sexta-feira, 8 de junho de 2018

Mais uma reunião do G7 começa. O que esperar?

Mais uma reunião do G7 começa, mas, dessa vez, o clima não é dos melhores entre as 7 maiores economias do planeta. 

A torta de climão desta vez é por conta do cada vez mais antipático presidente norte-americano. Com suas ideias protecionistas e sobretaxas a produtos que acabaram atingindo antigos aliados, a reunião do G7 promete ser de um clima completamente desagradável que, dependendo do andar da carruagem, beire o hostil. 

O festival de sobretaxas promovido por Trump, a princípio, no que parece uma tentativa pessoal de atingir a China, acabou respingando no vizinho Canadá bem como nas principais economias europeias, coincidentemente as participantes do G7. 

Logicamente que outros assuntos entrarão em pauta como as mudanças climáticas e o acordo nuclear com o Irã (mais um legado de Obama que Trump fez o desfavor de desmanchar), mas havemos de convir que o principal assunto da cúpula será mesmo a discussão em relação as sobretaxas propostas por Trump. 

Aliás, esse assunto não está sendo um incômodo somente para além das fronteiras norte-americanas, mas dentro delas também. Alguns senadores já começaram a se movimentar para criar uma espécie de projeto de lei onde qualquer taxa criada pelo presidente, não deverá vigorar antes da aprovação do senado. Tudo isso para evitar os mandos e desmandos de alguém que encara a presidência de um país como a mistura de dois clássicos dos jogos de tabuleiro: "war" e "banco imobiliário". 

Outra questão que também deve permear o encontro da cúpula é a ressuscitada ideia de um exército europeu (uma clara tentativa de sair das asas da OTAN, bem como um movimento de afastamento dos EUA que parece estar baseado nos movimentos recentes de Trump), principalmente por França e Alemanha. 

Alguns ainda chegam a ir mais além e defendem até mesmo a ideia de uma aliança entre canadenses e europeus, unidos pela afetabilidade das decisões de Trump que cada vez mais consegue tornar os EUA, na figura de sua pessoa, um país cada vez mais fechado a negociações, pelos menos no quesito importações. 

Em resumo, podemos esperar uma reunião das mais protocolares visto que o clima não é muito amistoso, especialmente entre os EUA e os demais países da cúpula. Se acrescentarmos a este cenário certa hostilidade pelas recentes decisões do mandatário norte-americano, pode ser que a próxima reunião do G7 vire G6 porque o número 1 dessa lista corre o risco de não ser convidado. 



Com informações do G1 e Sputinik Brasil.  

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