terça-feira, 29 de março de 2016

Envelhecimento da população mundial vira um "quebra-cabeça" para os países.

Recentemente, saiu uma pesquisa sobre o envelhecimento populacional mundial que diz que até 2050 o número percentual de idosos em nosso planeta irá simplesmente dobrar. 

Esse aumento da população idosa está relacionado com o aumento da expectativa de vida no mundo como um todo, além da reduzida taxa de natalidade que alguns países, especialmente na Europa e na Ásia, vem apresentando há um bom tempo. 

O aumento da população idosa no planeta gera reflexos e uma série de medidas precisam ser tomadas por parte dos países em relação à sua população. Dentre elas podemos destacar:

  • A necessidade de se repensar os investimentos em saúde. Haverá uma necessidade maior de investir na saúde, principalmente em geriatras e neurologistas. Com uma população mais envelhecida, problemas de saúde e males como o Alzheimer poderão se tornar mais comuns no mundo. Além disso há de se pensar também em campanhas de vacinação para esse faixa etária da população. Como a que ocorre contra a gripe, em nosso país. 
  • A necessidade de reforma dos equipamentos urbanos, permitindo assim maior acessibilidade aos idosos. Rampas, calçadas mais baixas, ônibus com degraus mais baixos, sinais com maior tempo de travessia, etc. Tudo isso deve ser considerado para esta faixa etária da população. 
  • Há também uma séria preocupação com a questão previdenciária. Com um número maior de idosos, a tendência é que o número de aposentados seja maior do que o número de trabalhadores. Isso pode gerar um déficit na previdência dos países que pode ser corrigido através do incentivo a migração de pessoas para o país, ou aumentando a idade para poder se apontar, ou até mesmo através de políticas natalistas por parte do Estado. 
  • Há ainda um possível encolhimento da população que pode interferir neste quadro. Com taxas de natalidade mais baixas, a tendência é que a população "encolha" e, com isso, a necessidade de recompô-la será caso de preocupação pública, pois com isso não sofreremos só com a previdência social, mas também com a falta de mão-de-obra, além da queda na arrecadação de impostos. 

Os casos variam de país pra país. Na Europa e na Ásia essa situação já se faz presente hoje; porém em outros como o nosso, há estimativas que apontam que nossa população chegará a este patamar apenas em 2050. Seja de forma que for ou no tempo que for, essa questão carece de sérios cuidados por parte dos governos e deve ser avaliada a longo prazo para que as medidas sejam tomadas antes mesmo do quadro se concretizar. 



Com informações do Yahoo

terça-feira, 22 de março de 2016

Atentado em Bruxelas tem reivindicação do Estado Islâmico

Todos ainda estamos acompanhando, consternados, os ataques terroristas feitos pelo grupo Estado Islâmico (EI) na Bélgica em um aeroporto e em uma estação de metrô do país onde instituições ligadas à União Europeia (UE) estão localizadas em suas proximidades.

O número de feridos e mortos já passa da casa das centenas e a cada hora mais informações chegam sobre os atentados. Ainda é cedo pra dizer, mas pode se tratar de uma represália pela captura de um acusado pelos atentados recentes em Paris. 

O país elevou o alerta de terrorismo para o nível máximo e o sistema de transportes europeu ficou paralisado por algumas horas. Trens da Bélgica para Londres, por exemplo, foram cancelados. 

Diante de mais um ataque, assistimos um grupo com uma versão extremista e torpe de escritos sagrados se utilizar da violência e do medo para fazer valer seu ponto de vista frente àqueles que discordam dele. 

Enquanto o grupo agia do outro lado do mediterrâneo, parecia não incomodar (muito parecido com uma história que ocorreu na segunda guerra mundial, não?), mas agora que as ações cruzaram o mediterrâneo que medidas serão tomadas para pôr fim a este grupo?

Aliás, por fim ao grupo não é a panaceia para o terrorismo. Não adianta atacar e acabar com diversos grupos se a ideia continuar viva. E, ao que parece, não se tem a mínima ideia de como acabar nem com um nem com outro. Talvez se o ocidente respeitasse os costumes de certas partes do oriente e não tentasse empurrar seus valores "goela abaixo" para o mundo todo, teríamos o começo de um caminho para que os ataques cessem... 

Pode ser que sim, pode ser que não...   

Enterrando os vestígios da Guerra-Fria?

Hoje, o presidente dos EUA, Barack Obama, discursou em um teatro em Cuba no que pode ser considerado um avanço gigantesco na reaproximação das relações diplomáticas entre os EUA e Cuba. 

Em seu discurso, Obama pediu ao congresso norte-americano o fim do embargo econômico a Cuba e também deu aquele recado a Raúl Castro: "o governo de Cuba deve ser para os cubanos. Não tenham medo de ouvir a população cubana." 

O discurso de Obama, em Cuba, pode ser considerado uma retomada das relações prometidas  pelos dois países desde 2014, sendo também mais um passo em direção ao fim do embargo econômico que já sufoca a ilha há décadas. 

A questão aqui é como o congresso norte-americano vai reagir ao pedido de Obama. O presidente tem forte resistência no congresso, especialmente depois do "Obama Care". Não fosse o bastante, alguns congressistas simplesmente não tem simpatia por Cuba em virtude daquele pensamento bem arcaico da "ilha de comunistas". Se bem que em época de eleição e com grande parte da população a favor, pode ser que alguns congressistas se dobrem ao pedido de Obama em troca de alguns votos. 

O fim do embargo seria extremamente vantajoso para ambos. A ilha por ser livrar de um estrangulamento financeiro que dura mais de 40 anos, já os EUA e suas empresas terão mais um "novo mercado" para explorar (explorar em todos os sentidos). 

Apesar disso, espera-se que o embargo, tão caduco no tempo quanto sem sentido, chegue ao seu fim e que cubanos e norte-americanos possam retomar suas relações diplomáticas e que esse vestígio de Guerra-Fria seja finalmente enterrado. 

22 de março - Dia Mundial da Água.

Hoje é comemorado o dia mundial da água. Este recurso que apesar de não ser renovável, muitos o tratam como se fosse. 

Avaliado como possível motivo de futuras guerras, num futuro não tão distante assim, este precioso bem vem sendo desperdiçado nas mais variadas formas: de tubulações estouradas a àqueles que lavam suas calçadas quando deveriam varrer; parece que não se tem uma gota de consciência sobre o referido bem. 

O que nos parece soar mais contraditório nisso tudo é que o nosso país possui um conjunto de leis dos mais elogiados do mundo em relação aos nossos corpos hídricos e sua defesa e conservação. Alguns chegam a dizer que é o melhor conjunto de leis do mundo; pena que a execução dessas leis passam ao largo do que elas são no papel. 

Um exemplo disso que não pode deixar de ser citado é a tragédia de Mariana-MG causada pelo rompimento de barragens da mineradora Samarco, pertencente a Vale. Até agora, não se sabe se por esquecimento devido ao cenário político brasileiro ou até mesmo pela certeza da impunidade dos envolvidos, não vemos nada concretamente feito para punir os responsáveis e nenhum tipo de cobrança concreta por parte da justiça em relação a mineradora para minimizar (porque consertar não vão conseguir nunca) os danos causados pelo maior acidente ambiental da história do nosso país. 

Para fechar o primeiro texto da noite de hoje, deixo abaixo o clipe que o grupo Fala Mansa junto ao rapper Gabriel, O Pensador fizeram como forma de protesto a tragédia de Mariana-MG. Infelizmente, passamos por mais um dia mundial da água em que temos mais a lamentar do que a comemorar... Vamos torcer para que os próximos sejam bem diferentes. 






terça-feira, 15 de março de 2016

Quando a questão migratória na UE passa a virar moeda de troca entre o bloco e a Turquia

Na semana passada, fiz um post sobre o acordo entre a UE, a Turquia e a questão migratória dentro do bloco, aliás o maior fluxo migratório desde a segunda guerra mundial.

Ao que tudo indica, nos próximos dias, o acordo definitivo entre as partes será divulgado e, segundo o ministro europeu, "os dias de migração ilegal para a Europa estão contados". 

Otimismos fingidos à parte, o acordo foi uma bela moeda de troca dos turcos junto ao bloco que agora se veem mais pertos do que nunca de realizar um sonho antigo: a sua entrada na UE. 

Dentre os pontos do acordo que será divulgado nos próximos dois dias destacam-se:

  • A extradição para a Turquia, dos imigrantes ilegais que entrarem na Europa vindos da Grécia e da própria Turquia; com custos bancados pela UE.
  • Acelerar a isenção de vistos para os turcos entrarem em todos os países membros do bloco até o meio deste ano.
  • "um pra lá, um pra cá": cada sírio acolhido na Turquia será "trocado" por um sírio acolhido por um estado-membro da UE.
  • Acelerar a entrada na Turquia na UE.
  • Aumentar a cooperação da UE com a Turquia para acolhimento dos refugiados.

Como podemos ver nos pontos estabelecidos, ficou claro que essa questão migratória virou moeda de troca entre o bloco e o país candidato a membro. Se por um lado a Turquia conseguiu acelerar seu processo de entrada no bloco, transformando um histórico não, num possível sim em questão de tempo; a UE, por sua vez, consegue amenizar a questão migratória não só aumentando o controle sobre uma das principais portas de entrada para o bloco, como também deixando o problema "fora da casinha", já que a Turquia ainda não é membro.


Claro que nem tudo é visto com bons olhos, pois esse acordo pode gerar uma extradição em massa da UE para a Turquia, o que, se configurado, é proibido por lei através de acordos assinados pelos próprio bloco. 

Soma-se a isso uma certa resistência interna em acolhimento àqueles que pediram asilo político dentro do bloco, especialmente por parte da Inglaterra (novidade...) que já se pronunciou contra essa política. 

Em princípio, isso é o que se sabe sobre o acordo que deve ser divulgado em sua totalidade nos próximos dois dias. Mesmo assim, fica nítida a impressão de que ambos usaram os refugiados como moeda de troca para atender seus interesses. Temos então mais um exemplo de como a humanidade pode ser tão perversa...


Com informações do RFI.  

terça-feira, 8 de março de 2016

Mais um capítulo na saga migratória para a UE

A questão do fluxo migratório para a UE, o maior fluxo desde a segunda guerra mundial, ganhou mais um capítulo polêmico esta semana.

Enquanto o bloco tenta resolver suas diferenças entre aqueles que querem e não querem estabelecer cotas de imigrantes para cada país, o presidente do conselho europeu viaja pelo bloco e por países fora dele para tentar achar formas de conter o alto fluxo de imigrantes que, visivelmente, já anda incomodando alguns países como a Áustria, Macedônia, Croácia...

A questão deve mesmo estar sendo uma dor de cabeça para o presidente do conselho europeu, pois só isso justificaria a declaração mais do que direta dele pedindo aos imigrantes que simplesmente "não venham à Europa". Apesar da declaração ter um tom forte, esse ponto em particular dentro do bloco suscita um panorama que não justifica a declaração, mas vamos a ele:

Dentro do bloco não há consenso sobre o que fazer com os imigrantes. Em alguns países, como nos balcãs, há uma resistência. Não à toa eles já impuseram uma cota para aceitar imigrantes, o que tornou a Grécia um gargalo para os imigrantes que chegam cada vez ao país. 

Por outro lado, a Turquia já entrou na roda, mesmo fora do bloco, mas pedindo para entrar há anos no clubinho. O país que teve seu convite de entrada à UE recusado por, entre outros motivos, ser porta de entrada do bloco com o Oriente Médio, teve que entrar na roda de negociações do bloco exatamente por conta de sua posição geográfica. As negociações são para tentar amenizar a avalanche de imigrantes que chegam no bloco. Pelo menos para dar tempo de redistribuí-los entre os países da UE.

Há também a questão da preocupação com fortalecimento e proliferação de grupos de extrema direita dentro da União Europeia. Com a entrada maciça de imigrantes, muitos podem usar isso como pretexto para inflamar discursos de xenofobia sem um pingo de sentido e tentar se elegerem através deste fogo de palha. 

Fato é que o presidente do conselho está com uma bomba e tanto nas mãos. São muitos pontos divergentes a serem conciliados para tentar se chegar perto de um denominador que mesmo não sendo comum, seja aceitável pelos países membros do bloco. 


Com informações do O Globo.


terça-feira, 1 de março de 2016

As implicações do acordo entre a Grã-bretanha e a União Europeia

Há pouco tempo UE e a Grã-Bretanha firmaram um novo acordo que concede certas vantagens ao último dentro do bloco europeu. Embora, muitos países membros do bloco torceram o nariz para o novo acordo feito entre as partes, o mesmo foi anunciado timidamente por ambos. 

Em tese o acordo se limita basicamente a questões envolvendo o enorme contingente de imigrantes, principalmente vindos da Síria, que estão chegando ao continente europeu e que tem como objetivo maior se instalar em países como Alemanha, França, Inglaterra... Além de questões trabalhistas envolvendo, mais uma vez, os imigrantes que escolherem viver na terra da rainha. O país defende limitações aos benefícios cedidos aos imigrantes, além de um controle mais rígido aos que desejam ficar em território inglês, ou seja, uma redução no número de imigrantes acolhidos pelo país. (aquela pitada de xenofobia tão conhecida do atual primeiro-ministro inglês).

Para alguns a assinatura deste acordo abre uma brecha para que se crie uma UE diferente para cada país que possa, por ventura, resolver mudar os acordos a maneira que convém ao seu país, terminando por dissolver assim a unidade do bloco. 

Em contrapartida, se o acordo não agradou muito aos membros do bloco, dispensar um membro tão importante quanto os ingleses parece ser uma perda considerável demais para acontecer. A terra da rainha tem um enorme peso não só econômico, como também político e militar não só junto ao bloco, mas em termos mundiais também. Embora não seja vital para o andamento do bloco, que sofreria um baque enorme, mas continuaria a andar, a perda deste membro pode abalar seriamente a UE. 

Já para o lado inglês as perdas também possuem grandes proporções. Além de perder vantagens comerciais adquiridas por ser membro do bloco, o mercado consumidor da UE é de quase meio bilhão de pessoas, ou seja, grande demais para ser simplesmente desprezado. Soma-se a isso a perda de parcerias traçadas dentro do bloco em pesquisas, desenvolvimento tecnológico e científico dentre outras áreas. 

Ao que parece, em mais um xadrez político dentro do bloco, ambos os lados comemoram um acordo que deixou um sabor de derrota na boca de todos; e uma possível saída do país-membro do grupo ainda não está descartada. 

O jeito é esperar cenas dos próximos capítulos. 

Com informações do G1.com.br