Depois de ter causado o maior acidente ambiental da história dos EUA, a BP (empresa responsável pela exploração onde ocorreu o acidente) pagará severas multas ao governo americano de acordo com a assessora para assuntos energéticos da Casa Branca.
Estava mais do que claro que isso ia ocorrer, mas fica a preocupação se o dinheiro dessa multa será correta e eficazmente aplicado nos Estados que foram atingidos pelo vazamento bem como na recuperação ambiental das áreas atingidas.
Washington, 8 ago (EFE).- A assessora para assuntos energéticos da Casa Branca, Carol Browner, afirmou neste domingo que a petrolífera BP "com certeza" terá de pagar uma "grande multa financeira" pelo vazamento de aproximadamente 5 milhões de barris de óleo no Golfo do México.
Em declarações à emissora "NBC", Browner disse que a BP "com certeza" terá de prestar contas pelo maior desastre ecológico na história dos Estados Unidos, mas não precisou quanto seria a quantia.
"Tivemos êxito na eliminação de grande parte do petróleo. Temos de permanecer atentos e temos de pedir satisfações à BP pelos danos ao meio ambiente", destacou a assessora.
Perguntada sobre se o Governo americano processará criminalmente a BP por negligência, e assim cobrar a maior indenização possível, Browner disse que não faria comentários sobre a investigação realizada pelo Departamento de Justiça.
"Haverá uma grande penalidade financeira. Também haverá processos por danos aos recursos naturais e (a BP) será responsável pelos custos de limpeza desses danos", assinalou.
Browner indicou que, sob a lei atual, as multas iriam direto aos cofres do Departamento do Tesouro. Segundo ela, "faz muito sentido" que até 80% do montante seja canalizado aos estados afetados pelo petróleo despejado.
No entanto, ela enfatizou que é o Congresso americano que terá de decidir como serão distribuídos os fundos para financiar as despesas no Golfo do México.
Calcula-se que 4,9 milhões de barris de petróleo (780 milhões de litros) vazaram no Golfo do México, mas a empresa BP "manteve silêncio" sobre essa quantidade, manifestou Browner.
Segundo ela, o desastre, iniciado em abril passado após a explosão da plataforma petrolífera Deepwater Horizon, é "18 vezes maior que (o acidente) da Exxon Valdez" em março de 1989.
Extraído de msn.com.br
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