sábado, 29 de maio de 2010

Será Mesmo ?

Na última quinta-feira a casa-branca apresentou sua nova estratégia de Segurança Nacional. A mesma parece se afastar do discurso do antigo presidente, em alguns pontos como a busca de alianças para resolução de conflitos ao invés do unilateralismo de Bush, mas também mantém ponto em comum com o antigo regime, como não abrir mão de seu poderio militar bélico (um dos fatores de sua influência no exterior).

Enfim, no papel a nova estratégia propõe uma mudança de postura em relação ao antigo governo, mas será que ela será cumprida ?


Washington, 27 mai (EFE)- A Casa Branca apresentou nesta quinta-feira sua nova Estratégia de Segurança Nacional, que coloca o conflito armado como último recurso e se distancia assim da doutrina da guerra preventiva e do unilateralismo estabelecido por George W. Bush.

Em seu lugar, a nova estratégia, de 52 páginas, enfatiza a colaboração com os países aliados e o fortalecimento das instituições internacionais como ferramentas para resolver os conflitos.

"Nosso foco é uma estratégia que amplie nossas fontes de influência no mundo e nos permita usá-las para fazer frente aos desafios do século XXI", afirmou o vice-conselheiro nacional de segurança do presidente Barack Obama, Ben Rhodes.

A Estratégia de Segurança Nacional, a primeira do presidente Obama, é um documento que o Governo americano emite no começo de cada mandato, por exigência do Congresso, e fixa as prioridades diplomáticas e defensivas do país.

A nova estratégia põe ênfase na cooperação internacional e no desenvolvimento de alianças e abandona assim o unilateralismo declarado pelo presidente anterior, George W. Bush, em sua doutrina da guerra preventiva exposta em 2002.

Segundo Rhodes, esta mudança representa "um giro de 180 graus" para fazer frente a desafios como o terrorismo internacional e o doméstico, assim como a mudança climática e a proliferação nuclear.

"Vamos alimentar a cooperação para resolver os problemas globais com o apoio de nossos aliados", indicou Rhodes, que acrescentou que também se dará a prioridade ao aprofundamento das relações com potências emergentes como China, Índia, Rússia, Brasil e África do Sul.

O documento também coloca ênfase na luta contra o terrorismo, especialmente contra os radicais enraizados nos Estados Unidos, depois que o Governo detectou uma série de incidentes protagonizados por extremistas nascidos ou residentes no país.

Segundo a Casa Branca, trata-se da primeira estratégia de segurança nacional que integra a segurança interna dentro de sua estratégia global.

O documento menciona especificamente à rede terrorista Al Qaeda como o grande inimigo dos EUA e assinala também os programas nucleares da Coreia do Norte e do Irã.

A Administração "levará o combate" contra os extremistas "ali onde eles tramam seus planos e treinam, no Afeganistão, Paquistão, Iêmen, Somália e além", indicou na quarta-feira o assessor na luta contra o terrorismo da Casa Branca, John Brennan.

Apesar de tudo, os EUA não renunciam sua supremacia militar, considerada uma das bases de sua estratégia e imprescindível como fator de influência no exterior.

A nova tática considera também o bem-estar econômico como um dos pilares para garantir a segurança do país e advoga por uma "nova base" mediante o aumento do uso de energias limpas e a redução do déficit fiscal.

Mas também quer promover o bem-estar econômico fora do país, já que é certo que "golpes à economia global podem precipitar o desastre", assinala o documento.


Extraído de msn.com.br

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