Já tinha mencionado aqui em posts anteriores que alguns lugares pelo mundo já começavam a cogitar a possibilidade de ter o nosso ex presidente no cargo de secretário geral da ONU.
Para isso, três fatores pesam:
1 - O seu carisma, mais precisamente o seu jogo de cintura. Não foi a toa que o nosso ex presidente bateu recordes de popularidade e andou levando alguns "prêmios miss-simpatia" pelo mundo. Devemos reconhecer isso em nosso ex presidente, sendo algo que o alçou mundialmente o levando a conquistar "fãs" lá fora.
2 - A falta de "pulso" do atual Secretário Geral das Nações Unidas: Ban Ki-moon. Desde que assumiu o cargo, no lugar de Kofi Annan, o atual secretário ainda não disse a que veio. Suas intervenções na ONU tem sido fraquíssimas e suas palavras parecem não ter muita importância para o mundo. Não é a toa que ainda tem gente que acha que Kofi ainda é Secretário Geral da ONU.
3 - Uma possível volta a presidência do Brasil. Como a sua "pupila" anda balançando bastante na presidência e o povo não a vê com tão bons olhos quanto vê o Lula, a permanência do PT no poder está um tanto quanto ameaçada. A jogada para que isso não ocorra seria a volta do ex presidente ao Palácio do Planalto, mas para isso é preciso mantê-lo em evidência. Quer melhor forma de manter o nosso ex presidente em evidência do que o mesmo ser Secretário Geral da ONU e assim poder tentar um retorno a presidência ?
Por enquanto são apenas especulações, mas é fato que a campanha para que Lula assuma o cargo na ONU ganha cada vez mais adeptos e cada vez mais vulto...
O ex-presidente Lula seria o único a poder liderar a Organização das Nações Unidas. Palavras de Stéphane Hessel, autor deIndignez-Vous, opúsculo traduzido em numerosas línguas e a motivar jovens e menos jovens a manifestar pelas mais variadas injustiças mundo afora. A recomendação de Hessel, ex-diplomata convertido em militante aos 93 anos, foi feita na Universidade de Columbia, em Nova York, nesta terça-feira 27.
Em Nova York para promover mais uma tradução de sua obra, Time of Outrage!, Hessel disse que defende a necessidade de incluir saúde, educação e ecologia na Carta dos Direitos do Homem, temas tão cruciais quanto o da liberdade.
Hessel, diga-se, é co-autor da Carta dos Direitos do Homem, e no seu discurso na universidade novaiorquina foi ainda mais longe: pediu a reforma das próprias Nações Unidas. O motivo? “A Onu falhou em suas duas missões: trazer a paz e proteger os direitos do homem.” O secretário-geral da Onu, Ban Ki-moon, argumentou Hessel, não é mau diplomata, mas falta-lhe “visão”.
Visão do mundo, e talento como escritor não escasseiam a Hessel. Nascido em Berlim em 1917, ele foi resistente na França durante a Segunda Guerra Mundial, e em seguida deportado para Buchenwald, o campo de concentração nazista. De volta a Paris, tornou-se escritor, poeta e diplomata.
Na Universidade de Columbia, Hessel disse que os jovens são menos politizados hoje do que na sua época de juventude. Apesar de as manifestações de “indignados” serem necessárias, “os jovens não acreditam mais em atingir seus objetivos através de eleições”. E isso, emenda Hessel, é muito perigoso.
O autor de Indigne-se admite que o mundo é hoje mais complexo. Se antes havia uma luta contra o nazismo, agora os jovens não têm objetivos facilmente identificáveis.
Uma questão levantada durante o discurso de Hessel na Universidade de Columbia foi o protesto de indignados a “Ocupar Wall Street”. Quando comparado aos protestos no Reino Unido, Grécia, Espanha e etc., o movimento norte-americano tem sido fraco e, antes de tudo, simbólico.
Para Hessel, o problema nos EUA é que Barack Obama decepcionou. “Ele não tentou mobilizar a opinião pública para transpor obstáculos não resolvidos através de negociações”, sugeriu Hessel. Ainda o ex-diplomata: “A audácia e a esperança dispensam o consenso”.
Hessel fica em Nova York até 30 de outubro para também discursar a favor da integração do Estado Palestino na Onu.
Seu livro foi publicado no Brasil com o título Indignai-vos! (Leya Brasil, 2011)
Extraído de cartacapital.com.br
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