quarta-feira, 31 de março de 2010

Antigos hábitos não se perdem facilmente

A relação entre Cuba e EUA voltou a ficar estremecida mais uma vez. O que parecia ser o início de uma aproximação entre os dois países no começo do mandato do governo de Obama agora volta a ser como sempre foi: um relação tensa e cheia de acusações por ambas as partes.
É... Parece que os EUA jamais engulirão terem em seu "quintal" um país socialista...

HAVANA (Reuters) - As relações entre Cuba e Estados Unidos estão em seu pior momento desde que Barack Obama assumiu o poder em Washington, e devem piorar ainda mais se os dois países não tomarem medidas para acabar com suas cinco décadas de hostilidade, segundo especialistas.

Após uma breve reaproximação em 2009, ambos os países parecem abandonar qualquer perspectiva de novos avanços. "O último ano provou que, quando se trata das relações cubano-americanas, velhos hábitos são duros de matar", disse Dan Erikson, da entidade Diálogo Interamericano, de Washington.

Obama, que logo ao assumir o cargo, em 2009, prometeu restaurar as relações com a ilha comunista, inicialmente suspendeu restrições de viagens e remessas financeiras de cubano-americanos para a ilha, além de iniciar discussões sobre questões migratórias e de serviços postais.

Mas nos últimos meses predominam as notícias negativas. Em dezembro, Cuba prendeu um norte-americano sob suspeita de espionagem, embora ele continue sem ser formalmente acusado.

Em fevereiro, houve grande reação internacional pela morte do dissidente Orlando Zapata, que fazia greve de fome, e já em março as "Damas de Branco" (grupo de mulheres e mães de dissidentes presos) foram intimidadas por seguidores do governo durante passeatas.

No dia 24, Obama divulgou uma nota com termos duros, acusando Cuba de "responder com o punho cerrado às aspirações do povo cubano".

As autoridades dos EUA argumentam que têm feito gestos para obter uma resposta positiva de Cuba, enquanto Havana acha que as iniciativas foram insuficientes, e continua exigindo o fim do embargo econômico em vigor desde a década de 1960.

O advogado Timothy Ashby, de Miami, ex-funcionário do Departamento de Comércio dos EUA encarregado das relações comerciais com a ilha, disse que nenhuma das partes fez o que seria necessário para superar 50 anos de amargura.

"Nenhum dos (dois) governos está disposto a dar um passo significativo que iria servir como demonstração de boa vontade genuína", disse ele.

Na verdade, ambos os países tomaram medidas que em nada ajudaram a frágil aproximação iniciada por Obama.

Em novembro, o presidente norte-americano irritou o regime cubano ao responder por email a uma entrevista feita pela blogueira dissidente Yoani Sánchez, considerada pelo governo local como cúmplice dos inimigos de Cuba na Europa e nos EUA.

Em fevereiro, Craig Kelly, secretário-assistente de Estado dos EUA, causou indignação dos cubanos por se reunir com dissidentes após um encontro com autoridades em Havana para discutir questões migratórias.

Cuba, por sua vez, turvou o clima político ao criticar duramente Obama por sua suposta inação, embora o regime tampouco tenha dado passos significativos.

Extraído de msn.com.br

segunda-feira, 29 de março de 2010

Resposta ao grupo Pão-De-Açúcar

Os grupos varejistas Ricardo Eletro e Insinuante anunciaram hoje a fusão de seus negócios tornando-se assim a segunda maior rede varejista do país. Logicamente que tal fusão é uma resposta ao conglomerado do grupo Pão-de-Açúcar que adquiriu recentemente o Ponto Frio e as Casas Bahia.
Essas fusões mostram uma tendência neste setor que são as formações dos mega conglomerados que por sua vez podem ter seus prós e contras: As empresas podem conseguir a realização de compras maiores junto a indústria, favorecendo assim a venda mais barata de produtos; como também podem levar ao desemprego conjuntural de vários trabalhadores.

O comércio varejista do Brasil vai assistir nesta segunda-feira a mais uma grande movimentação. Após a fusão entre Casas Bahia e Pão de Açúcar, os grupos Insinuante, da Bahia, e Ricardo Eletro, de Minas Gerais, anunciam hoje a união das operações. A fusão criará a segunda maior rede varejista do País, superando o Magazine Luiza. O acordo será anunciado à imprensa por volta das 12h, em um hotel de São Paulo.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a nova companhia terá 480 lojas, em 17 Estados do País. O faturamento do grupo deverá chegar a R$ 4,6 bilhões anuais.

A gestão da empresa será compartilhada entre os dois grupos, cada um com 50% do controle. Ricardo Nunes, da Ricardo Eletro, deverá ficar com o comando da nova empresa, enquanto Luis Carlos Batista, da Insinuante, comandará o conselho de administração.

A Insinuante foi criada em 1959, em Vitória da Conquista, na Bahia, e possui cerca de 220 lojas. A mineira Ricardo Eletro, por sua vez, iniciou os negócios em 1989, em Divinópolis, e conta com aproximadamente 240 lojas no País.

Nos últimos anos, as duas redes travavam uma disputa pesada na região Nordeste, grande filão de crescimento do consumo do País. A rede Insinuante, que esteve no páreo para comprar o Ponto Frio - adquirido na metade do ano passado pelo Grupo Pão de Açúcar - teria visto na união com Ricardo Eletro uma forma de rebater o avanço do próprio Pão de Açúcar.

Com o crescimento do poder de consumo da classe C, concentrada especialmente na região Nordeste, as redes regionais tendem a se fortalecer para brigar por esse consumidor emergente e fazer frente ao megaconglomerado formado por Pão de Açúcar e Casas Bahia.

(Com informações da Agência Estado)





Extraído de ig.com.br

Ajuda Humanitária x Recuperação

Como dito aqui em post anterior o Haiti vive seu dilema pois as "ajudas" que vem recebendo dos demais países sempre vem com um acordo por debaixo dos panos. Algo como: eu construo um hospital e em troca o Haiti libera o mercado de arroz ao meu país - o que logicamente quebrará os produtores nativos já que o arroz chegará ao mercado mais barato por conta desse acordo para o novo hospital -. Talvez esse fato explique porque o país vem recebendo tanta ajuda para reconstrução e quase nada em ajuda humanitária, que é o que o Haiti mais necessita.



NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Enquanto países doadores são convidados a aumentarem suas contribuições à reconstrução do Haiti, funcionários da ONU alertam para a necessidade de atender também às necessidades humanitárias urgentes, que podem ser agravadas com a chegada da temporada de furacões no país.

Na quarta-feira, em Nova York, a ONU fará uma reunião na qual pretende angariar pelo menos 3,8 bilhões de dólares para a recuperação do Haiti. Mas o apelo da entidade por uma ajuda humanitária de 1,4 bilhão de dólares ainda está 52 por cento aquém da meta.

Logo depois do terremoto de 12 de janeiro no Haiti, o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) da ONU fez um apelo por doações de 575 milhões de dólares em um mês. Quando a cifra foi duplicada, as doações começaram a escassear.

"Talvez a extensão do apelo-relâmpago tenha ficado um pouco apertada pelo fato de que esta conferência -com um grande pedido para a recuperação - está chegando, então talvez os doadores tenham se segurado um pouco", disse Helen Clark, diretora do Programa de Desenvolvimento da ONU.

"Obviamente esta reconstrução de médio e longo prazo é incrivelmente importante, mas (...) se não resolvermos também o lado do auxílio humanitário você não terá os fundamentos para uma recuperação bem sucedida em um prazo mais longo", disse ela em entrevista coletiva

O terremoto do Haiti matou até 300 mil pessoas e, segundo alguns especialistas, foi o pior desastre natural do mundo em tempos modernos. O país, que já era o mais pobre das Américas, teve sua economia dizimada, e ainda há mais de 1 milhão de desabrigados.

"Não deveríamos pensar que a crise humanitária acabou. A temporada de chuva e de furacões vai começar logo", disse Edmond Mulet, chefe-interino da missão da ONU no Haiti.

"Isso pode levar centenas de milhares de haitianos que agora vivem em tendas - algumas feitas de paus e cartolinas - a novamente perderem tudo", disse ele. "Há vidas em jogo; precisamos construir urgentemente mais abrigos duráveis."

Ele também disse que é preciso fornecer mais proteção a populações vulneráveis nos acampamentos, como mulheres e crianças. "Mas o tempo e o dinheiro estão se esgotando", acrescentou.

De acordo com ele, a violência também está aumentando, e há um aumento nos casos de ferimentos a bala relatados pelo Hospital Nacional, pelo necrotério e pela ONG Médicos Sem Fronteiras. Mulet disse ainda que há um aumento na violência sexual.

Lembrando que milhares de bandidos fugiram de cadeias destruídas pelo terremoto, ele disse: "Agora eles estão nas ruas, então (a força da ONU) tem de começar tudo do zero outra vez."


Extraído de msn.com.br

Atentado na Rússia

Uma das principais regiões da Rússia - tanto na questão econômica (petróleo) quanto estratégica (passagem para outros países) - a região do Cáucaso entra em conflito com a capital russa reivindicando sua separação do país que, por sua vez, combate essa tentativa separatista.

Esta questão já vinha se arrastando ao longo dos anos, desde 1991, mas agora chegou ao seu ponto mais crítico desde a ultima guerra entre os dois: com o atentado realizado no metrô na capital russa cuja autoria o governo atribui aos tchetchenos: uma das etnias separatistas que habitam a região do Cáucaso; que é considerada uma barril de pólvora devido a quantidade de grupos separatistas que habitam aquela região.



MOSCOU (Reuters) - Duas mulheres-bomba mataram pelo menos 38 pessoas em trens lotados do metrô de Moscou no horário do rush desta segunda-feira, suscitando receios de uma campanha mais ampla contra a capital da Rússia por parte de militantes islâmicos do norte do Cáucaso.

O primeiro-ministro Vladimir Putin, que consolidou seu poder em 1999 ao lançar uma guerra para esmagar o separatismo tchetcheno, interrompeu um viagem à Sibéria, declarando que "os terroristas serão destruídos."

Testemunhas descreveram o pânico em duas estações centrais de Moscou após as explosões, com passageiros caindo uns sobre os outros em meio a nuvens espessas de fumaça e poeira, enquanto tentavam escapar do pior ataque contra a capital russa nos últimos seis anos.

Outras 64 pessoas ficaram feridas, muitas delas gravemente, e as autoridades disseram que o número de mortos ainda pode subir. O representante máximo de segurança da Rússia disse que as bombas estavam repletas de parafusos e varas de ferro.

Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque imediatamente, mas o chefe do Serviço Federal de Segurança (FSB), Alexander Bortnikov, disse que os responsáveis têm ligações com o norte do Cáucaso, região de maioria muçulmana e marcada pela insurgência, cujos líderes já ameaçaram atacar cidades, oleodutos e gasodutos em outras partes da Rússia.

"Foi cometido um crime terrível em suas consequências e hediondo em seu método", disse Putin aos serviços de emergência em chamada de vídeo.

"Confio que os organismos de segurança não pouparão esforços para encontrar e castigar os criminosos. Os terroristas serão destruídos."

O Kremlin tinha declarado vitória em sua batalha contra separatistas tchetchenos, que já travaram duas guerras com Moscou. Mas no último ano a violência se intensificou nas repúblicas vizinhas do Daguestão e da Inguchétia, onde a militância islâmica coincide com rivalidades entre clãs e quadrilhas criminosas, em meio a um ambiente de pobreza.

O chefe do FSB, principal sucessor da KGB da era soviética, disse: "Foram encontradas partes dos corpos de duas mulheres-bomba, e os dados iniciais indicam que essas pessoas tinham ligações com o norte do Cáucaso."

É provável que os ataques ao metrô convertam a insurgência no norte do Cáucaso em uma questão política de primeira importância para os líderes russos. Críticos disseram que os ataques da segunda-feira deixaram claro o fracasso da política do Kremlin na Tchetchênia, onde grupos de defesa dos direitos humanos acusam as forças russas de ações brutais.

A primeira explosão destruiu o segundo vagão de um trem do metrô pouco antes das 8h, quando o trem estava na estação de Lubyanka, perto da sede do FSB, o principal serviço de segurança interna da Rússia. Ela matou pelo menos 23 pessoas.

Uma segunda explosão ocorreu menos de 40 minutos mais tarde no segundo ou terceiro vagão de um trem que aguardava na estação de metrô Park Kultury, em frente ao parque Gorky, matando outras 12 pessoas, segundo funcionários do Ministério das Emergências. Outras três pessoas morreram no hospital.

O presidente norte-americano, Barack Obama, e líderes da União Europeia condenaram os ataques.

"O povo americano se une ao povo da Rússia em oposição ao extremismo violento e aos ataques terroristas hediondos que demonstram um descaso tão grande pela vida humana. Condenamos esses atos ultrajantes", disse Obama.

O número de mortos faz do ataque de hoje o pior em Moscou desde fevereiro de 2004, quando um atentado suicida deixou pelo menos 39 mortos e mais de 100 feridos em um trem do metrô.

Esse ataque foi atribuído a separatistas tchetchenos. O líder rebelde Doku Umarov, que luta por um emirado islâmico que abranja toda a região, jurou no mês passado levar a guerra às cidades da Rússia.

(Reportagem adicional de Ludmilla Danilova, Dmitry Solovyov, Darya Korsunskaya e Conor Sweeney)

Extraído de msn.com.br

terça-feira, 23 de março de 2010

Jogada De Mestre

Anteriormente em posts deste blog tenho publicado notícias sobre o status que o Brasil ganhou de "diplomata mundial" principalmente durante o governo Lula, conferindo assim maior evidência para ambos - Lula e Brasil - no cenário mundial. Pois bem, ultimamente também tem circulado notícias pela internet de que diversas populações pelo mundo estão fazendo "campanha" para que o nosso atual presidente se candidate a vaga de secretário-geral da ONU, muito por conta dessa posição que o país assumiu de diplomata.

E é nesse cenário que se desenha a jogada de mestre de Lula, mesmo que não seja intencional - o que eu particularmente duvido muito - o presidente assumiu essa postura visando justamente este cargo acredito eu por dois motivos sendo um nem tão importante assim: O primeiro, mas nesse caso o menos importante, é a fraca atuação no atual secretário geral da ONU - o que pode ser medido pela sua popularidade pois poucas são as pessoas que sabem seu nome ou então ainda acham que o secretário geral é Kofi Annan - já o segundo o motivo, esse sim mais importante, trata-se de um dito popular: "o que não é visto não é lembrado", ou seja, não há melhor forma do Lula se manter em evidência na mídia do que sendo secretário geral da ONU e, com isso, utilizar este cargo a seu favor para tentar seu retorno a presidência em uma outra oportunidade já que nesta ele não pode. Quer uma jogada de mestre mais perfeita do que essa ?

Cinema, Pipoca e Geografia! - Caroneiros

caroneiros
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A indicação desta vez toca em um tema que quando não é esquecido é tratado de forma rasa nas escolas do país: A América Latina. "Caroneiros" é um documentários que procura mostrar a visão sobre América Latina que os Latino Americanos possuem, ou pelo menos os latino-americanos do Cone Sul.

É um documentário que explora um assunto não muito debatido, ou não debatido, nas salas de aula atualmente - acredito eu que isso tenha uma relação com o longo tempo da direita no poder que minou esse ideal de América latina (só para constar não sou partidário de A, B, ou C. Estou apenas trançando uma análise do que acho que explica esse "descaso" com a América Latina) que se perdeu durante os anos 90 e que recentemente, muito por conta da ascensão dos governos de esquerda na América Latina, volta através do discurso Bolivarista pelos presidentes venezuelano e boliviano principalmente. É um ótimo documentário e vale a pena conferir.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Dia Mundial da Água

Hoje, dia 22 de Março, é comemorado o dia mundial de água. Mais do que uma data a se comemorar é também um dia dedicado a se refletir sobre nossa conduta para com a mesma. Talvez até mesmo repensar certas formas de fazer uso dela; pois enquanto nós brasileiros temos água em abundância - o que não significa dizer pra sempre - muitas regiões pelo mundo sofrem com sua escassez gerando até mesmo conflitos em razão disso, como os que ocorrem no Oriente Médio.

Dia 22 de março é a data escolhida pela Organização das Nações Unidas para celebrar o Dia Mundial da Água. Mais do que uma comemoração, é um momento para conscientizar a população do planeta a respeito dos problemas relativos à escassez deste elemento indispensável à vida. Cerca de dois terços do corpo humano são constituídos de água, assim como a superfície terrestre, que tem dois terços de sua composição líquida. É o elemento que melhor simboliza a essência humana. No entanto, embora a Terra seja conhecida como o "planeta azul", a água disponível para consumo não é tão abundante como se pode imaginar.

Aproximadamente 97% da água do planeta é salgada. Pouco mais de 2% é doce, mas não está disponível à população, pois encontra-se na forma sólida, em geleiras, calotas polares e neves eternas. Sobra menos de 1% - na verdade, cerca de 0,3% apenas - de água potável para o uso, em rios, lagos e reservatórios subterrâneos. Além disso, menos de 1% dessa água doce disponível provém de fontes consideradas renováveis. "O risco da falta de água é um fato. O homem está cada vez mais se concentrando em cidades - 82% da população brasileira vive em áreas urbanas. Isto gera uma demanda excessiva por água", afirma o engenheiro e ambientalista David Zee, professor do Departamento de Oceanografia e Hidrologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

A situação é grave no mundo inteiro (especialmente no Oriente Médio, que conta com pouquíssimos recursos), mas podemos dizer que o Brasil é privilegiado. O país conta com cerca de 12% da concentração mundial de água doce e, segundo a Unesco/ONU, possui o maior volume de água doce renovável, com mais 6.220 bilhões de metros cúbicos a serem aproveitados. Embaixo do solo brasileiro encontra-se 97% da água potável subterrânea em estado líquido do planeta. "O Brasil é uma das grandes reservas hídricas do mundo, mas a maior parte da água potável está no Norte e no Nordeste, enquanto a população se concentra nas regiões Sul e Sudeste do país. A demanda é desproporcional", compara David Zee.



Extraído de msn.com.br

domingo, 21 de março de 2010

Para Refletir

O texto que segue dá uma panorama muito bom do que ocorre no mundo e levanta hipóteses que parecem se desenhar ao longo dos anos pelo mundo. Serve também para que possamos refletir sobre diversas questões e sobre os rumos que elas podem tomar.

Se não caiu, está muito abalada a supremacia dos Estados Unidos – ou mesmo do conjunto do chamado Ocidente, dada a aguda fragilização econômica da União Europeia e sua crônica incapacidade política de atuar unificadamente como uma força estabilizadora global. Deveríamos saudar a oportunidade de uma abertura a um mundo novo ou nos preocupar com o risco de caminhar para o fim de qualquer mundo civilizado?

Não está escrito nas estrelas, mas sim nas projeções econômicas, que em mais alguns anos a produção dos BRIC ultrapassará a do G-7, e a China, a dos EUA. Isso em si não precisa ser ruim, mas, quando o poder econômico se desloca, entidades políticas e militares costumam se mover, seja para se opor à mudança na correlação de forças, seja para consolidá-la. E, como diz um velho provérbio do Quênia, quando os elefantes brigam, quem sofre é a grama.

Na última vez em que o centro de gravidade da geopolítica se deslocou, foram necessárias duas guerras mundiais para assentar um novo equilíbrio de poder. Desta vez, não só uma guerra mundial tem alta probabilidade de não deixar sobrar muita coisa para partilhar, como há razões para recear, vista a fragilidade do ambiente ante a depredação pela atividade humana, que a civilização se destrua por seu próprio funcionamento “normal”, sem necessidade de violência explícita. Nunca foi mais necessário um consenso sobre o futuro da humanidade, mas isso se tornou um sonho mais distante do que jamais foi desde a derrota do nazismo.

A liderança moral que Washington chegou a ter sobre a aliança ocidental, forjada durante a Guerra Fria, conservada nos anos 90 por hábito ou falta de opção, dissolveu-se no Iraque. De maneira demasiado óbvia, a aventura atendeu a interesses econômicos e estratégicos dos EUA e Reino Unido com o falso pretexto de combater uma ameaça terrorista internacional e desperdiçou a oportunidade de estabilizar o Afeganistão.

O Taleban voltou a controlar grande parte do país, enquanto os governos europeus que se dispuseram a acompanhar os EUA se desgastaram inutilmente e agora se recusam a apoiá-los no esforço para recuperar o controle do país para o governo notoriamente corrupto de Hamid Karzai, reeleito por um processo admitidamente fraudulento.

Países que apostaram na exacerbação militarista do poderio estadunidense agem como quem desconfia que apostou no cavalo errado. Os países da Ásia Central que chegaram a se aproximar do Ocidente agora voltam a forjar laços estratégicos com Rússia, China e Irã. Os governos pró-ocidentais criados pelas chamadas “revoluções coloridas” deram-se mal: o da Geórgia, incentivado pelos EUA a desafiar Putin, foi surrado em batalha e perdeu território, o da Ucrânia levou ao desastre econômico e os eleitores o substituíram por um mais simpático a Moscou.

Na América Latina, pode-se dizer que a influência dos EUA voltou a ser contestada como não havia sido desde a Segunda Guerra Mundial. Contrariando os prognósticos de The Economist, a mudança de governo em Washington pouco fez para reverter o enfraquecimento de sua influência na região. China e Rússia continuam a fazer acordos comerciais e militares naquilo que a revista britânica chama de backyard (quintal) dos EUA, a Unasul combate a interferência de Washington na política interna de países sul-Americanos e o Grupo do Rio lança os alicerces de uma Comunidade Latino-americana capaz de substituir a OEA em muitas de suas funções, se não em todas. O périplo latino de Hillary Clinton em 2010 foi tão vazio de resultados quanto o de Bush júnior em 2005. Se foi recebida com menos protestos, é que as esquerdas deixaram de se preocupar tanto com os Estados Unidos.

Na África, a influência tradicional das ex-metrópoles europeias e a mais recente dos EUA também começa a se evaporar, graças à disposição da China de investir nesses países sem exigir, via FMI, que seus governos desmantelem seus precários aparelhos de Estado e exponham seus camponeses e fazendeiros à concorrência desleal da agricultura subsidiada dos países ricos.

No Extremo Oriente, o Japão, encerrado o longo monopólio do poder pelo decadente e corrupto Partido Liberal-Democrático, também começa a se afastar dos EUA – mais visivelmente pressionando o Pentágono para abandonar sua base em Okinawa – e a cortejar a China, seu tradicional rival, com o objetivo de construir um bloco asiático.

A predominância financeira, resgatada da crise de Bretton Woods pela política de Paul Volcker, está se esvaziando rapidamente, sem que haja espaço para a repetição da manobra. O FMI, símbolo do antigo consenso ocidental, consumiu sua credibilidade na crise asiática de 1997, quando se aproveitou das dificuldades dos países vitimados por ataques especulativos para impor, de maneira demasiado descarada, os interesses financeiros e comerciais dos Estados Unidos e a ideologia neoliberal em voga. Para não mais dependerem da boa vontade da agência de Washington, os países periféricos acumularam reservas de maneira obsessiva, a ponto de se tornar banqueiros do Ocidente e ser chamados, em 2009, a socorrer a entidade. Hoje, os países da Zona do Euro que enfrentam, pela primeira vez, dificuldades financeiras fogem do FMI como o diabo da cruz. França e Alemanha falam em criar um Fundo Monetário Europeu e países asiáticos cogitam de algo semelhante.

Mas não é só a discórdia entre as potências ocidentais: é também o consenso das elites dentro de cada país, principalmente os EUA. Outrora, republicanos e democratas se revezavam sem traumas. A alternância de poder era parte do jogo e não impedia que os partidos negociassem propostas e fizessem concessões mútuas.

Nos últimos anos, isso mudou. Desde os tempos de Ronald Reagan, o ambiente político vinha-se crispando pela aliança do neoliberalismo yuppie com o fundamentalismo cristão dos grotões dos EUA, mas desde a eleição de Barack Obama o problema cresceu de maneira exponencial. Aos efeitos da crise acrescentaram-se rancores racistas e xenófobos à mistura já explosiva e uma crescente infantilização e vulgarização do discurso político. Um número muito multiplicado de canais de comunicação (incluídos os da internet) compete por uma atenção pública limitada e dessensibilizada e tenta conquistá-la com as afirmações mais chocantes e os insultos mais estridentes e grosseiros.

Votações no Congresso, mesmo sobre reformas modestas e nomeação de funcionários, são bloqueadas pela oposição ou se dividem por linhas estritamente partidárias e tratadas como questões de vida ou morte. Nem se fala mais de um plano universal da saúde pública. A mera proposta de regulamentação e generalização dos planos de saúde privados é enfrentada por políticos e comunicadores conservadores como se fosse um projeto de abolição da propriedade privada e do capitalismo, às vezes com estas exatas palavras. Ao mesmo tempo que a tentativa de limitar os custos públicos da saúde é histericamente denunciada, pelos mesmos personagens, como um “tribunal da morte” destinado a eliminar os improdutivos.

Se isso se dá no mainstream, na corrente principal da política, mais assustador ainda é o que se passa nas margens. Segundo o Southern Poverty Law Center (SPLC, uma ONG que monitora supremacistas brancos e similares) os grupos de direita “patriótica”, que veem o governo federal como inimigo, saltaram de 149 grupos em 2008 para 512 em 2009 e suas milícias armadas, de 42 para 127. Os grupos “nativistas”, que perseguem e intimidam imigrantes, passaram de 173 para 309. Os abertamente racistas cresceram de 926 para 932, apesar do colapso de uma rede neonazista de 35 grupos, cujo líder, Bill White, foi preso (por incitação à violência) em outubro de 2008. No conjunto, esses extremistas cresceram de 1.248 para 1.753 grupos.

Não é de admirar quando um comunicador como Glenn Beck, da Fox News, dá repercussão a teorias sobre uma conspiração do governo para implantar um regime totalitário. É o medo e o ódio como substitutos da ação comunicativa racional proposta por Jürgen Habermas, que neste início de século se mostra uma utopia mais distante da realidade que as do marxismo à moda antiga.

Na Europa, a modalidade mais comum de expressão da ira política é a xenofobia, exposta em manifestações que vão do referendo suíço que proibiu a construção de mesquitas à legalização, na Itália, de bandos de “vigilantes” formados para intimidar imigrantes. A inquietação com a crise econômica, com a falta de perspectivas pessoais ou coletivas e com o questionamento do senso comum hegemônico (“crucifixo é normal, lenço na cabeça é aberrante”, por exemplo) é deslocada para a humilhação dos ainda mais fracos.

Nessa forma, além de inofensivas para os poderes econômicos e financeiros, a ira e a violência são facilmente manipuláveis por políticos e por grupos criminosos. A presença das três máfias italianas – que, juntas, movimentam 100 bilhões de euros anuais, ou 5% do PIB – por trás das agressões em massa contra os roma em Nápoles e os africanos na Calábria não é casual. Desloca para bodes expiatórios a inquietação com sua crescente influência no Estado, com o despejo de lixo tóxico, com o monopólio mafioso de certos setores da economia sul-italiana. Mas não só: o crescimento do crime organizado é um fenômeno cada vez mais globalizado, com extensões na América Latina, África, Europa Oriental, Rússia e Oriente, movimentando 1 trilhão de dólares por ano. A guerra no Afeganistão e a aliança de Karzai com produtores e traficantes de ópio proporcionaram-lhe ainda mais combustível.

O que se vê no Ocidente, de forma mais aguda nos EUA, não é apenas uma crise econômica, mas também uma crise de autoridade. Uma crise de hegemonia, no sentido gramsciano. Depois de décadas de “pensamento único” perdeu-se a capacidade de definir um consenso e fazer dele o senso comum dos formadores de opinião. Nessas condições, como dizia Antonio Gramsci, as máscaras de normalidade e civilização não se sustentam e o recurso à força bruta, ultima ratio regum (último argumento dos reis) é inevitável.

Enquanto extremistas se multiplicam, também os governos tendem a transformar o estado de exceção em regra, como mostrou o filósofo italiano Giorgio Agamben. Nos EUA, a maioria democrata, liderada por Obama, acaba de prorrogar por mais um ano (por 315 votos a 97, em 25 de fevereiro), sem modificações, o chamado Patriot Act, o pacote imposto por Bush júnior logo após o 11 de Setembro, que dá ao governo poderes para vigilância telefônica de cidadãos, invasão de residências e arquivos por mera suspeita de terrorismo.

A isso pode-se somar um “Ato de interrogatório, detenção e processo de beligerantes inimigos” proposto pelos senadores John McCain (republicano) e Joseph- Lieberman (ex-democrata independente) após o fracassado atentado de um nigeriano contra um avião que pousava em Detroit no Natal de 2009. A proposta permite às Forças Armadas deter cidadãos e estrangeiros sem julgamento, indefinidamente, por suspeita de atividade terrorista.

Mas, como mostraram este e outros atentados, força e vigilância são substitutas muito ineficientes do consenso e hegemonia de tempos normais. Na vida real, os agentes dos serviços secretos e da chamada inteligência estão longe de corresponder à mitologia dos espiões do cinema. Como foi dito em Crise de Inteligência (CartaCapital 582), o inchaço desmedido de listas de suspeitos e motivos para suspeição cria embaraços e humilhações para inocentes, serve de pretexto para perseguir ativistas, intelectuais e críticos do governo ou do sistema, alimenta o ego de funcionários arrogantes, mas não consegue prevenir as verdadeiras ameaças ou levar à captura de terroristas realmente perigosos. Tentar controlar tudo é não controlar nada.

Crianças de 5 anos, senhoras idosas e veteranos são detidos em aeroportos porque na lista “No Fly” do FBI tem algum homônimo suspeito de atividades terroristas que pode ser um cantor britânico que promove o Islã (Cat Stevens), um jurista estadunidense que criticou o presidente (Walter Murphy), um jornalista colombiano simpático a Chávez (Hernando Calvo) ou um estadista que um dia apoiou a luta armada contra um governo racista (Nelson Mandela). O resultado é uma sensação de medo e ansiedade que tanto amplifica o impacto político do terrorismo quanto gera rancor e a desconfiança contra a interferência do governo, mesmo quando defende medidas de interesse popular, como a regulamentação dos bancos e a reforma da saúde.

A falta de consenso interno reduz a eficácia da ação internacional dos EUA. Mesmo que a supremacia mundial seja do interesse tanto de democratas quanto de republicanos e as ações imperialistas no exterior não estejam sendo seriamente questionadas, sua capacidade de honrar promessas e ameaças está comprometida, como se não bastassem os limites já postos pela crise econômica e pelo comprometimento militar no Iraque e Afeganistão.

As dificuldades com obstruções no Congresso impediram os EUA de terem papel construtivo na Conferência de Copenhague, deteriorando suas relações com a Europa. Obama sacrificou sua política latino-americana e cedeu aos golpistas de Honduras para desembaraçar a nomeação de um funcionário de segundo escalão. Pior, reduziram Washington à inércia no conflito palestino-israelense, depois de ter prometido uma nova era no relacionamento com o mundo árabe, no momento em que, também no campo internacional, a crise da hegemonia empurra o conflito para a ultima ratio regum, com todos os agravantes da tecnologia bélica do século XXI.

No ano fiscal encerrado em setembro, a DSCA – agência do Departamento de Defesa dos EUA responsável por exportações de armas – anunciou orgulhosamente que vendera 37,9 bilhões de dólares, ante um recorde anterior de 36,4 bilhões em 2008 e esperava mais 38,4 bilhões em 2010. Isso enquanto o Departamento de Estado queixava-se da “corrida armamentista” promovida pela Venezuela ao comprar armas da Rússia, segunda maior fornecedora. De 17 bilhões em 2001 (6 bilhões dos EUA), as vendas globais de armas a países periféricos passaram de 40 bilhões em 2007 (12 bilhões dos EUA) e 42 bilhões em 2008 (30 bilhões dos EUA). Apesar da crise ou por causa dela?

No Oriente Médio, Israel, organizações palestinas e Irã são exemplos de abandono progressivo das expectativas de soluções negociadas dentro de um acordo hegemônico. Tel-Aviv constrange aliados e enfurece inimigos com seus abusos em Gaza, Jerusalém, Cisjordânia e Dubai e intimida com projetos macarthistas suas próprias ONGs pacifistas, acusadas de dar munição às acusações de violações de direitos humanos pelo Exército israelense. Não mostra preocupação com o desgaste de sua imagem e da autoridade moral de seus defensores. Há motivos para recear que busca conscientemente alimentar uma radicalização palestina que dê pretextos para anexar de vez os territórios ocupados e expulsar os nativos incômodos.

A crescente agressividade verbal do Irã – que, ao contrário de Israel, ainda não detém armas nucleares, capacidade para produzi-las ou pretensões territoriais – é embasada menos em poderio bélico real- do que pela crise de hegemonia que impede o Ocidente de isolá-lo de fato, apesar das exigências de Tel-Aviv. O Irã melhora suas relações com Turquia, Síria, China, Rússia e Ásia Central e faz crescer seu prestígio ante o mundo árabe com desafios verbais a Washington e Tel-Aviv, apostando em que não se expõe a um ataque real.- Pode, claro, ser um erro de cálculo. Como também pode ser um erro a aposta dos estrategistas dos EUA de forçar o Paquistão a lutar contra o Taleban, com o risco de um fiasco que desprestigie seu precário governo civil a ponto de inspirar um golpe que pode, de fato, pôr um arsenal nuclear considerável nas mãos de fundamentalistas mais fanáticos que os do Irã.

Estimativa recente de especialistas do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas dos EUA, citada na revista Scientific American Brasil de fevereiro, indica que uma guerra nuclear limitada à Índia e Paquistão, além de matar diretamente 20 milhões nos dois países, provocaria a morte por inanição de 1 bilhão em todo o mundo, por danos causados ao clima e à camada de ozônio. E nem se fala ainda do risco de os elefantes mais crescidos – EUA, China e Rússia – rolarem na grama, pesadelo que na ausência de consensos pode rapidamente passar da categoria do impensável à de risco real.

Além dos desentendimentos presentes sobre Taiwan e bases militares na Ásia e Europa, é visível que, mais cedo ou mais tarde, China e EUA terão de rediscutir a relação e fazer uma nova partilha de influência e recursos estratégicos em escala global. O novo poder tentará aumentar sua fatia. Se isso se fizer sem confronto aberto, será possível dizer que a humanidade conseguiu evitar o mal maior, mesmo que leve apenas a um consenso sobre o risco de mútua destruição e um equilíbrio do terror similar ao da Guerra Fria.




Extraído de cartacapital.com.br

sábado, 20 de março de 2010

Cinema, Pipoca e Geografia! - Fim dos Tempos

Fim Dos Tempos







A indicação de hoje se trata de um tema em que poucos pensam, o que talvez até justifique a pouca notoriedade deste filme, que é a possibilidade de uma reação da natureza a toda exploração e consequênte degradação causada pelo homem. "Fim dos tempos", do diretor consagrado por filmes como " O Sexto Sentido" M. Night Shyamalan, mostra de uma forma bem característica sua, através de muito suspense e terror, como seria uma vingança da natureza a tudo o que o homem faz contra ela. Apesar de pouco divulgado o filme é de boa qualidade e muito bem feito e pega carona nesse novo caminho do cinema que é retratar, muitas vezes bem ao estilo de Hollywood mesmo. os efeitos e as idéias que rondam a cerca do aquecimento global. Vale a pena conferir.

Israel e Palestina

É bastante triste ter que vir aqui e toda vez noticiar mais um conflito entre israelenses e palestinos por uma questão territorial. Será mesmo tão difícil assim a coexistência entre ambos ?


GAZA (Reuters) - Aviões israelenses bombardearam pelo menos sete alvos na Faixa de Gaza na sexta-feira, um dia depois de um foguete palestino matar um operário tailandês em Israel, disseram testemunhas e funcionários do grupo islâmico Hamas, que governa Gaza.

Os bombardeios deixaram 11 feridos. Israel confirmou que vários locais foram atingidos, inclusive dois túneis perto da cerca fronteiriça com Israel, uma fábrica de armas e o inativo aeroporto do encrave palestino. Túneis na fronteira com o Egito e uma fundição perto da cidade de Gaza também foram alvejados.

Um porta-voz militar de Israel disse que os bombardeios são uma reação aos cinco foguetes disparados de Gaza contra Israel nos últimos dois dias. O vice-primeiro-ministro Silvan Shalom havia declarado na quinta-feira que Israel responderia com firmeza à primeira morte causada por um foguete em Israel em mais de um ano.

Israel enviou uma carta queixando-se do fato ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que visita Israel no fim de semana, e ao Conselho de Segurança da ONU.

A embaixadora israelense na ONU, Gabriela Shalev, pediu a Ban que interceda pela libertação do soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado em Gaza desde 2006. O Hamas quer trocá-lo por centenas entre os milhares de militantes palestinos presos em Israel.

Um grupo até então desconhecido, o Ansar al Sunna, que compartilha o radicalismo ideológico da Al Qaeda, assumiu a responsabilidade pelos foguetes, assim como fizeram as Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, braço armado da facção moderada Fatah.

O Hamas, que governa Gaza desde 2007, tem pedido a outros grupos que não ataquem Israel, para evitar retaliações. Em dezembro de 2008, Israel iniciou uma ofensiva de três semanas contra Gaza para evitar esses disparos, num conflito que matou 1.400 palestinos e 13 israelenses. Desde então, incidentes com foguetes e morteiros dos militantes têm sido apenas esporádicos.

Os militares israelenses disseram que mais de 330 foguetes já foram disparados de Gaza desde a guerra. "Vamos continuar a agir contra quem executar ataques terroristas contra Israel", disse uma nota.

Extraído de msn.com.br

A questão nuclear no Irã: Agora é a vez da China

A questão já vem se desenvolvendo a tempos e agora a China resolve tomar partido e pedir ao Irã para aceitar a proposta feita de permuta de combustível.
Com certeza isso tem a ver com a já desgastada relação entre China e EUA que pode sofrer ainda mais danos se ambos continuarem com dissonâncias nessa situação do Irã que, ao que parece, a China está dando o braço a torcer.


GENEBRA (Reuters) - A China pediu que o Irã aceite uma proposta de permuta de combustível nuclear para abrandar as exigências de novas sanções contra Teerã, afirmou um importante diplomata chinês, acrescentando que Pequim quer que se experimente "todas as vias" antes de considerar sobre sanções.

A China enfrenta pedidos cada vez mais enfáticos das potências do Ocidente para que se aprove uma proposta de resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) impondo novas sanções contra Teerã, que, segundo elas, quer desenvolver os meios para fabricar armas nucleares e quebrou salvaguardas de não-proliferação.

A China tem evitado dar uma resposta firme a essas demandas. O ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, disse que não percebe as sanções como a "solução fundamental" para a disputa com o Irã, grande fornecedor de petróleo para a China.

He Yafei, novo embaixador da China na ONU em Genebra, disse a jornalistas que seu governo também estava pressionando Teerã para que assumisse um compromisso.

"Falamos com o Irã constantemente, digo , de forma bilateral", disse He a jornalistas num briefing para marcar sua chegada a Genebra. "Estamos pedindo que eles concordem com a proposta da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) para fazer essa troca de combustível nuclear do reator de pesquisa de Teerã como um primeiro passo", afirmou He.

A AIEA - a agência da ONU que supervisiona as salvaguardas nucleares internacionais - propôs trocar o urânio de baixo enriquecimento do Irã por combustível nuclear de grau mais elevado para um reator de Teerã que produz isótopos medicinais.

O plano seria um passo em direção de fortalecer a supervisão internacional das atividades nucleares do Irã, que, segundo as potências ocidentais, são direcionadas para dar a Teerã os meios de fabricar armas nucleares.

O Irã diz que suas atividades de enriquecimento de urânio destinam-se a produzir combustível para usinas nucleares.

O embaixador He foi vice-ministro das Relações Exteriores, com bastante envolvimento em negociações sobre o Irã, e suas declarações foram as mais francas para o público sobre a posição da China em relação ao impasse nuclear em algum tempo.

Ele indicou que a China não aprovaria novas sanções da ONU contra o Irã, mas pode considerar essa possibilidade se considerar que as outras potências tentaram todas as opções para uma solução diplomática.



Extraído de msn.com.br

quinta-feira, 18 de março de 2010

O Haiti por suas próprias mãos

Em reunião promovida pela ONU o Haiti comunicou que tem a vontade de utilizar a ajuda financeira vinda de outros países como o mesmo achar necessário e não através de uma comissão como desejam os países que querem ajudar. Acho que essa postura do Haiti está mais do que certa, afinal de contas todos sabem mas ninguém diz que essa ajuda vinda de fora com certeza vem com algo escondido na manga - algo como ajuda em troca da abertura do mercado haitiano a algum produto que um desses país venda, criando assim um ciclo vicioso; já que provavelmente esse produto será vendido mais barato que o produto nacional no mercado haitiano quebrando assim vários produtores nativos.


SANTO DOMINGO (Reuters) - O Haiti reivindicou o direito de administrar sua reconstrução depois do devastador terremoto de janeiro, em uma mensagem dirigida a países doadores de recursos reunidos nesta quarta-feira em uma conferência patrocinada pela ONU, na qual se discute entregar mais ajuda ao empobrecido país, mas com condições.

O primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, apresentou a mensagem diante de representantes de 28 países doadores e de agências multilaterais de financiamento, que fizeram um relato dos danos causados pelo terremoto de magnitude 7 e avaliaram as necessidades da nação, a mais pobre das Américas.

"Aceitamos toda a ajuda que nos queiram dar, mas que nos permitam reconstruir o Haiti", disse Bellerive em um ato inaugural de uma conferência preparatória da Cúpula Mundial sobre o Haiti que será realizada em 31 de março em Nova York, convocada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Fontes diplomáticas e técnicos que participam da reunião na capital da República Dominicana disseram na terça-feira que os países doadores estimam dar ao Haiti 350 milhões de dólares em ajuda adicional para a reconstrução depois do terremoto, mas condicionada à criação de um mecanismo de fiscalização desses recursos.

Inicialmente, o Haiti requisitara ajuda adicional de 200 milhões de dólares para apoiar seu minguado orçamento, afetado por uma baixa considerável na arrecadação fiscal depois das perdas sofridas pelo setor produtivo no terremoto.

A decisão final, além de outras ajudas em insumos e equipamentos, será tomada na cúpula de Nova York.

Os especialistas discutiam na reunião preparatória desta quarta-feira a necessidade de criar o órgão fiscalizador, segundo fontes.

Estados Unidos, França, Canadá, Brasil, União Europeia e possivelmente a República Dominicana fariam parte desse órgão. O objetivo seria canalizar, sob fiscalização, o uso dos fundos a um comitê interministerial do governo haitiano, disseram à Reuters fontes na conferência, que se encerra na tarde desta quarta-feira.

Durante a reunião foi divulgado um informe da ONU e de outros órgãos multilaterais que apontaram uma cifra oficial de 222.570 mortes causadas pelo terremoto, com danos estimados em 7,75 bilhões de dólares.

O documento também diz que há 869 desaparecidos, 310.928 feridos, 1,5 milhão de pessoas afetadas pelo tremor, 1,3 milhão de pessoas vivendo em albergues e 766.724 deslocados.

Como consequência do tremor, e sem levar em conta as atividades de reconstrução, as organizações estimam que a pobreza extrema no Haiti voltou ao nível de 71 por cento, registrado em 2001, enquanto a pobreza moderada alcança 50 por cento.

O sismo foi essencialmente destrutivo se considerado o número de vítimas em relação à população do país, de 10 milhões de pessoas, e à economia fraca e pobre.

Extraído de msn.com.br

terça-feira, 16 de março de 2010

Unidades Pacificadoras

Como um dos projetos do novo governo do Estado do Rio de Janeiro, as unidades pacificadoras vêm com a idéia de exterminar o tráfico nas favelas do Rio de Janeiro.

O projeto é de excelente tom se for cumprido a risca e pode sim ser o início pela paz a qual os cariocas lutam a tempos, mas não a conseguem em virtude da expansão do tráfico em suas mais variadas formas, como a milícia por exemplo.

Mas o que mais chama a atenção é a área de atuação desse programa. O mesmo atua somente na zona sul, que surpresa não ?, e agora depois de quase 2 anos de implementação do projeto é que se chega a zona norte. Mesmo assim como os cariocas sabem chegou a Tijuca que por muitos é conhecida como a rabeta da zona norte, pois sua ligação com esta parte da cidade limita-se apenas a limitação traçada pelo governo.

Pois bem, agora que este programa começa a avançar sobre a zona norte, veremos quanto tempo ele levará para chegar as áreas onde realmente há a necessidade dessas unidades. Onde tiroteios são realmente frequentes e moradores das proximidades vivem com medo. Porque até agora o que seu viu foi segurança pra turista ver, aliás como sempre foi e sempre vai ser...

Nos próximos 15 dias, os morros da Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro, receberão as primeiras incursões do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) com o objetivo de expulsar os traficantes para a instalação da primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na região.

A ideia da cúpula da Secretaria de Segurança Pública é ocupar um morro por mês no bairro e adjacências até o fim do ano. Esta será a primeira experiência de uma UPP na zona norte. Todas as favelas da orla de Copacabana e Ipanema, região turística da zona sul carioca, já estão ocupadas.

Na Tijuca, poucos moradores falam sobre o assunto. "Acho que vai melhorar a nossa segurança. Trabalho aqui há dez anos e isso vai ser bom para o comércio. Nunca fui assaltado, mas os clientes não sentem segurança para vir aqui", disse um comerciante que trabalha em um dos acessos do Morro do Borel, um dos mais cotados para ter a UPP.

A violência nos acessos à favela deixou marcas. O hipermercado Carrefour fechou as portas e um colégio estaria de mudança para a Barra da Tijuca, bairro nobre da zona oeste. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Extraído de msn.com.br

segunda-feira, 15 de março de 2010

Brasil: O Diplomata Mundial

Como já dito aqui em post anterior o Brasil vem ganhando notoriedade mundial não somente pelo fato de força exportadora alimentícia mas também como um agente diplomata em várias questões de nível global, o que vem fortalecendo ainda mais no cenário mundial a imagem de nosso país. Cabe reforçar aqui que estamos crescendo no cenário mundial de forma totalmente pacífica e cordial, ou seja, sem demonstrar poderio bélico ou coisa do gênero.

SÃO PAULO (Reuters) - Em discurso no Parlamento de Israel, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a necessidade de negociações e a solução de dois Estados para o impasse no Oriente Médio, ressaltando que um futuro Estado palestino precisa ser viável.

"Defendemos a existência de um Estado de Israel soberano, seguro e pacífico. Ele deverá conviver com um Estado palestino igualmente soberano, pacífico e seguro e viável, sobretudo pelo traçado dos seus territórios", disse Lula no Knesset, na primeira viagem oficial de um presidente brasileiro a Israel.

Lula remeteu ao seu passado, para mostrar que o diálogo não significa uma fuga dos conflitos.

"Em minha trajetória pessoal, como sindicalista e dirigente político... não fugi aos conflitos, mas busquei resolvê-los pelo diálogo ainda quando ele parecia exercício ingênuo, tarefa impossível", disse.

Criticando o início da construção de novas residências em Jerusalém, Lula lembrou que "o que está em jogo aqui... não é somente o futuro da paz nesta região, mas a estabilidade de todo mundo".

O presidente disse ainda que o Brasil deveria servir como exemplo, onde milhões de árabes e seus descendentes vivem em harmonia com milhares de judeus. E insistiu na necessidade da busca por uma solução do conflito na região.

"É chegada a hora de abrir um círculo virtuoso de negociações... superando desconfianças e desentendimentos, em nome de valores mais elevados. A história recompensará os que seguirem este caminho."

Lula começou sua viagem ao Oriente Médio por Israel, onde chegou no domingo. O presidente irá ainda aos territórios palestinos, onde também terá encontros com autoridades locais, e por último visitará a Jordânia na quarta e quinta-feira.

Entre os temas internacionais tratados pelo presidente, além da retomada de negociações israelo-palestinas, está a disposição do Brasil de contribuir para o processo de paz no Oriente Médio.

Extraído de msn.com.br

sábado, 13 de março de 2010

Guerra pelos Royalties: Parte 2

É... pelo visto isso ainda vai dar muito pano pra manga e o Governador do RJ, parece querer mover mundos pelos "seus" fundos. Trocadilhos à parte, o governador vem percorrendo de todas as formas representantes do poder político para que essa tal emenda Ibsen seja derrubada e assim, segundo ele, o Estado não "quebre".

A execução orçamentária do Estado do Rio de Janeiro e de 90 de seus 92 municípios será afetada já este ano caso o Senado aprove em 2010 - e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vete - a chamada "emenda Ibsen". A proposta aprovada na Câmara esta semana junto com projeto de lei sobre o pré-sal redistribui recursos de royalties e participações especiais na produção de petróleo, incluindo o pós-sal. "O Rio de Janeiro quebra", disse hoje o governador Sérgio Cabral (PMDB).

"Não é que a gente não consiga fazer as Olimpíadas. A gente não consegue fazer mais nada. Nem pegar um empréstimo", afirmou ele, em entrevista da qual participaram diversos prefeitos e lideranças estaduais dos três Poderes e da sociedade civil. Cabral convocou ato público para quarta-feira, a partir de 16 horas, na Candelária, no centro da capital fluminense, para protestar contra a emenda.

Com o projeto aprovado pela Câmara, o Estado perderia mais de R$ 7 bilhões por ano, em valores estimados com base em 2009. Cerca de R$ 5 bilhões por ano deixariam de ir para o governo estadual e as prefeituras deixariam de receber em torno de R$ 2 bilhões.

No entanto, o governador disse ter recebido do chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, mensagem de que o presidente Lula vetará a emenda. Também afirmou ter confiança em que o Senado retomará o projeto aprovado na comissão especial em que a redistribuição se daria apenas sobre as receitas do pré-sal.

Precedente

Para os senadores, Cabral argumenta que o que chama de "massacre" do Rio feito pela Câmara deve ser revertido para não se tornar um precedente perigoso para outros Estados. De acordo com ele, muitos deputados não tinham consciência de que estavam inviabilizando o Estado. Além disso, o governador também pensa em questionar a constitucionalidade da emenda na Justiça. Já conversou com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, para "mostrar a eminência do perigo que o Estado corre".

A ex-governadora e presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Rosinha Garotinho, disse que há sete inconstitucionalidades no texto. Também afirmou que a votação desrespeitou o regimento da Câmara, inclusive quanto ao quórum para abrir a sessão.


Extraído de msn.com.br

Aumento do gasto com ABIN

Em comparação com o orçamento do ano passado referente as despesas da ABIN, houve um aumento de quase 100% ou seja o mesmo chegou a quase o seu dobro. Contudo há de se prestar atenção em certas coisas... Nunca se viu, pelo menos nos últimos anos, a polícia federal fazer tantas prisões e desmantelar diversas quadrilhas quanto em qualquer outro mandato presidencial.
Pelo menos para mim esse aumento nas despesas se torna praticamente auto-justificável.



O governo federal praticamente dobrou, em termos reais, suas despesas com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de 2004 a 2009. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo a partir de dados do Portal da Transparência corrigidos pelo IGP-DI mostra que o órgão custou aos cofres públicos, no ano passado, 98,78% reais a mais do que no segundo ano de gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em valores de dezembro de 2009, os gastos anuais da organização subiram de R$ 163.946.878,78 para R$ 325.897.952,10 no período. Isso incluiu investimentos acumulados de R$ 50.418.893.20, sobretudo em equipamentos e material permanente. Na administração federal iniciada em 2003, chefiada pelo PT, alvo da própria Abin no passado, a instituição atingiu cerca de 2 mil funcionários e chegou aos 26 Estados.

Não é possível saber muitos detalhes sobre a destinação do dinheiro da Abin - são despesas de natureza sigilosa. Uma parte considerável do aumento se deveu à área de pessoal, principalmente em virtude da implementação de plano de cargos, mas também por causa de contratações.

Também foram corrigidos pelo IGP-DI os gastos com "vencimentos e vantagens do pessoal civil" - que foram, no período, de R$ 77.033.591,30 para R$ 173.527.240,80 (mais 125,26%). As despesas com pensões foram de R$ 5.063.300,96 para R$ 11.869.818,28 (134,42% mais).

Nos cartões corporativos, a Abin teve em 2009 seu segundo ano com mais despesas. Gastou R$ 6.757.072,66, um aumento de 142,03% em relação a 2004, quando, em valores de dezembro passado, foram despendidos R$ 2.791.827,61. O auge desse tipo de gasto da Abin foi em 2007: R$ 12.610.714,16.

'Evolução'

A Abin reconhece o aumento real no orçamento da instituição, mas o atribui ao que chama de "processo de evolução e desenvolvimento do órgão em conformidade com as demandas do Estado e da sociedade".

"Em razão disso, a Abin aumentou o número de superintendências e subunidades de 12 em 1999 para 26 em 2010, criou adidâncias (postos de adido civil) no exterior, recebeu novos servidores por meio de concursos públicos em 2004 e 2008 e teve a implementação de um plano de carreiras e cargos em 2008, colocando a remuneração da carreira de inteligência em um patamar mais próximo da realidade de outras carreiras de Estado", informa a Abin, por meio de nota.

O texto também atribui a expansão de despesas, em parte, ao "aperfeiçoamento do parque tecnológico da Abin", "sobretudo visando ao papel da Agência na realização de grandes eventos no Brasil, como os Jogos Pan e Parapan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro". A nota destaca ainda que dados referentes aos salários dos funcionários da Abin podem ser obtidos no site www.servidor.gov.br.


Extraído de msn.com.br

Israel e Líbano: Nova tensão no Oriente Médio

Depois de protagonizarem a guerra de 34 dias em 2006. Israel e Líbano voltam a cena das tensões no Oriente Médio por causa do Hezbollah, grupo armado que atua no Líbano e tem apoio da Síria e do Irã. O conflito anterior entre os dois já gerou até resolução na ONU que pedia a Israel para cessar com a "caça" ao Hezbollah no Líbano. Contudo parece que essa tal resolução vem sendo descumprida, gerando assim discursos inflamados de ambos os países, o que poderia caminhar para uma nova guerra...


NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Uma nova leva de declarações agressivas entre Israel e Líbano alimenta temores de que os dois vizinhos estejam se encaminhando para outro conflito, disse nesta sexta-feira o coordenador especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Líbano.

A troca de ameaças "gerou preocupações de um novo confronto", afirmou Michael Williams a jornalistas após falar aos 15 países do Conselho de Segurança sobre o cumprimento da resolução 1.701, que exigiu o fim da guerra de Israel contra o Hezbollah em meados de 2006.

"Esta retórica e esta atitude temerária desobedecem o próprio espírito da 1.701 e é absolutamente de nenhuma ajuda. Já pedi e ainda peço a todas as partes relevantes que desistam de declarações inflamatórias."

Williams disse ter ouvido reservadamente de autoridades israelenses e libanesas que elas continuam comprometidas com a paz.

Autoridades libanesas e sírias têm acusado Israel de querer uma nova guerra no Oriente Médio em meio à tensão gerada pelo programa nuclear do Irã.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste ano que Israel não planeja um ataque iminente ao Líbano, de onde o Hezbollah lançou cerca de 4.000 foguetes durante a guerra de 34 dias em 2006.

Recentemente, o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, disse ao jornal Haaretz que o Hezbollah tem atualmente cerca de 45 mil mísseis e foguetes no Líbano, número superior ao de estimativas anteriores.

"Não precisamos deste conflito, mas se ele nos for imposto não vamos sair correndo atrás de cada terrorista individual, e sim iremos assumir o governo libanês e a infraestrutura libanesa como parte da equação que enfrentaremos", disse ele.

VIOLAÇÕES

O líder máximo do Hezbollah, Hassan Nasrallah, ameaçou no mês passado que a guerrilha xiita irá atacar o aeroporto Ben Gurion, em Israel, se o Estado judeu voltar a atacar o aeroporto internacional de Beirute em uma eventual guerra.

O Hezbollah tem apoio dos governos da Síria e do Irã e participa do governo libanês.

As autoridades de Beirute se queixam da espionagem israelense no Líbano e já detiveram dezenas de pessoas sob a suspeita de espionar para Israel.

Cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, morreram no Líbano durante a guerra de 2006, que matou 160 israelenses, a maioria militares.

Williams disse que a situação na "linha azul" (fronteira monitorada pela ONU) continua calma, mas que aparentemente há contínuas violações da resolução 1.701 por ambas as partes.

De acordo com ele, Israel realiza incursões regulares no espaço aéreo libanês, enquanto o Líbano precisaria prestar atenção ao problema do tráfico de armas, já que Israel e governos ocidentais acusam o Hezbollah de continuar recebendo ajuda militar de Irã e Síria.


Extraído de msn.com.br

quinta-feira, 11 de março de 2010

Royalties: A Saga

Tava demorando para ocorrer uma resposta por parte do Governador do Rio de Janeiro em razão da redistribuição dos royalties que propõe a emenda aprovada pela câmara recentemente.

É a famosa guerra por "subsídios"... Aqueles que o tem em larga escala não abrem mão, e aqueles que não o possuem querem de qualquer forma.

RIO (Reuters) - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, chorou ao comentar a aprovação, na véspera, da emenda que redistribui os royalties do petróleo de maneira igual para todos os Estados e municípios, dizendo que ela "quebrará" o Estado e deixará na penúria municípios como Macaé e Cabo Frio.

Ao classificar de "leviandade histórica", a aprovação na Câmara dos Deputados da medida, de autoria dos deputados Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG), que valerá não só para o pré-sal mas também para contratos do pós-sal, o governador fluminense disse que agora conta com o veto do presidente Lula, seu aliado político.

"Foi um linchamento contra o Rio... Não são lágrimas de raiva, são lágrimas de tristeza. O Rio de Janeiro é frequentado por todos. As pessoas querem que o Rio quebre? A repercussão econômica no Rio e de fechar o Estado. Acabou!", disse Cabral durante aula magna na PUC nesta quinta-feira.

A emenda propõe a distribuição igualitária dos royalties e participações especiais do petróleo dos campos atuais e do óleo que virá do pré-sal segundo os critérios dos fundos de participação dos Estados (FPE) e dos municípios (FPM), o que, segundo o govenro do Rio, provocará uma perda de mais de 7 bilhões de reais ao Estado.

Sergio Cabral (PMDB) disse que a emenda é inconstitucional e fere o princípio federativo.

"Essa é a maior leviandade que a Câmara dos Deputados fez na história da República. Não há nada mais irresponsável na história do que a aprovação desse emenda. Nunca vi tanto desrespeito com o princípio federativo", disse Cabral.

"Nunca vi tanta ilegalidade e irresponsabilidade na minha vida. O município de Cabo Frio, que recebe 400 milhões, vai passar a receber um milhão de reais. Macaé, que está na área de produção, que recebe 500 milhões vai receber 2 milhões ano. Isso é uma brincadeira de mau gosto", declarou Cabral às lágrimas.

Na manhã dessa quinta-feira, aliados da prefeita de Campos, a ex-governadora Rosinha Garotinho, interditaram a rodovia BR-101 em protesto contra a decisão da Câmara dos Deputados.

Eles atearam fogo em pneus e impediram a passagem de carros durante algumas horas.

O município de Campos será dos mais prejudicados pela emenda caso ela se transforme em lei.

A bacia de Campos é responsável por mais de 80 por cento da produção nacional de petróleo.


Extraído de msn.com.br

E começa a guerra dos Royalties do petróleo

Como já mencionado aqui em um post anterior, era questão de tempo depois da descoberta do petróleo na região do pré-sal a guerra pelos royalties. E parece que esse tempo já começou... Foi realizado um protesto conta a Emenda Ibsen (esse emenda aprova a divisão dos royalties entre todos os municípios e Estados, levando assim a queda dos mesmos para os Estados produtores) bloqueando a rodovia que liga RJ ao ES. A questão é delicada e exige muitas discussões, mas com certeza os protestos continuarão e isso promete ir longe

Um grupo de manifestantes fechou totalmente a Rodovia BR-101, em Campos, município do Rio de Janeiro que fica na divisa com o Espírito Santo, na manhã de hoje para protestar contra a emenda aprovada ontem que estabelece a divisão de royalties do petróleo entre Estados e municípios. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), agentes foram deslocados para o local, na altura do quilômetro 76, para tentar retirar os manifestantes da estrada, que por volta das 7h15 ainda não apresentava congestionamento.

A emenda propõe que as verbas dos royalties sejam distribuídas a todos os Estados e municípios observando os critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM). A proposta dos deputados Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG) foi aprovada ontem à noite pela Câmara.

A aprovação representa uma derrota para o governo, que queria fazer valer o acordo de divisão de royalties do pré-sal negociado ano passado, que garantia tratamento diferenciado para os Estados produtores. O Rio e o Espírito Santo serão os mais prejudicados. Segundo a liderança do PSDB, se a chamada "emenda Ibsen" já fosse aplicada no ano passado, a arrecadação de royalties do Estado fluminense cairia de R$ 4,884 bilhões para R$ 159,6 milhões.

Com a aprovação, foi concluída a tramitação do projetos do pré-sal na Câmara. Agora, os quatro textos - o que estabelece o regime de partilha de produção, o que autoriza a capitalização da Petrobras, o que cria a nova estatal que vai gerenciar as reservas e o do fundo social que receberá os recursos da União - serão apreciados pelo Senado.

Extraído de msn.com.br

Apagão: A Volta

Depois da onda de apagões que ocorreram no ano passado, atingindo vários Estados e posteriormente o Rio De Janeiro, agora o Estado do RJ volta a sofrer novamente com apagões desta vez na região central.

Só lembrando que em pouco menos de 5 anos receberemos eventos esportivos mundiais... Será mesmo que temos estrutura para isso ?

Pelo terceiro dia consecutivo e ainda sem previsão de restabelecimento, a região central do Rio de Janeiro voltou a sofrer na manhã de hoje com a falta de luz. Segundo nota da Light, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade, está ocorrendo uma interrupção no fornecimento no mesmo sistema afetado desde a tarde de terça-feira.

As causas desta interrupção estão sendo investigadas, segundo a Light, a fim de se verificar se há relação entre o evento de ontem ou se se trata de uma nova ocorrência. Um gerador foi instalado no prédio do Detran para não interromper os serviços mais essenciais ao público.

A região central enfrentou a falta de energia ontem por mais de 22 horas. O fornecimento foi interrompido por volta das 18 horas de terça-feira, voltando a ter luz só às 16h40 de ontem, devido a falhas na rede subterrânea.

Segundo nota divulgada ontem pela Light, os serviços de reparos exigiram um tempo longo de execução por sua alta complexidade e pela dificuldade para a substituição de 600 metros de cabo sob a Avenida Presidente Vargas, em razão ao espaço confinado das galerias subterrâneas.

No local ocorreu um curto-circuito e a queima de sete dos oito cabos da rede subterrânea de alta tensão, afetando 3.200 clientes nos trechos das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco e das ruas Alfândega, Buenos Aires, Andradas e Uruguaiana.


Extraído de msn.com.br

terça-feira, 9 de março de 2010

Mais tremores

O município de Alagoinha, em Pernambuco, a 225,5 quilômetros da capital, já registrou 50 tremores em quase uma semana, segundo dados do técnico em sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Eduardo Alexandre Santos de Menezes.

Segundo ele, os tremores de maior intensidade começaram na noite de ontem. O mais forte chegou à magnitude de 3,2 na escala Richter às 20h30 desta segunda-feira.

Apesar da grande quantidade de tremores, muito comum na região por conta da falha geológica que está em constante atividade na área, segundo Eduardo ninguém ficou ferido.

O técnico foi deslocado para a cidade. Ele pretende fazer uma análise detalhada da região para tentar identificar as causas dos tremores. Ainda não há informações se os tremores provocaram rachaduras nas residências.




Extraído de msn.com.br

O "novo" Chile

O terremoto ocorrido no Chile redesenhou o mapa do mesmo. Com deslocamentos que variam de centímetros a metros o país foi afetado de norte a sul. Cabe lembrar que o Chile fica bem em cima da linha entre duas placas: a de Nazca e a Sul-Americana.

SANTIAGO (Reuters) - O terremoto que sacudiu o Chile em fevereiro redesenhou os mapas da região, causando um deslocamento de até 4 metros nas zonas próximas ao epicentro, disseram cientistas chilenos nesta terça-feira.

O diretor científico do Serviço Sismológico da Universidade do Chile, Sergio Barrientos, disse à Reuters que a correção do movimento causado pela superposição das placas tectônicas pode levar mais de um século.

"Este foi um grande terremoto, que tem muito deslocamento e envolve muita extensão. Há deslocamentos de até 4 metros perto de Constitución", acrescentou ele, referindo-se à cidade que fica 360 quilômetros ao sul de Santiago e foi uma das mais devastadas pelo terremoto e pelos tsunamis subsequentes.

O tremor de magnitude 8,8 na madrugada de 27 de fevereiro foi o quinto mais violento da história moderna, deixando pelo menos 497 mortos e um rastro de destruição ainda não avaliado por completo.

Os resultados dos estudos com base em medições de GPS feitas em conjunto com especialistas da Universidade Estadual de Ohio (EUA) estarão prontos dentro de um mês. Mas dados preliminares indicam que a cidade de Concepción, segunda maior do país, e também bastante afetada, se deslocou três metros para sudeste. Santiago, a capital, "andou" meio metro.

"Deslocamentos significativos são evidentes em lugares tão a leste como Buenos Aires (de 2 a 4 centímetros) e tão ao norte como a fronteira (do Chile) com o Peru", disse nota da Universidade Estadual de Ohio.

Buenos Aires fica mais de 1.100 quilômetros a leste de Santiago, do outro lado da cordilheira dos Andes.

A energia liberada pelo sismo foi tão grande que, segundo a Nasa, deslocou em cerca de 7,6 centímetros o eixo de rotação da Terra.

O Chile, um dos países mais sísmicos do mundo, está situado diante da linha de contato entre as placas tectônicas de Nazca, no Pacífico, e da América do Sul.

Quando ocorre um terremoto como o de fevereiro, a placa de Nazca escorrega para debaixo da placa continental. Esse fenômeno, que os cientistas chamam de "subducção", provoca o deslocamento para o leste. "O processo inverso demoraria cem anos ou até mais", disse o sismólogo Barrientos.





Extraído de msn.com.br

Chuvas e desabrigados nas regiões Sudeste e Sul do país

É comum vermos retratadas na mídia notícias como as que seguem abaixo, contudo o que muitos se esquecem é que a causa dessas mortes muitas vezes está focada em moradias construídas irregularmente no alto dos morros e/ou até mesmo construídas sem a devida orientação; isso sem falar no avanço da ocupação humana que levou a canalização de rios e a compactação de solos. Fatores esses que, somados a época de chuvas fortes, infelizmente fazem suas vítimas. Há ainda muito o que se melhorar, desde programas habitacionais até a infra-estrutura das cidades.
Podem não ser as soluções definitivas para isso mas já são um bom começo e com certeza impedirão que notícias como essas se repitam constantemente.



Ao menos 214 pessoas já morreram por conta dos temporais que atingem sete Estados das regiões Sul e Sudeste do País, desde novembro do ano passado até esta terça-feira. De acordo com a Secretaria Nacional de Defesa Civil, o número abrange as mortes ocorridas em Minas, Espírito Santo, Rio, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O Rio de Janeiro é o Estado que registra mais óbitos decorrentes dos temporais, com 91 mortes. Até esta terça, São Paulo registrava 78 óbitos e o Rio Grande do Sul tinha 18 mortos.

Ainda segundo o órgão, apesar de não confirmarem nenhuma morte, três Estados do Centro-Oeste do País também registraram prejuízos causados pelas chuvas: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Ao todo, desde o início do período chuvoso, mais de 102 mil moradores de 925 municípios foram afetados de alguma forma pelas chuvas. Desses, 24.816 ficaram desabrigados - pessoas que perderam tudo e precisam dos abrigos públicos - e outros 77.403 ficaram desalojadas - as que podem contar com ajuda de vizinhos e familiares.

Extraído de msn.com.br

China endossa acordo de Copenhague

A China vai oficialmente assinar o acordo de Copenhague. Se ela realmente cumprir com a sua determinação teremos uma redução sensível na emissão de CO2 já que, por enquanto, a matriz energética da mesma é o carvão.

A China anunciou formalmente nesta terça-feira que vai assinar o acordo sobre clima de Copenhague, tornando-se o último país do grupo de grandes emergentes a endossar um plano fortemente apoiado pelos Estados Unidos.

Uma carta oficial do secretariado da ONU sobre mudança climática informou que "vai incluir a China na lista" dos países que apoiam o acordo fechado na reunião na Dinamarca em dezembro.


Extraído de msn.com.br

O deplorável e incabível fanatismo

É impressionante que neste mundo ainda haja a intolerância religiosa, bem como outros tipos de intolerância também, e que ainda tenhamos que presenciar massacres como o que ocorreu na Nigéria. Espero que um dia todos sejam livres para fazer as escolhas que acham corretas sem ter que ser agredido por outro, mesmo que isso pareça utopia...

JOS, Nigéria (Reuters) - A ONG defensora dos direitos humanos Human Rights Watch, sediada nos EUA, pressionou a Nigéria nesta terça-feira a levar à Justiça os responsáveis pelo massacre de ao menos 200 cristãos em um vilarejo, para pôr fim a um ciclo de impunidade que permitiu a contínua instabilidade.

Moradores de Dogo Nahawa, a cerca de 15 quilômetros ao sul da cidade central de Jos, enterraram dezenas de corpos, inclusive de mulheres e crianças, em uma cova coletiva na segunda-feira depois dos ataques recentes contra três comunidades evangélicas cometidos por pastores muçulmanos.

"Esse tipo de violência terrível deixou milhares de mortos no estado de Plateau na última década, mas ninguém foi responsabilizado", disse Corinne Dufka, pesquisadora sênior para a África Ocidental do Human Rights Watch. "Está na hora de desenhar uma linha na areia."

O grupo defensor de direitos humanos cobrou do presidente interino nigeriano, Goodluck Jonathan, que garanta uma investigação válida e processos judiciais contra os responsáveis. O porta-voz da polícia Mohammed Lerama disse que 93 pessoas haviam sido detidas.

Jonathan, que havia prometido levar aos tribunais os responsáveis por outros ataques em janeiro na mesma região, mobilizou tropas para conter os confrontos do começo do ano e toques de recolher ainda estavam em atividade quando o ataque de domingo ocorreu.

O Human Rights Watch disse que a mobilização militar havia sido limitada a ruas principais e era incapaz de proteger pequenas comunidades.

Moradores de Dogo Nahawa, Zot e Ratsat, vilarejos de maioria cristã, disseram que muçulmanos de morros próximos haviam atacado na manhã de domingo, atirando para o alto para forçar a saída das pessoas de suas casas, antes de esfaqueá-las com facões.

Alguns morreram ao tentar fugir, outros foram queimados vivos.

Uma testemunha da Reuters contou mais de 100 corpos no domingo apenas em Dogo Nahawa. O diretor de Informação do Estado de Plateau disse que 500 pessoas morreram, mas o número oficial da polícia é de 55, com corpos ainda sendo contados.

O número de mortos tem sido frequentemente alterado por motivos políticos em conflitos anteriores na região central da Nigéria, com diversas facções acusadas de exagerarem os números por motivos políticos ou diminuir os números para tentar amenizar os riscos de represálias.

Extraído de msn.com.br

segunda-feira, 8 de março de 2010

Chile: Prédios fortes, sociedade nem tanto

Depois do Haiti foi a vez do Chile sofrer um terremoto que assolou regiões do mesmo. Apesar dos prédios terem resistido bem aos tremores, que foram piores do que os do Haiti, a sociedade e o governo parecem não demonstrarem a mesma resistência ou força para tanto.

Os engenheiros civis do Chile estão de parabéns: na quase totalidade dos casos, suas construções mostraram-se capazes de resistir a um terremoto centenas de vezes mais intenso que o do Haiti. Mas o Estado e a sociedade civil deixaram a desejar.

A Marinha admitiu responsabilidade na maior parte das mortes. Não esclareceu sobre o perigo de maremoto à presidente Bachelet, que deixou de advertir o povo sobre o perigo, e limitou-se a pedir tranquilidade. No país-modelo das privatizações, ficou evidente a falta de um sistema de comunicações alternativo, capaz de funcionar em uma crise.

O governo foi lento em ajudar uma população desesperada e em prevenir saques, iniciados em menos de 24 horas. Para combatê-los nas regiões mais afetadas, o Exército chileno enviou 14 mil soldados – tanto quanto os EUA enviaram para todo o Haiti, onde, ante miséria e tragédia maiores, as pilhagens demoraram mais a acontecer. A cultura de individualismo e concentração de renda gestada desde a era Pinochet cobrou seu preço.


Extraído de cartacapital.com.br