sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Primavera Russa ?

Desde que as denúncias de fraude começaram a surgir milhares de pessoas foram as ruas protestar na Rússia, contra o que seria uma eleição pra lá de fraudulenta onde o partido do premiê Putin obteve maioria absoluta. 

Com os protestos aumentando, fica nítido o descontentamento da população russa não só com seu premiê, mas com o presidente russo (apradinhado de Putin) e pode ser que a Rússia viva a sua "Primavera".

O maior país do mundo que já vive há um bom tempo sob um regime "autoritário" está dando sinais de que sua população já não está mais aguentando essa situação e que pode romper com isso. Por sua vez Putin, candidato em tese favorito para as eleições presidenciais de 2012, tenta mostrar todo o tempo que as eleições foram feitas de modo justo e limpo. 

Como disse nosso ex-presidente uma vez... "o premiê deve estar "putin" com essa situação" ainda mais quando sua permanência no poder do país (ele foi presidente do páis entre 2000 e 2008 e agora atua como premiê) parece estar bem ameaçada por aquilo que alguns meios já noticiam como a "Primavera Russa".
Cumprindo a promessa feita ontem (9), manifestantes russos começaram a lotar as ruas de diversas cidades do país neste sábado em atos contra as supostas fraudes eleitorais que deram a vitória ao partido do premiê Vladimir Putin no último pleito parlamentar. Os protestos, que devem ser os maiores dos últimos 20 anos, chegam no mesmo dia em que o governo confirmou os 49% dos votos à legenda Rússia Unida. 

A polícia de Moscou confirmou às 18h locais (12h em Brasília), que o número de manifestantes na capital chegou a 25 mil, embora os organizadores dos protestos afirmem que a cifra alcança 40 mil. Mais cedo, fontes policiais disseram que às 15h locais (9h de Brasília), pouco mais de 20 mil pessoas se encontravam nas ruas da capital russa.
Um dos líderes do movimento opositor Solidarnost, Ilia Ponomarev, citado pela agência Interfax, afirmou que 40 mil pessoas se encontravam no local, e que outras 10 mil estavam a caminho.
Embora a legislação russa permita reuniões de no máximo 30 mil pessoas e o governo tenha dado autorização para somente um protesto de cerca de 300 pessoas na praça Revolução, em frente ao Kremlin, a manhã de sábado mostrou que os manifestantes pretendem levar um número elevado de pessoas às ruas do país. 

Ao menos mil protestam em Vladivostok, na costa do Pacífico, e em Khabarovsk, na fronteira com a China, a polícia prendeu 20 manifestantes. Segundo a emissora britânica BBC milhares já saíram às ruas na capital, às margens do rio Moscou, e a agência Associated Press diz que mais de 70 cidades devem abrigar protestos. 

Até o meio-dia de sexta-feira (hora local), 60 mil russos haviam manifestado pelas redes sociais Facebook e VKontakte a sua intenção de comparecer. 

A eleição parlamentar de domingo, em que o partido governista Rússia Unida viu sua bancada encolher em 77 deputados, embora mantendo uma ligeira maioria no Parlamento, sinalizou um crescente descontentamento contra os 12 anos de hegemonia política de Putin no maior país do mundo. 

Durante a semana, o partido Rússia Unida negou as fraudes e acusou os Estados Unidos de incitarem a agitação popular. Centenas foram presos pela polícia durante a repressão a protestos logo após o término das eleições. 

RESULTADOS
 
O Diário Oficial russo publica neste sábado os resultados oficiais das eleições legislativas de 4 de dezembro, que confirmam a vitória do partido governista, Rússia Unida, com 49,32% dos votos. 

Segundo os resultados publicados pelo "Rossiiskaia Gazeta", o partido do primeiro-ministro Vladimir Putin terá a maioria absoluta de 238 cadeiras, de um total de 450, na Duma (Câmara Baixa). 

Os resultados apontam 92 deputados ao Partido Comunista (19,19% dos votos), 64 ao Partido Rússia Justa (centro-esquerda, 13,24%), e 56 ao Partido Liberal Democrata (nacionalista, 11,67%). 

O partido de oposição liberal Iabloko, com 3,43% dos votos, não estará representado na Duma. 

De acordo com os resultados oficiais, a participação foi de 60,21%. 

A missão de observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) anunciou ter constatado muitas irregularidades na votação. A oposição programou uma grande manifestação em Moscou para este sábado para denunciar fraudes. 

O site da ONG "Observador cidadão" (nabludatel.org), afirma que os resultados reais das legislativas dariam ao Rússia Unida quase 20 pontos a menos, com uma participação real de pouco mais de 50%. 

TURBULÊNCIA
 
Na segunda-feira, a oposição realizou seu maior protesto dos últimos anos em Moscou. A tensão política assustou os investidores, por prenunciar uma fase de instabilidade na Rússia até a eleição presidencial de 2012, em que Putin é favorito. 

Ele já foi presidente de 2000 a 2008, quando passou o cargo para seu afilhado político Dmitri Medvedev. 

Desde então, ele atua como primeiro-ministro, mas continua sendo o político mais poderoso do país. 

O declínio no apoio ao Rússia Unida, partido de Putin, indicou a frustração de grande parte do eleitorado com a corrupção, as disparidades sociais e o medo de uma estagnação econômica.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Avisos Importantes

Caros leitores do Blog !

Andei recebendo uns e-mails sobre a dificuldade de pesquisar os assuntos no blog. Parece que a barra de pesquisa não anda fazendo as correspondências em pesquisas do jeito que deveria.

Por conta disso eu mudei a barra de pesquisas e coloquei uma nova, que agora fica no alto do blog, para facilitar as pesquisas de assuntos que sejam de suas preferências por todo o blog.

Fiz uns testes e está funcionando corretamente, mas caso os problemas venham a persistir, por favor, me comuniquem tanto via e-mail quanto por aqui, ou na página do blog do facebook.

Espero que aproveitem a nova barra.
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Outro comunicado importante a fazer é que o ritmo de postagens irá diminuir um pouco, pelo menos até Janeiro. Preciso fazer essa pausa pra descansar um pouco, mas o blog não irá parar nesse período. 
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Outro comunicado importante, é que agora também estamos integrados ao Google+.  Agora na coluna da direita do blog, você encontrar o botão "+1" do Google+ e também poderá "curtir" o blog na mais nova rede social do Google.
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Vale lembrar também que o contato pode ser feito através do e-mail geografia.etc@ig.com.br
 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Brasil é o 6º país no mundo em emissão de gases

Ta aí uma posição pra não se comemorar... Em relatório apresentado durante a COP 17 nosso país alcançou o sexto lugar em emissão de gases perdendo para China(1º), EUA(2º), Índia(3º), Rússia(4º) e Japão(5º).
O relatório foi feito em cima da emissão gerada pelo uso energético de cada país. Se eles contassem o desmatamento então quem sabe quantas posições não galgaríamos a mais... 

Fato é que mais uma COP se realiza e provavelmente teremos mais uma rodada do jogo de empurra que se arrasta desde que COP teve início e onde vemos que as reuniões ao invés de tentarem resolver de fato os problemas ambientais do planeta, só causam atrito entre os países.

Enquanto os países ficarem mais preocupados com quem vai dar o primeiro passo para fazer algo efetivo pelo ambiente do que com uma forma de cada um fazer a sua parte pelo bem de todos do planeta, pode exitir até a COP 1000 que de nada adiantará...

(No link para esta reportagem que está ao final desta postagem há um infográfico sobre os efeitos possíveis das mudanças que podem ocorrer no clima do planeta por conta, entre outras coisas, dessa emissão excessiva de gases. Vale a pena conferir).
Mais da metade de todas as emissões de carbono liberadas na atmosfera são geradas por cinco países, segundo um ranking de emissões de gases estufa publicado nesta quinta-feira (1) no qual o Brasil aparece na sexta posição.

China, Estados Unidos, Índia, Rússia e Japão lideram a lista, seguidos de Brasil, Alemanha, Canadá, México e Irã, de acordo com a lista, divulgada durante a COP 17, negociações climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) em Durban, África do Sul.

Os primeiros dez países da lista são responsáveis por dois terços das emissões globais, acrescentou o documento, copilados pela empresa Maplecroft, da Grã-Bretanha, especializada em análise de risco. Três dos seis maiores emissores são gigantes emergentes que demandam energia e desenvolvem suas economias a uma velocidade vertiginosa.

Em desenvolvimento

A China, que superou os Estados Unidos alguns anos atrás no topo da lista, produziu 9.441 megatoneladas de CO2-equivalente (CO2e), uma medida que combina dióxido de carbono (CO2) com outros gases aprisionadores de calor, como metano e óxido nitroso.

O método de cálculo utilizado combinou números de 2009 para o consumo de energia com números estimados para 2010.

A maioria das emissões dos países é de dióxido de carbono, graças à enorme demanda de energia. O uso de energias renováveis está aumentando, mas continua pequeno em comparação com o de combustíveis fósseis.

A Índia produziu 2.272,45 megatoneladas de CO2e, parte significativa de metano gerado na agricultura. "Embora o uso per capita de energia na China e na Índia seja relativamente baixo, a demanda em geral é muito grande", explicou Chris Laws, analista da Maplecroft. "Quando combinado com o alto uso de carvão e outros combustíveis fósseis, isto resulta em grandes emissões nos dois países", acrescentou.

A produção brasileira, de 1.144 megatoneladas derivados do uso energético, seria significativamente maior se o desmatamento fosse levado em conta.

De acordo com informações do Prodes, divulgadas em outubro passado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a região denominada Amazônia Legal perdeu no ano passado 7 mil km² de sua cobertura vegetal original. O índice é o menor desde que a medição foi iniciada, em 1988.

Potências

Entre as economias avançadas, os Estados Unidos - o primeiro país em emissões per capita entre as grandes potências - produziram 6.539 megatoneladas de CO2e. A Rússia, com 1.963 megatoneladas, ficou em quarto. Suas emissões caíram após a derrocada da União Soviética, mas espera-se que subam.

No Japão, onde a geração é de 1.203 megatoneladas de CO2e, os temores de segurança com relação à energia nuclear levaram a uma maior dependência em combustíveis fósseis, e um pico em emissões de carbono, disse Laws. Ele destacou, no entanto, que o governo japonês anunciou sua intenção de preencher a lacuna energética com fontes renováveis.

"É improvável que a tendência de aumento das emissões de gases efeito estufa seja mitigada em médio e longo prazos", relatou. O índice dos 176 países, com base nos níveis anuais de emissões de gases de efeito estufa, combina dados sobre as emissões de CO2 de uso energético e emissões de gases não CO2. Os dados vieram de várias fontes, entre elas a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA).

Extraído de G1.com.br.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac)

Esta semana foi formalizada a criação do CELAC. O bloco visa uma maior integração entre os países da América Latina e do Caribe. 

Apesar do pouquíssimo tempo de vida a comunidade criada já enfrenta questões. 

A primeira delas diz respeito ao consenso dentro do próprio grupo, já que temos governos de direita e de esquerda fazendo parte do bloco e com ideias divergentes entre si. O que pode se mostrar um problema na hora de uma tomada de decisão conjunta por parte dos países membros como a comunidade se propõe a ser. 

A segunda questão diz respeito a uma substituição natural da OEA... Como já havia colocado em post anterior desde que a CELAC era apenas uma proposta, essa possibilidade já era cogitada. Mas isso não vem de agora, já vem desde o episódio da guerra das Malvinas, em que a OEA se mostrou omissa em relação à Argentina e depois se repetiu em 2010 com o golpe militar de Honduras. A Organização sofreu "esvaziamento" depois desses episódios e a tendência é que ela seja substituída pela CELAC aos poucos... 

Ainda há uma terceira questão... A liderança brasileira... Pela representatividade que possui e a notoriedade internacional, não é difícil de pensar no nosso país como líder natural da comunidade... Só vejo um possível problema nisso... Na primeira divergência que houver dentro do bloco e o Brasil tentar guiar para um direção, não duvido muito que nos acusem de práticas imperialistas dentro do bloco à lá EUA... O que de certa forma nós já fazemos, mesmo antes do CELAC. 

Em todo o caso, não acho que o grupo comece desacreditado. Pelo contrário, tem tudo para dar certo, basta contornar as barreiras que já se impõem ao grupo que o mesmo tem tudo para ser bastante promissor.