O primeiro ministro britânico, David Cameron, vem implementando duras restrições a imigração de pessoas à Inglaterra.
Com a crise que se instalou na Europa, um dos alvos eleitos como responsáveis pela mesma passou a ser a migração. Desde que entrou no poder Cameron vem implementando uma série de medidas que já reduziram a migração ao seu país em 44%. Uma dessas medidas é reduzir ainda mais as profissões que os ingleses divulgam necessitarem em seu país (tal lista é usada para atrair mão de obra para a Inglaterra).
Fato é que com a crise econômica o primeiro ministro resolveu realizar uma caça às bruxas contra os imigrantes e pretende ir cada vez mais a fundo na questão. Com discursos que incitam desde a denúncia de imigrantes ilegais até demonstrações claras de que suas restrições com a questão são severas ao dizer que seu país não precisa de gente desqualificada, Cameron pode estar perto de incitar uma onda de xenofobismo.
Onde antigamente os imigrantes eram bem vindos tanto para reconstruir o país arrasado pelas guerras mundiais quanto para ocupar funções que os britânicos não se dignam a fazer, agora passam a ser vistos como um peso para a Inglaterra e que devem se retirados do país o quanto antes para recuperação inglesa da crise.
Infelizmente, essas pessoas estão sendo tratadas como se tivessem prazo de validade, onde antes tinham um imenso valor para a terra da Rainha, mas agora parecem ter seu prazo vencido, sendo taxados até como desqualificados. Mas, isso só se aplica as pessoas que ocupam ocupações com "baixa exigência", os ingleses ainda estimulam a dita fuga de cérebros (vantajoso, não?...).
O primeiro-ministro inglês David Cameron está querendo promover uma verdadeira caça às bruxas no seu país. Explico: preocupado com os gastos públicos da saúde, Cameron pretende pedir à população que denuncie a presença de imigrantes ilegais na Inglaterra. Ou seja, Cameron quer montar um exército de delatores voluntários para resolver um problema de ordem governamental.
Tendências de xenofobismo sempre crescem em períodos de crise financeira. A falta de dinheiro e de postos de trabalho leva a população a se preocupar com a entrada de imigrantes no país que possam roubar as poucas oportunidades de emprego ainda disponíveis. Além disso, a necessidade de cortes de custos em áreas como educação e saúde faz os governos quererem evitar a entrada de novos usuários dos serviços públicos gratuitos.
Entretanto, em uma Europa cada vez mais integrada, é difícil que uma política de restrição a estrangeiros seja adotada com apoio total da sociedade. Um país multicultural como a Inglaterra é recheado de comunidades de imigrantes que já se mobilizam em atos contra as novas medidas e, com certeza, vão mostrar o seu descontentamento nas próximas eleições no país.
Apesar do risco nas urnas, políticas de restrição a imigrantes ilegais vem tomando diversos países na Europa. Na França, Nicolas Sarkozy já expulsou 30 mil imigrantes em 2011 e vem provocando a ira da comunidade cigana, a mais atingida pelos últimos atos. Na Dinamarca, o governo aumentou a fiscalização na fronteira para impedir a entrada de novos imigrantes, apesar de o país ter assinado o Tratado de Livre Circulação da União Europeia.
Portanto, David Cameron deveria pensar melhor na próxima vez que fosse convidado a entrar em uma guerra para derrubar algum ditador pelo mundo. De repente, o investimento em ações humanitárias em países pode sair muito mais barato do que alguma incursão de guerra ou os milhares de libras gastos pelo governo para evitar as imigrações ilegais para o seu país. Além de ser muito mais eficiente.
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