, como o IPI Verde, deve-se combater com forte intensidade o desmatamento e as queimadass ilegais realizadas principalmente na Amazônia.  Quem sabe com isso e com uma política séria e bem elaborada de incentivos a redução da emissão de gases estufa, o país consiga reduzir a porcetagem a que se propôs.



O Brasil deve gastar pelo menos R$ 10 bilhões por ano, nos próximos 10 anos, para cumprir a meta de redução de emissão de gases que provocam o efeito estufa levada à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, iniciada hoje em Copenhague, na Dinamarca. A estimativa é do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Na conferência, o Brasil vai propor reduzir de 36% a 39% a emissão desses gases até 2020. "Posso dizer que nós não teremos gastos inferiores a R$ 10 bilhões por ano, em uma década, o que significa R$ 100 bilhões", afirmou.

Segundo Minc, todas as esferas de governo (federal, estadual e municipal) arcarão com esses custos, assim como a iniciativa privada, que receberá incentivos para adoção de práticas sustentáveis. Entre as fontes de recursos que poderão ser utilizadas pelo governo federal para alcançar essa meta, Minc citou o Fundo para Mudanças Climáticas, que receberá royalties do petróleo, e doações, como o Fundo da Amazônia. "Só o Fundo de Mudanças Climáticas terá R$ 1 bilhão por ano e o Fundo da Amazônia recebeu US$ 1 bilhão da Noruega", lembrou.

Minc, que embarca para Copenhague no final desta semana, afirmou durante evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em São Paulo, que a conferência sobre o clima "não será um fracasso". "Copenhague seguramente vai sair com um acordo assinado, mas nesse acordo nem todas as questões serão resolvidas. Não temos ilusões a respeito", disse.

Na avaliação do ministro, o fato de o Brasil decidir apresentar uma proposta ousada no encontro teve papel decisivo na adoção de metas por outros países emergentes nas últimas semanas. "Outros países que estavam relutando, como a Indonésia, Coreia, China, Índia e, ontem, a África do Sul, apresentaram metas que são diferentes, têm critérios diferentes. Mas isso o que foi colocado em cima da mesa não vai ser tirado. Mesmo que não se chegue a um acordo sobre tudo, e não vai se chegar a um acordo sobre tudo em Copenhague, uma base sólida será feita. E aquilo que nesse último mês os países colocaram em cima da mesa já está. Nada vai ser tirado."

Incentivos

Para ajudar o País na redução da emissão de gases poluentes, Minc disse que o Ministério da Fazenda deve anunciar, em breve, novos incentivos tributários a quem privilegia o meio ambiente na produção, como aconteceu com o "IPI verde" para carros. Entre os produtos que devem ser desonerados, o ministro citou materiais reciclados, como vidros e plásticos, carros elétricos e equipamentos solar e eólico.

"O ministro (Guido) Mantega é completamente favorável a essa ideia. Aguardem para breve a desoneração de produtos reciclados, como plástico, vidro. A Fazenda já estuda como fazer isso", disse Minc. "A questão ambiental e climática vai avançar quando ela entrar dentro do mecanismo econômico e financeiro da economia real, e não apenas das nossas belas intenções e utopias", completou.



Extraído de msn.com.br


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