quinta-feira, 16 de junho de 2011

2,6 BILHÕES de árvores já desapareceram da Amazônia

Desde sua ocupação (ou seria destruição?) a Amazônia Legal (parte da Amazônia contida em território brasileiro) já perdeu 2,6 bilhões de árvores. 

O número assusta e pode aumentar ainda mais com a aprovação do código florestal. As áreas que mais sofreram perdas correspondem ao chamado arco do desmatamento da Amazônia que compreende a parte leste da Amazônia (não confundir com o estado do Amazonas). Que é justamente os locais que são mais próximos dos centros mais dinâmicos do nosso país (Centro-Sul e Nordeste) e que se fazem áreas preferenciais justamente por essa proximidade (facilidade de escoar a produção para essas áreas), já que caminhando para os estados do Amazonas, Roraima, Rondônia e Acre notamos que o próprio isolamento geográfico dificulta a exploração dessas áreas. Dificulta mas não impede.

Outro dado que chama atenção é a participação na concentração de carbono no solo a um metro da superfície, que se localizam mais em manguezais e em regiões de campinaranas, vegetação típica da Amazônia legal, contrariando o que antes era veículado em relação a responsabilidade maior dessa questão recair sobre a vegetação densa.

Contudo, os números não param de assustar e o desmatamento na Amazonia está ficando cada vez mais preocupante. O pior é que a tendência com a aprovação do código florestal é piorar cada vez mais. 


RIO - Desde o início do processo de ocupação da Amazônia por povos não indígenas, pelo menos 2,6 bilhões de árvores foram eliminadas, estima o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no estudo Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia Legal, divulgado nesta quarta-feira, 1. Quase metade dessa perda (1,2 bilhão de árvores) ocorreu no Estado do Pará. A área desmatada representa 15,3% da vegetação original do bioma.

Estima-se que em 2002, ano de referência do estudo, havia aproximadamente 45 bilhões de toneladas de carbono na vegetação remanescente da região (87,3% do estoque original). A pesquisadora Rosângela Garrido destaca que os maiores estoques de carbono no solo estão em áreas de manguezal e campinarana, ameaçadas por mudanças de regras de preservação previstas no Código Florestal aprovado na Câmara.

De acordo com o levantamento, na Amazônia Legal, a concentração de áreas com estas especificações de carbono no solo a um metro da superfície se localizam mais em manguezais e em regiões de campinaranas, vegetação típica da Amazônia legal. 'Isso foi uma surpresa, porque achávamos que a concentração de solos deste tipo ficariam mais sob uma densa vegetação, o que não foi o caso', acrescentou a técnica. Na região da Amazônia Legal, a média é de 95 toneladas de carbono por hectare, mas há localidades que possuem registros de 250 toneladas por hectare, de acordo com a especialista do IBGE.

Segundo Rosangela, as áreas de concentração de carbono no solo no País são no norte da Amazônia; centro sul de Roraima, e nos litorais do Pará e do Maranhão. A técnica explica que o dado é importante, tendo em vista que a preocupação com o desmatamento de áreas deste tipo que conduz à liberação, na atmosfera, do carbono sob o solo. 'É fundamental termos conhecimento de quais áreas estão sob esta classificação, ainda mais neste momento em que todos estão preocupados em reduzir a emissão de CO2 na atmosfera', avaliou.

Rosangela comentou ainda que a presença de carbono no solo a um metro da superfície é vantajoso para a agricultura brasileira, pois a presença de material orgânico no solo estimula o cultivo de culturas agrícolas. Além disso, a presença de carbono também ajuda a diminuir a erosão dos solos, de acordo com a pesquisadora.

As perdas de árvores estão concentradas no Leste (Pará, Maranhão e Tocantins) e no sul (Mato Grosso e Rondônia) da chamada Amazônia Legal. A pecuária aparece na publicação do IBGE como principal responsável pela alteração da cobertura original da terra, representando 51,7% da área desmatada. A vegetação secundária (que surge naturalmente após o abandono de áreas usadas pelo homem) correspondia a 32,1%, e a agricultura, a 15,2%.

A floresta amazônica é dividida em quatro tipos de formação: Florestas Ombrófilas Densa e Aberta, e Florestas Estacionais Semidecidual e Decidual. A Semidecidual, concentrada nos Estados do Maranhão e de Mato Grosso, no chamado arco do desmatamento, foi a mais afetada proporcionalmente entre os quatro tipos de vegetação primária: teve 27,2% de sua área original modificada pelo homem, o que a coloca na situação de mais ameaçada.

As florestas estacionais, que fazem a transição entre as ombrófilas e o Cerrado, são as formações com menor superfície: ocorrem em 5,4% da região. O IBGE destaca que 'qualquer programa de proteção da diversidade de florestas da Amazônia deve dedicar especial atenção às florestas estacionais, especialmente quando estão em áreas de expansão da atividade agrossilvipastoril'.

Em termos absolutos, a devastação está concentrada na Ombrófila Densa: 60% das árvores eliminadas ocorriam lá. A maior perda foi registrada no Pará (1,2 bilhão de árvores), seguido por Maranhão (584 milhões), Mato Grosso (281 milhões) e Rondônia (214 milhões). Das 17,6 bilhões de árvores remanescentes em 2002, a maior concentração estava no Amazonas (7,4 bilhões), seguido por Pará (5,2 bilhões) e Mato Grosso (1,7 bilhão).

Cerca de 45% de toda a água subterrânea potável do País está concentrada na Amazônia Legal, indica o IBGE. As maiores áreas de aquíferos porosos estão no Amazonas, em Mato Grosso e no Pará. De todo o território da Amazônia Legal, 12% está sujeito a inundações, inclusive áreas urbanas como Parintins, aponta o capítulo sobre relevo. O IBGE cita os campos de petróleo e gás de Urucu, no Amazonas, ao destacar o potencial para exploração de combustíveis fósseis do subsolo da região, formado predominantemente por rochas sedimentares.

A Amazônia Legal ocupa 5.016.136,3 km2, que correspondem a 59% do território nacional. Nela vivem em torno de 24 milhões de pessoas, segundo o Censo 2010, distribuídas em 775 municípios, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins (98% da área do estado), Maranhão (79%) e Goiás (0,8%). Além de conter 20% do bioma Cerrado, a região abriga todo o bioma Amazônia, o mais extenso dos biomas brasileiros, que corresponde a 1/3 das florestas tropicais úmidas do planeta, detém a mais elevada biodiversidade, o maior banco genético e 1/5 da disponibilidade mundial de água potável, informa o IBGE.

Extraído de msn.com.br

Além do Pará outros Estados também tem propostas de divisão

Se antes era só o estado do Pará que tinha chegado a mídia com sua proposta de divisão, vemos agora que outros estados também resolveram embarcar na onda e agora Amazonas, Maranhão, Piauí, Bahia e Mato Grosso também possuem propostas para divisões de suas federações. 
Os motivos, muito provavelmente, são os mesmos que explicitei em post anterior sobre o Estado do Pará e mostra que cada vez mais as elites estão ganhando força política para esquartejarem o nosso país a seu bel-prazer. 

Enquanto continuarmos com o Estado a serviço do capitalismo e não do cidadão, ainda penaremos muito e veremos muitas decisões equivocadas como essa ganharem força para atender cada vez mais a elite e prejudicar cada vez mais a população.

Lamentável...

(Se o vídeo ficar muito tempo com a tela preta carregando, não precisa aguardar... É só dar play que ele será exibido normalmente)




Extraído de globovideo.com