Foi realizado no dia 15 de Setembro em Pernambuco o 1º Fórum Multilateral de Negócios no Mercosul.
Um dos intuitos deste Fórum foi de integrar as regiões Norte e Nordeste do Brasil ao bloco que já existe há 2 décadas.
O Engraçado disso, é que essa integração só foi pensada, ou pelo menos a sua iniciativa de forma mais aberta só foi tomada, agora, 20 anos depois do bloco formado e justamente quando as regiões apresentam crescimentos econômicos notavéis e estão ganhando obras de infra estrutura, como a construção e modernização de portos por exemplo, que permitiram também uma maior agilidade e facilidade de exportação de produtos. Aí é que vem a outra questão...
Portos modernos, proximidade geográfica com a Europa, EUA e a China... Ou seja... Nada impede que esse voltar de olhos também não signifique que o Mercosul possa usar as regiões Norte e Nordeste do Brasil como plataformas de exportação e nada mais. Se pensarmos, essa proposta seria um adianto e tanto para os países banhados pelo Pacífico integrantes do Mercosul que poderiam usar tais regiões como forma de exportar suas mercadorias mais rapidamente. Mas, isso é uma suposição, pois talvez seja mais caro fazer isto do que exportar de seus próprios portos. Contudo, é bem pausível que isso aconteça dependendo dos acordos que saíram desta reunião.
Fato é que se realmente o Mercosul utilizar o Norte e Nordeste apenas como plataforma de exportação para Europa, EUA e a China tais regiões continuarão sendo negligenciadas pelo bloco econômico...
As regiões Norte e Nordeste, que a cada ano vêm ganhando participação
de destaque no Produto Interno Bruto Brasileiro, são importantes eixos
comerciais no Brasil, especialmente por sua localização geográfica. A
partir de quinta-feira 15 sua crescente expansão terá seu potencial
explorado por meio de um intercâmbio dos Estados a integrar as regiões
brasileiras com outros países membros do Mercosul.
O 1º Fórum Multilateral de Negócios no Mercosul, a ser realizado
entre os dias 15 e 17 de setembro no Mar Hotel, em Recife, reunirá
autoridades governamentais, empresariais e entidades do terceiro setor
do Brasil, Paraguai, Argentina, Chile, Uruguai e Venezuela. O objetivo é
promover negócios especificamente nessas regiões brasileiras que, “ao
longo desses 20 anos de existência do bloco, não aproveitaram os
benefícios da integração promovida pelo Mercosul”, diz José Francisco
Marcondes, presidente da Federação de Câmaras de Comércio e Indústria
Venezuela-Brasil. Marcondes afirma que, apesar de ser organizado pela
Federação da Câmara do Comércio Venezuela-Brasil, não serão priorizados
acordos bilaterais – mas do Mercosul como um todo. A Venezuela, vale
exprimir, ainda aguarda aprovação do senado paraguaio para ingressar no
bloco.
Serão sete painéis a tratar da integração econômica e comercial, de
cadeias produtivas e de integração energética. Os painéis também
abordarão os seguintes temas: integração científica, tecnologia,
infraestrutura, política, sustentabilidade e meio ambiente e turismo.
Em seminários e rodadas de negócios, compradores de países vizinhos
serão incentivados a formar novas parcerias e a investir nas áreas de
produtos e serviços locais no Norte e Nordeste.
De acordo com Marcondes, o estado do Pernambuco foi escolhido como
sede para o primeiro evento devido ao seu atual crescimento econômico, o
mais elevado do País. Duas outras edições já estão previstas nas
regiões Norte e Nordeste.
Durante o evento será anunciado também o vencedor do Prêmio
Empresarial Abreu e Lima. O prêmio enaltece personalidades que
contribuíram para a integração Brasil – Venezuela.
Extraído de cartacapital.com.br
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