terça-feira, 8 de março de 2016

Mais um capítulo na saga migratória para a UE

A questão do fluxo migratório para a UE, o maior fluxo desde a segunda guerra mundial, ganhou mais um capítulo polêmico esta semana.

Enquanto o bloco tenta resolver suas diferenças entre aqueles que querem e não querem estabelecer cotas de imigrantes para cada país, o presidente do conselho europeu viaja pelo bloco e por países fora dele para tentar achar formas de conter o alto fluxo de imigrantes que, visivelmente, já anda incomodando alguns países como a Áustria, Macedônia, Croácia...

A questão deve mesmo estar sendo uma dor de cabeça para o presidente do conselho europeu, pois só isso justificaria a declaração mais do que direta dele pedindo aos imigrantes que simplesmente "não venham à Europa". Apesar da declaração ter um tom forte, esse ponto em particular dentro do bloco suscita um panorama que não justifica a declaração, mas vamos a ele:

Dentro do bloco não há consenso sobre o que fazer com os imigrantes. Em alguns países, como nos balcãs, há uma resistência. Não à toa eles já impuseram uma cota para aceitar imigrantes, o que tornou a Grécia um gargalo para os imigrantes que chegam cada vez ao país. 

Por outro lado, a Turquia já entrou na roda, mesmo fora do bloco, mas pedindo para entrar há anos no clubinho. O país que teve seu convite de entrada à UE recusado por, entre outros motivos, ser porta de entrada do bloco com o Oriente Médio, teve que entrar na roda de negociações do bloco exatamente por conta de sua posição geográfica. As negociações são para tentar amenizar a avalanche de imigrantes que chegam no bloco. Pelo menos para dar tempo de redistribuí-los entre os países da UE.

Há também a questão da preocupação com fortalecimento e proliferação de grupos de extrema direita dentro da União Europeia. Com a entrada maciça de imigrantes, muitos podem usar isso como pretexto para inflamar discursos de xenofobia sem um pingo de sentido e tentar se elegerem através deste fogo de palha. 

Fato é que o presidente do conselho está com uma bomba e tanto nas mãos. São muitos pontos divergentes a serem conciliados para tentar se chegar perto de um denominador que mesmo não sendo comum, seja aceitável pelos países membros do bloco. 


Com informações do O Globo.


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