Trocadilhos a parte parece que o Mar morto está perto de seu fim, tudo por causa da evaporação da água - intensificado por causa do aquecimento global - e da utilização intensa de seu único afluente, o Rio Jordão.
Só por curiosidade...
O Mar morto possui esse nome devido a sua alta salinidade que impede que peixes, por exemplo, possam habitar o mesmo. Esta mesma alta salinidade é que atrai turistas de todo o mundo em virtude deste fenômeno possibilitar que a flutuação dos corpos seja mais favorecida do que nos outros mares.
É um projeto ousado e ambicioso que pode mudar a face de uma região afetada há milênios pela escassez de água.
Com o aval dos governos de Israel, Jordânia e Cisjordânia, a ligação entre o Mar Vermelho e o Mar Morto já tem verba para os estudos do projeto-piloto, que devem durar dois anos. R$ 30 milhões, liberados pelo Banco Mundial.
Com esse dinheiro, será avaliado o que é mais viável: construir uma tubulação subterrânea, um canal ao nível do chão ou um túnel - canal suspenso.
Seja qual for a opção, o objetivo é um só: levar água do Mar Vermelho para o Mar Morto, que já perdeu um terço da superfície, por causa da grande taxa de evaporação e da utilização excessiva do Rio Jordão, seu único afluente.
Os especialistas dizem que nos últimos 80 anos o Mar Morto encolheu 30 metros. O pior é que as projeções para o futuro são pessimistas. Nos próximos 50 anos, essa taxa de encolhimento pode chegar a três metros por ano.
A tubulação teria oito metros de diâmetro e a água do Mar Vermelho levaria quatro dias para percorrer os quase 180 quilômetros de distância. Tudo por gravidade, aproveitando que o Mar Morto está pouco mais de 400 metros abaixo do nível do mar.
Enquanto isso, alheios à polêmica, os turistas desfrutam das badaladas propriedades curativas da lama e da água do Mar Morto sem saber se daqui a algumas dezenas de anos, as próximas gerações terão a mesma oportunidade.
Extraído do site do jornal do globo
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