Esta semana a presidente Dilma voltou a fazer uma antiga reclamação do Governo brasileiro, principalmente com o Tio Sam: as práticas protecionistas.
Desde que começamos a despontar no mercado internacional, principalmente através dos alimentos, sofremos com esse tipo de prática.
Para quem a desconhece, o protecionismo funciona da seguinte maneira: o Brasil exporta suco de laranja aos Estados Unidos que compete com os sucos dos produtores locais. Diante disso, temendo que suas produções tenham suas lucratividades ameaçadas, os produtores de suco de laranja norte-americanos pressionam o governo para que subsidie parte da produção do suco, o que leva a diminuição do preço do mesmo nas prateleiras dos supermercados; realizando assim uma concorrência desleal com os produtos que vêm de fora do país.
O curioso dessa história toda, é que quando práticas desse tipo são feitas contra os EUA, os mesmos protestam veementemente e pressionam o governo fomentador dessa prática até que o mesmo desfaça a mesma... Típico dos norte-americanos... EU posso fazer com você, mas você não pode fazer comigo...
De qualquer modo nossa presidente está certa em bater firme nessa tecla, ainda mais em tempos de crise onde medidas assim tem tendência a serem cada vez mais adotadas, prejudicando cada vez mais outros países, como o nosso por exemplo que levam seus produtos aos mercados dos países simpatizantes dessa prática.
Tá na cara que a crise não se resolve por aí, mas sim com outras medidas. Contudo, na hora de prejudicar o dos outros e livrar o seu, não se pensa nisso...
Em defesa da ampliação dos mercados externos para o Brasil e os países emergentes, a presidenta Dilma Rousseff condenou na segunda-feira 9, em Washington, nos Estados Unidos, o protecionismo internacional, adotado principalmente pelas nações desenvolvidas, que impõe restrições às exportações. “O governo repudia toda e qualquer forma de protecionismo, inclusive o cambial”, disse ela.
Dilma chamou a valorização de moedas de “doença holandesa” e classificou a alta do petróleo como prejudicial porque despreza as necessidades de populações pobres em benefício de pequenos grupos econômicos. Ela discursou durante encontro com empresários norte-americanos e brasileiros, além de representantes de universidades, na noite de ontem.
A exemplo do que ocorreu no mês passado, na Índia, a presidenta reiterou que o combate aos efeitos da crise econômica internacional não deve se basear apenas em medidas de políticas de expansão fiscal e regressão de direitos sociais dos trabalhadores. Segundo ela, é fundamental implementar ações que estimulem o crescimento da economia com distribuição de renda e inclusão social.
“[O cenário econômico mundial] gera motivos de inquietação [em todos]. Nenhum país está imune”, disse a presidenta, lembrando que o assunto será debatido durante a Conferência Rio+20, de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro. Segundo ela, os líderes mundiais devem enfrentar os novos paradigmas do século: “[Trabalhar pelo] crescimento econômico com inclusão social e preservando o meio ambiente”.
Dilma conclui nesta terça-feira 10 a visita de dois dias aos Estados Unidos, com palestras em Boston, nas universidades de Massachusetts e Harvard. As duas instituições têm mulheres no comando. A presidenta aproveitará a oportunidade para assinar acordos inseridos no programa Ciência sem Fronteiras – que pretende enviar 100 mil pesquisadores brasileiros para o exterior até 2014, a maioria para instituições norte-americanas.
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