Estava semana a ONU realiza a primeira Cúpula Humanitária Mundial com a presença de ONGs e líderes de diversos Estados espalhados pelo mundo.
Dentre elas, a ONG Conselho Norueguês sobre Refugiados, apresentou uma estimativa de que haja cerca de 7 milhões de pessoas sob domínio do grupo terrorista Estado Islâmico e também aproveitou para denunciar que o grupo tem atacado escolas e hospitais, desrespeitando assim, é claro, os direitos humanos.
Enquanto debate-se a melhor forma de derrotar o grupo, o mesmo continua a se fortalecer e a "vender" e/ou impôr seu ideal de dominação sobre o resto do planeta numa Jihad que só terá fim quando o grupo triunfar sobre o mundo, pelo menos na visão deles...
Apesar das estimativas estarrecedoras, as mesmas não são de se estranhar tanto assim, visto que a importância dada ao grupo é relativamente recente.
Embora tenha surgido após a deposição de Saddam Hussein no Iraque, o grupo só ganhou projeção mesmo quando passou a realizar ataques fora do Oriente Médio e concomitantemente a isso, quando gerou a migração forçada de milhões de pessoas, especialmente para o continente europeu.
Até então, os ataques e atrocidades cometidas pelo grupo não causavam furor, pois os mesmos se limitavam ao outro lado do Mediterrâneo e, logicamente, não incomodavam os nobres moradores do velho continente. Porém, a coisa muda de figura quando um contingente migratório maior que o da última guerra mundial começa a se dirigir para o seu território, não?
Assim, o mundo passou a prestar atenção no grupo e a tentar meios de acabar com o mesmo. Embora sempre caia na mesma armadilha que tanto dificulta o fim de grupos extremistas como esse e a própria Al-Qaeda, por exemplo, que é o fato de ser um inimigo que "não tem rosto".
É praticamente impossível você reconhecer um membro desses grupos, pois eles fogem do esteriótipo do árabe. Sua rede de cooptação é bastante diversa e pode se estender desde uma senhora que carrega explosivos em sua sacola a um homem de meia idade com uma mala cheia de metralhadoras.
Associe isso ao fato de terem deixado o monstro ganhar forma e poder, estendendo seus domínios para cada vez mais além do Iraque. Aliás, muito semelhante ao que o mesmo velho continente fez ao assistir um certo austríaco dominar e anexar territórios até se darem conta de que já era tarde demais para tomar uma atitude que não a de reviver os horrores de mais uma guerra mundial.
A diferença é que agora o inimigo não tem rosto, cor, uniforme ou qualquer outra coisa que o permita destoar dos demais, seja nos campos de batalha, seja nas ruas que cortam uma avenida qualquer. Tamanha dificuldade ajuda, em parte, a explicar o porquê do domínio desse grupo se expandir cada vez mais. (Talvez a outra parte se explique porque ainda há um desinteresse muito grande em relação ao fim deste grupo, pois suas ações, ainda são majoritariamente praticadas do outro lado do Mediterrâneo...).
Fato é que tenha o rosto que tiver ou se esconda onde se esconder, exterminar o grupo não fará com que o ideal da Jihad desapareça. Se hoje os olhos do mundo que se voltam para o Estado Islâmico, já se voltaram para a Al-Qaeda há cerca de uns 15 anos atrás, é sinal de algo está errado. Talvez uma resposta esteja na forma como o ocidente impõe seus valores e cultura ao oriente, fato este que não é bem visto do outro lado, como podemos perceber pelas reações feitas por grupos assim nos últimos tempos. Talvez a resposta esteja aí... Talvez...
Com informações do Ópera Mundi.
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