Já havia publicado aqui algumas postagens sobre a crise econômica americana em 2008 que veio causando uma série de consequências as quais podem ser vistas até hoje.
Temos como exemplo emblemático a Grécia que tenta sobreviver com ajuda tanto da UE e agora do FMI que sempre procura ajudar com a lógica das duas mãos: a mão que te dá o empréstimo se você seguir as recomendações propostas pela outra mão.
Recomendações essas que geralmente não são nada boas... Os países latino-americanos que o digam...
Contudo, agora é a Espanha a bola da vez, juntamente com a Itália. Ambos têm dificuldades em cumprir com suas obrigações financeiras desde a crise e já recorreram a UE como boia de salvação. Mas ao que tudo indica, até o bloco europeu não está possibilitado, ou não quer mesmo, ceder qualquer tipo de ajuda financeira a Espanha.
Resta ao país tentar buscar ajuda no FMI, mas, fica a pergunta, será que se pintar uma ajuda do FMI a cartilha que eles sempre implementam também virá junto ? É esperar pra ver, mas acredito que é tudo que a Espanha não quer...
Os esforços da Espanha e Itália para resolver seus problemas financeiros não são suficientes para impedir a propagação da crise econômica mundial sem que recorram a apoio internacional. A afirmação é do diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Arrigo Sadun.
De Washington, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, advertiu nesta terça-feira 13 que “o que realmente é importante é chamar a atenção dos governos, porque exige ação coletiva, dramática e agora.” Além disso, no caso específico de ataques especulativos contra a Espanha e Itália, a chefe do FMI insistiu que os países da zona euro devem cumprir os seus compromissos.
A UE adotou várias medidas em primeira instância para apoiar outros quatro países que estão sob pressão dos mercados, embora seja considerada mais importante, por exemplo, a expansão do fundo de resgate que ainda precisa de aprovação de todos os países membros para ser eficaz.
Outras iniciativas que beneficiaria países como a Espanha seria a implementação da chamada Eurobonds, a dívida garantida pelo conjunto da zona euro, mas esta iniciativa é rejeitada pela Alemanha.
A quarta maior economia da zona do euro está sob a vigília das agências de classificação de risco e nesta quarta-feira 14 a agência Fitch fez uma advertência à Espanha sobre a incapacidade de cumprimento de objetivos em relação à dívida pública. Em março deste ano, a agência já havia revisado a perspectiva da nota de risco de crédito da Espanha de estável para negativa.
Extraído de cartacapital.com.br
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