terça-feira, 26 de maio de 2020

Cinema, Pipoca e Geografia! - A Última Hora

A indicação de hoje é um documentário para nos fazer refletir. Embora a pandemia hoje seja o centro das atenções, outras questões, tão importantes quanto, estão sendo deixadas de lado. 

Num momento em que, apesar da pandemia, o desmatamento da Amazônia bate recordes e há a necessidade de repensarmos nossos valores e práticas de consumo, trouxemos o documentário "A última hora".

Neste filme, cientistas, líderes mundiais e pensadores discutem o nosso modo atual de vida e o futuro que nos espera, se mantermos o ritmo de consumo que temos, e que só vem amentando, desde a 1ª Revolução Industrial.

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O que é algo a considerarmos, haja visto que essa pandemia nos levou a alguns casos curiosos que nos fazem refletir sobre o modo como consumimos e também sobre os nossos valores. O que pode ser evidenciado nessas notícias (1, 2, 3).

Não. Não estamos dizendo em hipótese alguma que essa pandemia é algo benéfico. Só estamos dizendo que o isolamento proporcionado por ela, levou as notícias acima, o que pode nos conduzir a uma reflexão sobre nossos hábitos de consumo e sobre valores que possuímos que podem ser mudados pós-pandemia e, quem sabe, nos conduzir a um futuro de preservação do planeta, de mais empatia e que ponha as pessoas, não o lucro, em primeiro lugar. 

Apesar do filme já ter algum tempo, seu tema e ele mesmo se tornam bastante atuais e nos convidam a refletir sobre o futuro. 

terça-feira, 19 de maio de 2020

Cinema, Pipoca e Geografia! - Home: Nosso Planeta, Nossa Casa

Seguindo com nossas dicas de filmes com temas abordados pela Geografia, hoje vamos indicar um documentário francês que nos conduz a uma viagem pela Terra. Estamos falando de "Home - Nosso planeta, nossa casa". 

O documentário nos leva a paisagens rurais, urbanas e naturais do planeta, mostrando as conexões entre as elas, suas fragilidades e como a intervenção humana pode impactar sobre esses ambientes, seja de maneira positiva ou negativa. 

Em tempos como os que estamos vivendo, refletir sobre como a humanidade interfere (explora) o planeta e seus recursos e, mais do que isso, promover mudanças de postura e estratégia sobre a forma como lidamos com isso, convertendo-as em ações práticas e funcionais, se faz urgente. 

Vale a pena conferir! 



terça-feira, 12 de maio de 2020

Cinema, Pipoca e Geografia! - Geografia e Pandemia

Caros leitores do blog. 

Devido ao cenário em que vivemos, nossa rotina foi alterada e tentamos manter a rotina do blog. Contudo, com a sobrecarga em tempos de pandemia, acabamos não dando conta e, assim, o conteúdo ficou defasado. 

Tentando ao máximo não deixar de publicar (com qualidade) vamos voltar a rotina anterior, com as publicações diárias em nossas redes sociais e textos às terças-feiras. 

Agora, vamos a indicação de hoje.

A professora Maria Adélia de Souza tem publicado em seu canal no Youtube um interessante esboço, segundo ela, analisando essa pandemia do coronavírus sob o prisma de Geografia.

Deixaremos aqui as reflexões dela pra serem assistidas. 

Vale a pena conferir!














terça-feira, 21 de abril de 2020

Cinema, Pipoca e Geografia! - Globalização, violência ou diálogo?

A nossa dica para essa semana é um documentário francês facilmente encontrado na internet que traz para quem assiste um questionamento importante sobre o processo de globalização. 

Estamos falando do documentário "Globalização, violência ou diálogo?" que faz uma análise, de aproximadamente 1 hora, sobre como esse processo impacta na sociedade e se esse impacto ocorre de maneira positiva ou negativa. 

A ideia é nos convidar a refletir sobre essa temática cujo processo também tem seu lado obscuro que, invariavelmente, é escamoteado, levando as pessoas a não se darem conta disso. 

É uma ótima reflexão e vale a pena conferir!

terça-feira, 14 de abril de 2020

Cinema, Pipoca e Geografia! - Rapsódia em Agosto

Caros leitores do blog, sabemos que andamos em falta com vocês, mas, nossa rotina também foi alterada e, infelizmente, não temos dado conta das postagens diárias como prometemos, durante a pandemia. 

Contudo, estamos tentado postar sempre que possível, sem perder a qualidade, com ótimas dicas de filmes, séries ou músicas. Hoje não será diferente. 

A indicação de hoje se trata de um filme um tanto antigo (1991) que talvez seja difícil de encontrar, mas vale a pena a busca. Estamos falando de "Rapsódia de Agosto". 

No filme, uma avó conta aos seus netos suas memória de um terrível capítulo da História Mundial: a bomba atômica sobre a cidade de Nagasaki. 

O filme conta de maneira lúdica, sem perder o drama contido na história, como foi para aquela avó atravessar esse momento trágico da história. 

Como dissemos, apesar de antigo, vale a pena conferir. 



Rapsódia em Agosto - Filme 1991 - AdoroCinema

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Cinema, Pipoca e Geografia! - Os rios voadores

Já mencionamos aqui, especialmente durante o ano passado, sobre a imensa importância da Floresta Amazônica, especialmente em termos climáticos. 

Sem deixar essa ideia de lado e reforçando-a, hoje vamos deixar aqui um curta sobre os Rios Voadores da Amazônia e sua importância para o clima, não só no Brasil como no mundo. 







Não esqueça: Sem floresta, não tem água!!!!!!!

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Cinema, Pipoca e Geografia! - Democracia em Vertigem

Não poderíamos deixar esse filme passar, ainda mais no cenário em que nos encontramos. Em meio a polarização que, antes era política, e agora é a do achismo contra a ciência, o filme aborda da polarização política do país nos últimos anos, bem como a ascensão de um grupo político (que inclusive acha que sabe mais do que a OMS).  



Democracia em Vertigem – Wikipédia, a enciclopédia livre





O Filme penetra nessa polarização e mostra como esse processo se desenhou e como grupo políticos se utilizaram disso para sua promoção e alcançar seus objetivos. 

Embora não tenha levado o Oscar (uma injustiça absurda), não deixa de ser um ótimo filme e imprescindível para quem quer entender como essa polarização se desenhou e os perigosos riscos à democracia que está sim vivendo uma crise (ou você realmente acha que quando se fala abertamente em volta do AI 5, fechamento do Congresso, que basta um guarda para fechar o STF, que se houvesse uma bomba no Congresso, ninguém acharia ruim e por aí vai, a democracia não está em crise?). 

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Cinema, Pipoca e Geografia! - Minissérie Chernobyl (HBO)

A indicação de hoje nos leva a uma tragédia que ocorreu há mais de três décadas, mas que ainda suscita debates, especialmente sobre a energia nuclear. 

Estamos falando da minissérie Chernobyl, da HBO. 



DefesaNet - Nuclear - Leonam - Como a HBO errou em Chernobyl





Embora na questão dos perigos da radiação ela tenha deixado a desejar, o que configura um ponto contra. O clima de tensão durante toda a minissérie te mantém preso a ela e o convida a "vivenciar" toda aquela atmosfera de uma URSS que negligenciou e procurou esconder ao máximo o acidente. 

Aliás, atitudes essas que até hoje tornam os dados sobre o número de vítimas impreciso, já que os efeitos da radiação podem perdurar por décadas, atravessando gerações. 

Aqueles que tiverem a oportunidade de assistir, é uma boa pedida. 

Vale a pena conferir. 



terça-feira, 31 de março de 2020

Geoplaylist (Engenheiros do Hawaii - Toda Forma de Poder)

Em tempos onde a palavra de alguém que ocupa um cargo político, vale mais do que cientistas renomados e a OMS, trouxemos essa música que cabe, infelizmente, como uma luva na atuação em que vivemos. 

"Toda Forma de Poder" possui trechos interessantes que coincidem com o nosso momento (triste). Afinal de contas:

"E o fascismo é fascinante
E deixa gente ignorante fascinada
É tão fácil ir adiante e se esquecer
Que a coisa toda tá errada"



Não é mesmo?

segunda-feira, 30 de março de 2020

Cinema, Pipoca e Geografia! - Mauá (O Imperador e O Rei)

Seguindo com nossas indicações, hoje trazemos um filme que esbarra com a disciplina de História, mas que é de suma importância para a Geografia também. Estamos falando do filme "Mauá - O Imperador e o Rei". 

O filme conta a história do Visconde de Mauá e sua ascensão meteórica como um dos homens mais ricos do país à época. 

Mauá era um visionário de seu tempo e tinha pensamentos que iam de encontro ao pensamento vigente daquela época: um Brasil agrário, escravocrata e sem o menor interesse pela indústria.  



Mauá - O Imperador e o Rei - Filme 1999 - AdoroCinema




Mauá realizou diversos feitos no Brasil como trazer a iluminação pública, criar o Banco do Brasil e instalar a nossa primeira indústria; fatos esses que conferiram a ele o título de Visconde. Entretanto, por motivos vistos no filme (sem spoiler), Mauá começa a ser perseguido e a trama se desenrola... 

O filme é ótimo para fazer uma tabelinha com História traçando o panorama da época, enquanto a Geografia se encarrega da economia e de como ele pode ser considerado um tímido impulsionador da indústria no país, embora muitos considerem Vargas como tal. (não que ele não seja. Vargas deu um salto industrial importantíssimo no Brasil que fora acompanhado depois por J.K., mas é inegável que o primeiro salto, mesmo tímido, foi de Mauá).  

Como proposta de trabalho, podemos pedir aos alunos que, divididos em grupos, escolham uma realização ou idealização de Mauá que ainda esteja presente em nossas vidas ou que, pode até não estar mais presente, mas tem suma importância para nós hoje ou mesmo que permitiu desencadear uma ideia a partir de um pensamento dele e apresentar ao resto da turma em forma de seminários. 

É um ótimo filme e vale a pena conferir!

quinta-feira, 26 de março de 2020

Cinema, Pipoca e Geografia! - As Sufragistas

Continuando nossa série de indicações, hoje vamos a um dos filmes que retrata um dos momentos mais importantes da nossa História: a conquista das mulheres ao direito de votar e ao início da luta por direitos iguais. 

Nossa indicação se trata de "As Sufragistas". 

As Sufragistas - DVD - Saraiva


O filme mostra a lutas das mulheres para conseguirem o direito ao voto, passando pelos mais variados desafios em busca de seus direitos. Começando de forma passiva e passando a rebelião, as mulheres resistem e perseveram em seus objetivos. O filme não é só uma luta pelo direito ao voto, mas pela igualdade das mulheres em direitos em relação aos homens. 

Vale a pena conferir e refletir!.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Série "Cai no Vestibular"

Caros leitores do blog. 

Você que nos acompanha fielmente já está sabendo que ao longo dessa semana, estamos colocando aqui vídeos e músicas relacionados a Geografia como forma alternativa de ajudá-los a estudarem durante esse período de quarentena. 

Hoje postaríamos sobre mais um filme, mas chegou ao nosso conhecimento uma série produzida pela TV Brasil chamada "Cai no Vestibular". Nela, professores de todas as disciplinas são convidados a dar uma aula de uns 10 a 15 minutos sobre um tema de presença constante no vestibular. 

Como achamos a iniciativa muito importante e pouco divulgada, vamos deixar aqui o link com os episódios já gravados para vocês assistirem. 



O programa vai ao ar diariamente e pode ser assistido tanto pela web quanto pelo canal da TV Brasil em sua cidade. 

terça-feira, 24 de março de 2020

Geoplaylist (Ataulfo Alves - Meus tempos de criança)

Continuando a nossa sequência de indicações diante desse período de quarenta, hoje vamos tratar de uma música que nos remete a um conceito da Geografia, geralmente abordado no 6° Ano.

Estamos falando do conceito de Lugar. Tal conceito está associado a um relação de pertencimento com determinado espaço, estabelecendo assim uma relação afetiva com ele.

Sendo assim, temos um conceito bastante subjetivo já que o lugar de alguém não é necessariamente um lugar para mim e vice-versa. Da mesma forma que pode ser para os dois ou não ser para ninguém.

Relacionado a música, o conceito de lugar se apresenta pois a letra se refere ao locais dos tempos de menino do compositor, com referências descritivas dos lugares que frequentava.

Apesar de um tanto antiga, a mesma serve ao propósito de apresentar o conceito de lugar, podendo até mesmo servir como pano de fundo para uma atividade como incentivar os alunos a fazerem alguns versinhos sobre espaços que consideram lugares, de acordo com o conceito em questão.





Lembrando aos leitores que este especial durante a época da quarentena faz parte de uma seção antiga do blog que indica músicas que tenham a ver com Geografia, chamada "Geoplaylist" cujas publicações anteriores podem ser facilmente encontradas em nossa barra de buscas.


segunda-feira, 23 de março de 2020

Cinema, Pipoca e Geografia! - Mil Dias

Em tempos de pandemia e quarentena, achamos mais conveniente postar diariamente, ao longo dessa semana, em princípio, postagens relacionadas a conteúdos de Geografia que possam ser abordados por meio de filmes, séries, músicas, documentários e etc. 

Por isso, vamos postar diariamente indicações para serem assistidas durante a quarentena para que você, estudante, vestibulando, curioso, professor, entre outros consiga se distrair para passar a quarentena, sem deixar de aprender. 

Esperamos que gostem das dicas e, caso você queira ver as anteriores, procurem em nosso buscador por "Cinema, Pipoca e Geografia!" e vejam as indicações que já fizemos.

Hoje a dica é por conta de uma série do canal History que fala sobre Brasília e sua construção, chamada "Mil Dias". 

Você pode acessar o conteúdo por este link

Embora, o acesso seja restrito a assinantes do canal, via tvs a cabo, a saga vale a pena ser acompanhada; ainda mais porque a atual capital nacional está fazendo 60 anos em 2020 e pode ser tema de vestibulares e do ENEM. 

Por ser tratar de uma série, a mesma pode ser maratonada sem problemas e podemos acompanhar não só os percalços da construção da capital nacional como os interesses por trás dessas construção. Além disso, também podemos ver alguns mitos sobre Brasília serem derrubados, como aquele que diz que a cidade foi projetada para parecer um avião. 

Em tempos de quarentena, o conhecimento também é sempre válido. 

Vale a pena conferir. 

terça-feira, 10 de março de 2020

As consequências do coronavírus para o mundo e como isso pode estar no seu vestibular

Um surto iniciado na China e que já se espalhou pelo mundo, acumulando milhares de casos entre suspeitas, confirmações e até mesmo óbitos. O Coronavírus virou assunto do momento, não só por conta de sua letalidade, mas também por chamar a atenção para certos aspectos da economia, passando pela maneira como produzimos e até mesmo pela velocidade com as quais estamos conectados e conseguimos nos deslocar entre pontos cada vez mais distantes e de maneiras cada vez mais rápidas. 

Diante deste cenário, não é difícil prever que o assunto pode estar presentes nos vestibulares e no ENEM pelo país, seja na Biologia, na Química e também na Geografa. Por isso, nós vamos elencar abaixo alguns apontamentos sobre o coronavírus e, fazendo um exercício de adivinhação, apontar como ele pode aparecer nos vestibulares. 

Em primeiro lugar, observe o mapa abaixo. 

Fonte: https://gisanddata.maps.arcgis.com/apps/opsdashboard/index.html#/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6

Este mapa se refere aos casos de coronavírus registrados em tempo real pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cujo o link você pode acessar na legenda do mesmo.  

Ao observá-lo atentamente, percebemos que a maioria dos casos de coronavírus estão acima da Linha do Equador. Num comparativo, quase não há casos abaixo dela e isso tem um motivo que pode virar questão de vestibular. 

O vírus se propaga melhor em clima frio. Pelo fato de ser uma espécie de gripe, o clima frio é o ideal para sua propagação. Neste início de ano, o hemisfério sul está em pleno verão enquanto o hemisfério norte está em pleno inverno; o que facilita a propagação do vírus neste último.

Os casos que tivemos abaixo da linha do Equador, são "importados", ou seja, pessoas que estavam nas áreas de contágio e viajaram para outros países. O clima quente inibe a propagação do vírus, até mesmo por conta dele ser sensível aos raios ultravioleta. 

Percebemos também que a Oceania apresenta o maior número de casos (até o momento em que esta postagem foi publicada) dentre as demais regiões do hemisfério sul. Isso se explica pela sua proximidade geográfica com a China, o que acabou facilitando a propagação do vírus. 

Outro aspecto também a ser abordado em relação ao coronavírus é a sua rápida propagação. 

Em tempos de auge da Globalização (união dos meios de transporte com os meios de comunicação), potencializada pelo avião e pela internet; viajar grandes distâncias se tornou uma questão de, no máximo, horas. Com os aviões, podemos cruzar o mundo em 24 horas e com a quantidade de voos que ocorrem pelo mundo, o coronavírus passar de uma epidemia (transmissão de país para país) para uma pandemia (transmissão de alcance global) é questão de tempo. 

A Globalização, em parte, permitiu que esse vírus se espalhasse rapidamente com alcance intercontinental. Agora, os países correm contra o tempo e adotam medidas para tentar frear essa epidemia e controlá-la ao ponto de extingui-la.   

Lembramos que, até a publicação desta postagem, o coronavírus está classificado como epidemia, mas corre o risco de virar pandemia. 


Outro aspecto presente relacionado a esta doença é o econômico. 

Como medo do contágio, a economia global está vivendo uma época tenebrosa, com bolsas de valores batendo recordes cada vez mais negativos.  

Isso se deve ao fato de diversas fábricas suspenderem suas produções pela falta de insumos, geralmente adquiridos em outros países, por medo dos insumos estarem contaminados pelo vírus. 

Soma-se a isso, o fato da China, por conta de sua mão de obra barata, hospedar grande parte da produção de diversos fabricantes que atuam globalmente. Com o surto no país e a fabricação de produtos sendo até mesmo suspensa em alguns casos, não será de se estranhar que alguns produtos subam de preço pela falta deles no mercado. 

Acrescenta-se também o prejuízo às companhias aéreas que tiveram quedas bruscas na compra de passagens aéreas. Além de setores como o turismo que está sofrendo duros golpes, principalmente com as restrições aos países com casos da doença, cuja população em geral é incentivada a não visitar lugares turísticos e a ficar em casa. 

Inclusive eventos como feiras mundiais, shows e com grandes aglomerações estão sendo até mesmo cancelados por medo de aumentar o risco de contágio. Já se cogita até mesmo a suspensão ou adiamento das olimpíadas de Tóquio

A lista não para também para as gigantes internacionais, especialmente as do varejo, como a Amazon. Essas empresas vendem mercadorias para todo o mundo e de todo o mundo. Com a epidemia do coronavírus, suas vendas serão seriamente prejudicadas, pois a população fica com receio de comprar produtos vindos de países com casos registrados. 

Ainda temos também a questão dos equipamentos de prevenção ao vírus como as máscaras cirúrgicas e o álcool em gel que estão batendo preços cada vez mais altos, além de já apresentarem escassez em alguns lugares.

E correndo por fora, temos uma disputa entre Rússia e OPEP relacionada ao controle do preço do petróleo, onde o grupo sugeriu um corte na produção de petróleo (que já desvalorizou 30%) que foi recusado pelo russos, iniciando uma queda de braço entre ambos, o que pode agravar ainda mais o cenário econômico de crise fomentada pelo coronavírus. 

Muita coisa ainda pode acontecer diante deste cenário de tensão causado pela epidemia, mas algumas coisas já se desenham e podem aparecer nos vestibulares e ENEM. Fizemos aqui apenas alguns apontamentos para ajudar nos estudos acerca desse tema novo que pode ser figurinha certa nos exames deste ano. 


Update: no dia seguinte a essa postagem, o coronavírus foi decretado como pandemia pela OMS



terça-feira, 3 de março de 2020

Geoplaylist (U2 - Sunday Bloody Sunday)

O primeiro geoplaylist desse ano é uma sugestão de algo que, infelizmente, pode voltar acontecer, especialmente após o Brexit. 

Estamos falando da música tocada pela banda U2 "Sunday Bloody Sunday". Apesar de antiga, a música marca um conflito de anos envolvendo a Irlanda do Norte e a Inglaterra e que depois causou episódios de violência entre as Irlandas, em linhas gerais por motivos religiosos. 

No início dos anos 70, na Irlanda do Norte, parte da população saiu às ruas para protestar contra medidas impostas pelo governo inglês. A ideia era levar os protestos à Câmara Municipal, mas a polícia inglesa impediu a chegada dos manifestantes através de barricadas. 

Alguns manifestantes atiraram garrafas e outros objetos na polícia que revidou atirando, matando 14 pessoas, muitas delas com tiros nas costas. Por ter acontecido em um dia de domingo, o episódio ficou conhecido como "domingo sangrento" e ganhou grande repercussão mundial. 

O governo inglês, à época, usou a mídia para justificar seu ato violento, só se retratando mais de 30 anos depois. Já as famílias e sobreviventes desse episódio, buscavam maneiras de fazer com que o governo inglês respondesse por seus atos. 

Em tempos de Brexit, onde questões envolvendo as fronteiras entre Irlanda e Irlanda do Norte não foram resolvidas, tensões entre os dois países podem voltar à tona e, em casos extremos, episódios como o "domingo sangrento", podem tornar a acontecer.   



A música serve de alerta para essa situação, além de servir de link para as consequências que um Brexit sem acordo pode implicar. 

Apesar da letra triste, vale a pena conferir e refletir sobre ela e sobre esse episódio.

Ainda mais quando, em terras tupiniquins, a própria autoridade máxima atenta contra a democracia e os direitos civis...  

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Cinema, Pipoca e Geografia! - Que mundo é esse? Europa/África

Desde a década de 60 que as palavras "desenvolvimento sustentável" permeiam o noticiário. À época, a humanidade estava tendo sua tomada de consciência em relação a poluição e a degradação do meio ambiente, bem como de suas consequências e a urgência de reverter esse quadro o quanto antes. 

Neste cenário, vários exemplos se multiplicavam sobre como preservar o meio ambiente e de como promover um uso sustentável de seus recursos. Entretanto, a destruição dele ainda continua presente e sofremos a cada ano com as consequências de um aquecimento global que se apresenta como irreversível, se nada for feito de maneira global e eficaz. 

A nossa dica de hoje, pinça um ponto dentro desta enorme e complexa questão. O documentário "Que mundo é esse?" traça uma relação entre os continentes africano e europeu acerca do lixo eletrônico. No vídeo, é possível ver como os europeus se livram de seus lixos, simplesmente os transportando para outros lugares; no caso em questão, para a África. 

Também é abordado pelo documentário os motivos que levam países a aceitarem esse lixo eletrônico e que destino eles recebem ao chegarem ao continente. Além disso, também é reforçado a falta de estrutura para reciclar todo esse material que chega, sem mencionar a forma como o mesmo é tratado, em sua maioria, causando sérios danos não só ambientais, mas também aos seres humanos que o manipulam de forma incorreta. 

Serve também como exemplo para observamos aquilo que se esconde a sombra do consumismo que é o destino daquilo que descartamos e que, muitas vezes, estão em perfeitas condições de uso, mas que a propaganda nos leva a consumir, produzindo assim mais lixo, mais danos ao meio ambiente e à saúde humana. 

Além do documentário, para se aprofundar um pouco mais nesse questão, sugerimos que antes de assisti-lo, seja visto este curta chamado a história das coisas





Em tempos de completo descaso com o meio ambiente e de retrocesso nos programas de preservação por parte do Governo Federal, alertas como esses dos documentários indicados nos servem para mostrar a importância da preservação do meio ambiente e do consumo consciente para que assim possa existir algo para as gerações futuras além de escassez de recursos, fome e miséria. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Brexit: O divórcio sem acordo

Levou mais de 3 anos e 3 primeiros-ministros, mas finalmente o "brexit" virou realidade. Desde o último mês o Reino Unido já não integra mais o bloco europeu, sendo algo pioneiro na história, pois foi o primeiro país a deixar de fazer parte de um bloco econômico. 

Entretanto, há de se convir que o Reino Unido não fora parte efetiva do bloco, mas sim um eurocético que usou a expansão do próprio bloco no início dos anos 2000 e a guerra civil na Síria para arranjar a desculpa perfeita para abandonar a União Europeia. 

Quando dissemos que o Reino Unido não era entusiasta do bloco, isto pode ser visto no fato da "terra da Rainha" não participar ou deixar acordos como o Tratado de Schengen (que "derrubou" as fronteiras entre os países membros) e a União Econômica e Monetária, que deu origem ao euro, moeda do bloco. 

Nesse último, o Reino Unido optou por operar com a moeda local e o euro em seu país. 

Fatos esses que demonstravam que a relação entre ambos já não era boa, ficando ainda mais desgastada a cada passo que o bloco dava para se integrar. Tal integração, inclusive, era vista pelo Reino Unido como uma supressão da soberania estados-membros e uma concentração do poder nas mãos de órgãos institucionais criados pela União Europeia. 

Entra também como ingrediente desta mistura que deu em divórcio a expansão do bloco para o Leste Europeu no início dos anos 2000. À época esta ampliação do número de membros da UE representou um aumento do mercado consumidor, ampliando suas vendas. 

Entretanto, para os trabalhadores de baixa renda, representou uma "invasão" de imigrantes vindos dos novos membros da UE que buscavam as economias mais importantes do bloco para fixar morada... E o Reino Unido era a segunda economia do bloco, o que desgastou cada vez mais a relação entre ambos...  

Seguindo este ritmo de desavenças, veio a guera civil na Síria que provocou uma onda migratória nesta década. Em seu início e nos anos seguintes, calcula-se que mais de 6 milhões de pessoas saíram do país para tentar vida nova, especialmente na Europa. 

Infelizmente, alguns não chegaram ao outro lado do Mediterrâneo. Porém, aqueles que conseguiram, tentaram abrigo no continente europeu, mais notadamente nos países que compõem a União Europeia, levando o bloco a montar um esquema para recepcionar a maior onda migratória desde a Segunda Guerra Mundial. 

Para isso, ficou decido que os imigrantes seriam recebidos conforme a economia de cada membro da UE, ou seja, quanto maior a sua economia, maior o número de imigrantes a acolher. Nem é preciso dizer que tal medida desagradou o Reino Unido, levando a onda de protestos que pediam a saída do país do bloco. 

Como dissemos acima, 3 primeiros-ministros e 3 anos e meio depois, a saída foi oficializada, mas os termos nos quais ela se dará ainda não. Trocando em miúdos: o divórcio foi assinado, mas não se sabe ainda quem fica com a casa, o carro e o cachorro. 

Isto porque várias questões complexas ficaram ainda por discutir entre o Reino Unido e a União Europeia. Muitas delas têm desdobramentos em outras vertentes, extrapolando a questão econômica e política. Dentre elas podemos elencar as seguintes:

  • A circulação dos cidadãos da UE no Reino Unido e vice-versa (o que aliás já começa a preocupar diversos imigrantes, inclusive brasileiros, que veem sua permanência na "terra da Rainha" ameaçada e alguns já começaram a se dirigir para outros países dentro da UE). 
  • O que nos leva a outra questão: a permissão de residência e trabalho dos britânicos no bloco e dos europeus no Reino Unido. (serão revogadas? manterão o que já fora acordado? serão refeitas? todos terão que sair de seus respectivos empregos?)
  • O comércio entre ambos. Como ficam as taxas? A livre circulação de mercadorias?
  • O compartilhamento de dados de maneira geral. Por não ser mais membro do bloco, o Reino Unido ainda terá acesso a eles? A União Europeia ainda vai compartilhar seus dados com os britânicos?
  • A ideia por parte de Escócia e Irlanda do Norte (países que compõem o Reino Unido, além da Inglaterra) de organizarem uma tentativa de independência da Rainha para voltarem à União Europeia, pois nunca foi desejo de ambos deixar o bloco. Isto só aconteceu, pois ambos estão atrelados ao Reino Unido e, portanto, seguem a Rainha, ou melhor, a Inglaterra. 
  • A questão das Irlandas (aliás foi o que derrubou a segunda ocupante do cargo do Primeiro-Ministro britânico, Theresa May). A Irlanda do Norte (pertencente ao Reino Unido) e a República da Irlanda (país independente) são fronteiriços e, quando estavam sob o mesmo bloco, suas fronteiras não possuíam barreiras físicas; o que ajudou a amenizar os ânimos desses países que, durante o século passado, protagonizaram diversos ataques entre si, muito por conta da questão religiosa. (Na Irlanda predomina o catolicismo e no xará do Norte predomina o protestantismo). 

Obs.: Esta última questão promete ser a mais delicada de todas, pois muitos analistas temem que a volta do controle de fronteiras entre ambos, através das barreiras físicas, traga à tona questões do passado, que foram, em teoria, suplantadas com o acordo de paz de 99 e também pela livre fronteira entre ambos, proporcionada pelo pertencimento de ambos ao bloco econômico europeu. 

Porém, nem tudo parece ser abacaxis a serem descascados... 

Enquanto o lado britânico parece comemorar (não todos, pois a população se divide entre os que comemoram e os que lamentam o Brexit) a "retomada" de sua soberania com a saída do bloco. O lado europeu agora se mexe para "disputar" entre seus países membros as empresas que estavam fixadas em território britânico, mas que, com o brexit, terão que sair para não perder todas as vantagens comerciais destinadas aos membros do bloco e buscam novos países membros para se instalarem. 

França e Alemanha (as duas maiores economias do bloco, vibram com isso)... 

Mas como dissemos a conta do divórcio ainda não saiu, mas ela pode ser bem cara para ambos. O europeus perdem a segunda economia do bloco e 15% do seu PIB, além de um assento no conselho de segurança permanente da ONU. Já para os britânicos as vantagens comerciais com o bloco, podem cair por terra e o prejuízo pode ser milionário. 

Além disso, a conta pode ficar amarga até para quem não tem nada a ver com o divórcio deles. O Brasil pode ser prejudicado nisso, pois, com a saída de um membro da UE, o bloco deverá reduzir suas cotas de compras em acordos assinados com outros blocos (como o MERCOSUL, no nosso caso) ou mesmo com outros países. 

Essa redução de compras pode significar um impacto em nossa economia de proporções significativas, especialmente na agropecuária. 

Mas como só o divórcio é que foi sacramentado e não os termos em si, teremos que esperar os anúncios de UE e Reino Unido para ver como ficará o futuro dos dois (e de grande parte do mundo) nos próximos anos.