terça-feira, 14 de março de 2017

Mais um problema envolvendo imigrantes na UE

Caros leitores do blog, 

Antes de começar o texto, gostaríamos de pedir desculpas pela longa ausência. Estamos enfrentando problemas técnicos que não nos permitem, por hora, publicar diariamente como de costume, além dos textos semanais. 

Dentro do possível estaremos tentando manter a regularidade pelo menos dos textos semanais. Assim que a questão for resolvida, retomaremos a nossa rotina de postagens. 

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Mais uma vez a questão dos refugiados de um lado do Mediterrâneo acaba refletindo em sua outra margem. 

Se as guerras civis na Ásia e na África que levaram a uma onda migratória maior até do que a da 2ª guerra foram capazes de fazer a terra da Rainha "pedir pra sair" da UE por não querer se misturar aos demais. A crise dos refugiados ganha mais um capítulo dentro do bloco. 

Pioneiro em sua organização, cujo exemplo é seguido pelos demais blocos que vieram logo após, a UE parece não saber lidar com a questão migratória em seu bloco. Pelo menos não que tange os migrantes que não são intra-bloco e de poder aquisitivo pífio. 

Sabe-se que não é fácil encontrar unanimidade entre pessoas, que dirá entre países. Mas esta questão em particular, tem tirado o sono da UE nos últimos tempos. 

Embora os conflitos da outra margem do Mediterrâneo já ocorressem há anos; o pessoal da margem europeia não se mostrou incomodado ou solícito em ajudar a resolver as questões exatamente pelo problema estar "do outro lado". 

O problema é que a partir do momento em que começou a cruzar o Mediterrâneo, embora de forma precária e, muitas vezes, não chegando a completar a travessia, a indiferença deu lugar a preocupação. Não a preocupação com o próximo, mas a preocupação com o seu. 

Várias hipóteses sobre a melhor forma de abrigar os refugiados foram levantadas, assim como vários pontos de discordância sobre cada uma delas. Enquanto uns tentavam empurrar o problema para os países de "segunda classe" dentro da UE, outros lutavam por uma distribuição mais justa dentro do bloco que levasse em conta a saúde financeira de cada país para determinar a quantidade de refugiados. 

Diante deste impasse, a terra da Rainha arrebitou o seu nariz real e pediu para se retirar da brincadeira dando início a uma situação sem precedentes: a saída de um membro do bloco. 

Os termos do acordo ainda estão sendo costurados, mas a fragilidade do bloco em relação à migração parece ser o início de um efeito dominó que assombra o bloco. Mais um destes movimentos ocorreu esta semana, desta vez entre Holanda e Turquia. 

Postulante assíduo a uma vaga no bloco, a Turquia rompeu relações com a Holanda pelo que achou ser uma democracia seletiva por parte do bloco ao apoiar a Holanda cujas autoridades impediram ministros turcos de discursarem para expatriados em solo holandês. O ato rompeu a relação entre os dois países e estremece mais uma vez o bloco em relação aos refugiados. 

Em meio a isso tudo, temos um bloco que agora anda cambaleante não só pela questão da imigração e pela saída de um dos seus membros mais ricos (como se não fosse pouco), mas também pela crise que desde 2008 tem dado trabalho ao bloco para reerguer-se... Que o digam os gregos... 


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