Neste último fim de semana, o que seria um importante passo para uma reabertura diplomática ao diálogo entre o Irã e o "mundo ocidental" (leia-se Europa e EUA, neste caso) foi freado por conta do veto francês a um acordo nuclear, entre o P5+1 e o Irã.
Já tinha mencionado aqui em post anterior que o governo francês andava me decepcionando ultimamente, e esta foi mais uma pra coleção. Embora o motivo do veto seja essencialmente econômico e político, ou seja, em "defesa do deles" acho que não justifica tal medida. Explico o por quê...
O acordo seria fechado no último dia 10, mas com o veto francês as conversas foram prorrogadas para o próximo dia 20. O veto francês veio como um balde de água fria na esperança do Irã em se reaproximar do Tio San com o qual rompeu suas relações diplomáticas em 1979 por conta da revolução iraniana.
Mas esse veto se explica quando há a notícia de que no dia anterior, 9, o governo francês fechou diversos acordos na região do Oriente Médio de venda de equipamentos militares para países que são avessos ao Irã, isso sem contar os acordos que foram fechados com outros países nos meses anteriores, na casa dos bilhões de euros.
Esses acordos sugerem que a França pretende aumentar sua influência, principalmente na região do Golfo Pérsico e negociar cada vez mais com os países de lá, principalmente se as negociações continuarem na casa dos bilhões de euros; Agora resta saber se essas negociações continuarão se dando ao custo de gerar cada vez mais empecilhos entre o Irã e o Tio San, mantendo assim uma tensão entre os dois países que estão, ao menos aparentemente, se esforçando para que isso não ocorra.
Dia 20, a próxima rodada de negociações será feita na tentativa de fechar um acordo definitivo. Nesta nova chance, será que a França colocará novamente seus interesses na frente de uma questão que gerou e gera uma tensão tão grande entre dois países por mais de 30 anos? Esperamos que não...
Até porque, hipoteticamente, se os acordos não saírem e os dois países acabarem se desentendo de vez e um conflito acontecer, com toda certeza a região do golfo será afetada de uma forma ou de outra e, nesse caso, será que as negociações entre a França e os países da região continuarão a ocorrer?...
Com informações da Carta Capital.
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