Por essa semana, como mostra a notícia abaixo, vimos que uma refinaria que fora ocupada na França com o intuito de servir de protesto contra a reforma previdenciária foi retomada pela polícia através da força para "garantir o direito de ir e vir dos cidadãos franceses".
A tomada da refinaria é apenas mais um episódio dentre vários outros da atitudes reprováveis do presidente francês que vem sendo constantemente combatida pela população francesa na qual a causa principal é a reforma da previdência que possui reprovação por maioria esmagadora da população, principalmente no tocante ao aumento da idade de 60 para 62 para obtenção da aposentadoria. (Com toda certeza um dos fatores que explica essa reforma é o fato da população da França ser envelhecida e com isso o número daqueles que contribuem com a previdência é menor em relação aqueles que usufruem dela).
As trapalhadas do governo vêm cada vez mais ganhando repercussão na França que agora parece estar pagando por insistir em seu erro. Lamentável.
A polícia francesa desbloqueou nesta sexta-feira, à força, a refinaria de Grandpuits, nos arredores de Paris, uma das maiores do país, que tinha sido paralisada há dez dias pelos grevistas que protestam contra a reforma da previdência proposta pelo governo. Ainda existem outras 11 refinarias bloqueadas por grevistas na França e o governo francês reconheceu que haverá escassez de combustível “por vários dias”.
A refinaria de Granpuits se tornou um bastião da resistência à reforma da previdência, que entre outras medidas prevê o aumento de 60 para 62 anos para idade mínima para aposentadoria. O Senado espera aprovar o projeto nesta sexta-feira, apesar dos crescentes protestos na França.
Na ação em Grandpuits, três pessoas ficaram feridas, afirmou o coordenador da união sindical CGT Total, Charles Foulard. Para ele, a ação policial significa “a supressão do direito à greve” pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy.
Após a operação, o Ministério do Interior explicou que a intervenção policial, “estritamente necessária”, ocorreu “com tranquilidade” e sem que houvesse nenhum incidente. “O único objetivo desta operação é voltar a dispor dos estoques de combustível”, para “permitir aos serviços públicos e, sobretudo, aos serviços de socorro cumprir suas missões” e para “assegurar o direito de cada um à livre circulação”, informe comunicado.
Dados – Segundo uma pesquisa do instituto BVA divulgada hoje pelo Canal Plus, 69% dos cidadãos aprovam “as greves e as manifestações” contra o projeto de lei, enquanto 29% se dizem contra.
No entanto, a mesma pesquisa indica que a maioria dos franceses (52%) desaprova o bloqueio das refinarias, que ameaçam paralisar o tráfego viário no país.
Extraído de cartacapital.com.br
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