quarta-feira, 6 de julho de 2016

Mais uma de horror

A postagem de hoje, visa acompanhar o caos que se instaurou na cidade do Rio de Janeiro e da sua falência não só financeira, mas moral que se aproxima com o megaevento do ano. 

De certo que as olimpíadas serão um sucesso para quem estiver aqui no Rio apenas para assisti-las e depois pegar suas malas, lembranças, selfies e tomar seu caminho de volta para casa, mas e para o morador do estado do Rio de Janeiro que sensação fica?

Não é difícil imaginar que reviveremos tempos de ECO-92 com as forças armadas nas ruas (guarde seu entusiasmo defensor de regime militar para outro blog, aqui não compartilhamos essa opinião, mas respeitamos o pensamento alheio. Afinal de contas, o que seria do amarelo se todos tivessem bom gosto...?), mas e o depois?

Nem vamos entrar no mérito da discussão do legado, pois até hoje o legado o pan de 2007 é aguardado pelos cariocas. Inclusive porque o maior deles teve que ser reformado para ser entregue novamente à população, estamos nos referindo, claro, do estádio "Engenhão". 

O ponto aqui, se baseia na crise em que o estado carioca está atolado, para além de seu pescoço, poderíamos dizer. Salários atrasados, falta de equipamentos em diversos setores, dívidas astronômicas e um orçamento tão difícil de equacionar quanto "aprender japonês em braile"...

Talvez por ingerência de gestões anteriores, talvez por falta de planejamento, talvez pela simples negligência, fato é que os meios de comunicação hoje não falam de outra coisa a não ser a tal crise, que aliás já está sendo acompanhada de pertinho pela imprensa internacional dada a proximidade com os jogos olímpicos. 

Medalha de ouro em vergonha pública alheia, o governo do estado patina em meio aos seus próprios deslizes. Um estado que viveu tempos de bonança, não pareceu preocupado em poupar para os tempos de tempestade. 

A conta dessa negligência sobra para o servidor, ativo e inativo, além dos prestadores de serviço do estado e empresas em geral que estão há meses sem receber por seus serviços prestados e se veem obrigados a receber seus vencimentos em doses homeopáticas enquanto acompanham o estado agonizar. 

A população como um todo, resta a insegurança, a incerteza, o medo e, porque não, a raiva de ser tão descaradamente aviltado, humilhado e abandonado à sua própria sorte.  

Em meio a essa tempestade, mais e mais fatos surgem para corroborar com essa crise que, ao que parece, foi sendo construída aos poucos, mas não parece ter sido notada. Talvez pelo pensamento imediatista de se governar não pelo bem da população, mas pela reeleição. 

Diante disso descobre-se que certas manobras feitas antes pelo governo poderiam nos tirar facilmente da crise. Afinal de contas, em matemática básica, quando se pede uma ajuda equivalente a um terço das isenções fiscais concedidas pelo governo, talvez as contas estivessem equilibradas.

Isso sem contar a história da isenção em 50% no IPVA dos ônibus do estado que, ainda bem, foi impedida pela justiça do Rio...   

A crise anda num nível tão esdrúxulo que até o prefeito do Rio de Janeiro, do mesmo partido que o atual governador licenciado (é bom salientar), andou fazendo seus disparates contra o governo do estado [1] [2] [3].

O resultado disso já se reflete nas ruas: arrastões [1] [2] [3] e tiroteios sendo cada vez mais frequentes, com interrupções não só no trânsito, mas na vida da população. Associado a isso, ainda temos as mortes de policiais, que já superam a marca de 64, e infelizmente, contando. Tanto para eles, quanto para a população em geral, a frase "bem vindo ao inferno" nunca fez tanto sentido. 

A situação chegou a tal ponto que um aplicativo foi criado para mapear a ocorrência de tiroteios no Rio de Janeiro para ajudar a população a fugir dos conflitos e assim se esquivar dessa onda de violência que assola a cidade. 

Resta ao moradores (sobreviventes) desse caos que se tornou o estado do Rio de Janeiro, a lição de termos a consciência na hora de votar, a começar por este ano, e rezar, rezar muito para nos livrarmos desse inferno que se tornou, infelizmente, esse estado.


Com informações do Yahoo, Folha de São Paulo, G1 e O Globo.

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