Essa semana as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia emitiram um comunicado em seu site oficial onde abrem mão da prática de sequestro, bem como irão libertar todos os reféns sob seu poder.
A negociação contou com apoio da diplomacia brasileira que prometeu apoio logístico na liberação dos reféns.
O que esperar das FARC agora, é difícil dizer... Fato é que se a promessa for cumprida pode ser que o diálogo entre governo e o grupo caminhe por uma via mais diplomática e menos conflitante.
Cabe ressaltar também a eficiência da diplomacia brasileira que soube intervir na questão dando a mesma um desfecho sem prejuízos.
(agradeço a leitora Marcia Thais Oliveira pelo envio da matéria)
As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) anunciaram neste domingo (26/02) que não recorrerão mais à prática de sequestros como arma política para pressionar o governo colombiano. No anúncio divulgado em seu site na internet, o Secretariado da guerrilha também confirmou a libertação de 10 policiais e militares colombianos atualmente mantidos como reféns.
O texto afirma que as FARC continuam a buscar a paz em diálogo com o governo colombiano. "Por isso, queremos comunicar a nossa decisão de ampliar a liberação já anunciada de seis prisioneiros de guerra, para os quatro restantes em nosso poder", diz o comunicado.
"Anunciamos que a partir da data banimos a prática deles (sequestros) em nossa atuação revolucionária", informaram as Farc, que disseram que a decisão obriga a guerrilha a revogar uma "lei" do grupo rebelde, que, em 2000, autorizou seu financiamento com o sequestro de civis.
O comunicado também agradece a atuação de autoridades brasileiras na mediação do conflito e dão a entender que a libertação dos reféns poderá ser feita no Brasil. “Ao agradecer a oferta generosa do governo presidido por Dilma Rousseff, que nós aceitamos sem hesitação, queremos expressar nossos sentimentos de admiração para as famílias dos soldados e policiais em nosso poder”. O Brasil colocou à disposição os meios logísticos para a missão humanitária de entrega dos reféns.
O fim do sequestro como arma política era uma das antigas reivindicações da ONG CCP (Colombianos e Colombianas pela Paz), liderada pela ex-congressista Piedad Córdoba.
Há três anos, Piedad e a CCP mantêm negociações com as Farc, que já permitiram a libertação de maneira unilateral de 20 rebeldes e, agora, os dois compromissos finais deles sobre os sequestros.
Os reféns
Os militares e policiais, todos eles em cativeiro há mais de 12 anos, são os últimos reféns remanescentes das Farc, que chegaram a manter mais de 50 políticos, militares, policiais e três americanos, que pretendiam trocar sem sucesso por 500 rebeldes presos.
O comando central da guerrilha pediu à porta-voz das famílias dos reféns, Marleny Orjuela, que os receba na data estipulada, ainda não divulgada publicamente.
Os reféns a serem libertados são os militares Luis Alfonso Beltrán Franco, Luis Arturo Arcía, Robinson Salcedo Guarín e Luis Alfredo Moreno Chagüeza, e os policiais Carlos José Duarte, César Augusto Lasso Monsalve, Jorge Trujillo Solarte, Jorge Humberto Romero, José Libardo Forero e Wilson Rojas Medina.
Todos eles são membros das forças armadas ou de segurança da Colômbia sequestrados em ações realizadas entre 1998 e 1999, nos piores anos da atividade das Farc, guerrilha ativa desde 1964.
Na lista de reféns, também aparece Luis Eduardo Peña, subcomissário da Polícia Nacional, de quem se desconhece se continua vivo, pois tanto as Farc como a ex-congressista Piedad Córdoba insinuaram que ele teria morrido em cativeiro.
*Com informações da Efe.
Extraído de operamundi.com.br
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