quinta-feira, 18 de março de 2010

O Haiti por suas próprias mãos

Em reunião promovida pela ONU o Haiti comunicou que tem a vontade de utilizar a ajuda financeira vinda de outros países como o mesmo achar necessário e não através de uma comissão como desejam os países que querem ajudar. Acho que essa postura do Haiti está mais do que certa, afinal de contas todos sabem mas ninguém diz que essa ajuda vinda de fora com certeza vem com algo escondido na manga - algo como ajuda em troca da abertura do mercado haitiano a algum produto que um desses país venda, criando assim um ciclo vicioso; já que provavelmente esse produto será vendido mais barato que o produto nacional no mercado haitiano quebrando assim vários produtores nativos.


SANTO DOMINGO (Reuters) - O Haiti reivindicou o direito de administrar sua reconstrução depois do devastador terremoto de janeiro, em uma mensagem dirigida a países doadores de recursos reunidos nesta quarta-feira em uma conferência patrocinada pela ONU, na qual se discute entregar mais ajuda ao empobrecido país, mas com condições.

O primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, apresentou a mensagem diante de representantes de 28 países doadores e de agências multilaterais de financiamento, que fizeram um relato dos danos causados pelo terremoto de magnitude 7 e avaliaram as necessidades da nação, a mais pobre das Américas.

"Aceitamos toda a ajuda que nos queiram dar, mas que nos permitam reconstruir o Haiti", disse Bellerive em um ato inaugural de uma conferência preparatória da Cúpula Mundial sobre o Haiti que será realizada em 31 de março em Nova York, convocada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Fontes diplomáticas e técnicos que participam da reunião na capital da República Dominicana disseram na terça-feira que os países doadores estimam dar ao Haiti 350 milhões de dólares em ajuda adicional para a reconstrução depois do terremoto, mas condicionada à criação de um mecanismo de fiscalização desses recursos.

Inicialmente, o Haiti requisitara ajuda adicional de 200 milhões de dólares para apoiar seu minguado orçamento, afetado por uma baixa considerável na arrecadação fiscal depois das perdas sofridas pelo setor produtivo no terremoto.

A decisão final, além de outras ajudas em insumos e equipamentos, será tomada na cúpula de Nova York.

Os especialistas discutiam na reunião preparatória desta quarta-feira a necessidade de criar o órgão fiscalizador, segundo fontes.

Estados Unidos, França, Canadá, Brasil, União Europeia e possivelmente a República Dominicana fariam parte desse órgão. O objetivo seria canalizar, sob fiscalização, o uso dos fundos a um comitê interministerial do governo haitiano, disseram à Reuters fontes na conferência, que se encerra na tarde desta quarta-feira.

Durante a reunião foi divulgado um informe da ONU e de outros órgãos multilaterais que apontaram uma cifra oficial de 222.570 mortes causadas pelo terremoto, com danos estimados em 7,75 bilhões de dólares.

O documento também diz que há 869 desaparecidos, 310.928 feridos, 1,5 milhão de pessoas afetadas pelo tremor, 1,3 milhão de pessoas vivendo em albergues e 766.724 deslocados.

Como consequência do tremor, e sem levar em conta as atividades de reconstrução, as organizações estimam que a pobreza extrema no Haiti voltou ao nível de 71 por cento, registrado em 2001, enquanto a pobreza moderada alcança 50 por cento.

O sismo foi essencialmente destrutivo se considerado o número de vítimas em relação à população do país, de 10 milhões de pessoas, e à economia fraca e pobre.

Extraído de msn.com.br

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