A empresa Nissan irá montar sua fábrica no Rio de Janeiro, mas especificamente em Resende, no norte do estado fluminense.
A decisão da montadora se deve pela proximidade do local com os portos de Itaguaí e do próprio porto do Rio de Janeiro, permitindo assim a facilitação do escoamento de sua produção.
A fábrica também contou com incentivos fiscais do governo do Estado para se instalar no local, entre eles a doação do terreno onde a empresa construirá sua fábrica.
É esse o ponto em que eu queria chegar...
Quero deixar bem claro que não sou contra o estado buscar desenvolver regiões que estão sob sua tutela, mas o meu ponto aqui é discutir outra coisa...
A galera que acompanha o blog já deve ter visto que volta e meia eu sempre posto aqui uma frase que diz mais ou menos assim: "o Estado parece sempre estar mais a favor dos empresários do que da população"
E está aí mais um exemplo disso. Para me fazer claro sobre isso vou utilizar as palavras do Marcelo Freixo, deputado estadual aqui no Rio de Janeiro, que disse o seguinte:
"O governo vai trazer a Nissan p/ Rio. O terreno equivale a 22 estádios do Maracanã e será DOADO pelo governo. O povo do Bumba não tem casa"
Para quem não se lembra, em Abril do ano passado uma chuva torrencial assolou Niterói e, em consequência disso, o Morro do Bumba, em Niterói, veio praticamente abaixo. Na época jornais, revistas e a televisão publicavam notícias sobre o ocorrido incessantemente. Mas, com o tempo, as pessoas assoladas pela tragédias foram aos poucos sendo esquecidas e hoje em dia vivem em um quartel do exército no município de São Gonçalo, vizinho a Niterói.
E é aí que entra o meu questionamento, reforçado pelas palavras do deputado estadual: Terreno para construir uma casa para essas pessoas morarem o governo não acha, mas um terreno com o tamanho de 22 Maracanãs para uma fábrica acha rapidinho não é ?
Claro que sei que tem a questão do onde morar, não se pode deslocar estas pessoas para locais muito longe de onde residem, pois suas vidas estão fixadas naquele local. O que questiono aqui é a falta de vontade política do governo em resolver a questão dessas pessoas do Bumba. Não estou jogando a culpa no governo do Estado do Rio, mas acho que com um pouco de vontade política - a mesma que tiveram para doar o terreno a Nissan - o governo do Estado poderia se articular com a Prefeitura de Niterói para resolverem esta questão e assim dar um lar a estas pessoas que foram assoladas pela tragédia e que agora vivem esquecidas.
E volto a dizer: é triste ver como o Estado é todo pelas grandes empresas e não por sua população. População essa que só é lembrada em época de eleição....
A Nissan Motor
Co., Ltd. anunciou hoje planos de investimento de R$ 2,6 bilhões (US$
1,5 bilhões*) na construção de uma nova fábrica em Resende, no Estado do
Rio de Janeiro, para o desenvolvimento, produção e lançamento de novos
produtos. A unidade fabril, cuja produção está prevista para ser
iniciada no primeiro semestre de 2014, terá capacidade para produzir até
200 mil unidades por ano de produtos Nissan sob a Plataforma V, para
venda no Brasil. A fábrica deverá criar até 2 mil empregos diretos e
pelo menos duplicar este número, se considerarmos toda a cadeia de
abastecimento e comunidade envolvida.
A nova planta industrial é um passo importante na estratégia da Nissan
como fabricante líder nos mercados do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e
China), grupo de países que vem demonstrando um rápido crescimento. Em
junho deste ano, a empresa divulgou detalhes da 'Nissan Power 88", uma
estratégia de médio prazo que inclui os planos de se tornar a marca
asiática líder da indústria automotiva no Brasil – a quarta maior do
mundo em volume de produção – e atingir pelo menos 5% do mercado no
País, até 2016.
"Assim como ocorrido na China, Rússia e Índia, estamos investindo em
regiões que apresentam maior potencial de crescimento", disse Carlos
Ghosn, presidente e CEO da Nissan Motor Co., Ltd. "O Brasil tem se
mostrado o motor que impulsiona o crescimento do mercado
latino-americano. Estamos ansiosos para contribuir para o cenário
econômico brasileiro e sua indústria automotiva, no século 21”, afirmou.
"A vinda da Nissan orgulha o Rio de Janeiro. É resultado do trabalho
que estamos realizando para atração de empresas, consolidando o estado
como um polo do setor automotivo, e que gera milhares de empregos
diretos. Nos próximos anos, nossa produção de veículos pode chegar a um
milhão, se levarmos em conta a duplicação das outras companhias do
setor. Essa escala permitirá atrair a rede de fornecedores e tornará o
Rio cada vez mais competitivo em novas disputas por montadoras”, disse o
governador Sérgio Cabral.
Investimento em Resende
O investimento da Nissan no Rio de Janeiro vai subsidiar a construção
de uma fábrica totalmente nova. Resende foi escolhida por sua
proximidade com os portos de alta qualidade de Itaguaí e do Rio de
Janeiro, disponibilidade para início da produção em curto espaço de
tempo e fácil acesso à mão de obra qualificada e fornecedores.
A futura capacidade de produção da Nissan virá complementar a atual, de
59 mil unidades por ano, provenientes da planta industrial da Renault,
localizada em São José dos Pinhais, no Estado do Paraná. A unidade
fabril da Nissan, no Paraná, continuará a produzir o Nissan Livina, o
Grand Livina, X-Gear e o Frontier, além de expandir a produção dos
modelos Renault.
A Estratégia de investimento de longo prazo para os mercados do BRIC
A expansão da Nissan no Brasil é um grande passo na estratégia da
empresa de manter a produção necessária para sustentar um crescimento
significativo nos mercados do BRIC. Desde 2001, a Nissan tem aumentado a
presença de seus veículos no Brasil, Rússia, Índia e China – o
crescimento passou de pouco menos de 50 mil unidades para cerca de 1,2
milhão de unidades, até o final do ano fiscal de 2010.
Nissan no Brasil
No Brasil, a Nissan tem crescido significativamente nos últimos dois
anos, mais que duplicando sua participação de mercado, atingindo a marca
de 1,7% de market share no acumulado de 2011. Por meio da entrada de
novos modelos populares, como o Nissan March e o Nissan Versa e a
duplicação da rede de concessionárias, a empresa pretende ganhar, no
mínimo, 5% do mercado brasileiro, até 2016.
Novos produtos serão fundamentais para atestar a capacidade de
crescimento da empresa no quarto maior mercado automotivo do mundo. Até
2016, a Nissan deve lançar dez novos produtos no mercado brasileiro,
aumentando a sua penetração na cobertura de segmentos do mercado de 23%,
antes do lançamento da Nissan March, para mais de 87%, até 2016. Em
novembro, a Nissan irá lançar o sedã Versa, inédito no Brasil,
aumentando a sua cobertura de mercado para 83%.
A expansão da rede de concessionárias da Nissan no Brasil também vai
contribuir muito para que a empresa tenha maior competitividade no
mercado. A Nissan opera hoje com 117 lojas em todo o País e tem planos
de aumentar esse número para mais de 239, até 2016.
Sobre a Nissan
A Nissan Motor Co., Ltd., segunda maior empresa automotiva japonesa por
volume, está situada na cidade de Yokohama e compõe a Aliança
Renault-Nissan. Operando com mais de 248 mil funcionários no mundo, a
Nissan forneceu aos seus clientes mais de 4,1 milhões de veículos em
2010, gerando uma receita de 8,77 trilhões de yens (US$ 102,37 bilhões).
Fortemente comprometida com o desenvolvimento de produtos atraentes e
inovadores para todos, a Nissan oferece uma ampla gama de 64 modelos sob
as marcas Nissan e Infiniti. Pioneira no conceito de mobilidade
com zero emissão, a Nissan fez história ao lançar o Nissan LEAF, o
primeiro veículo 100% elétrico desenvolvido para o mercado de massa,
vencedor de vários reconhecimentos internacionais, como o
prestigiado prêmio Carro Europeu do Ano 2011. Para mais informações
sobre nossos produtos, serviços e o compromisso com a mobilidade
sustentável, visite nosso website http://www.nissan-global.com/EN/
* Taxa de câmbio calculada em R$ 1,75 para cada US$ 1,00
Extraído de businessreviewbrasil.com.br
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