terça-feira, 10 de março de 2020

As consequências do coronavírus para o mundo e como isso pode estar no seu vestibular

Um surto iniciado na China e que já se espalhou pelo mundo, acumulando milhares de casos entre suspeitas, confirmações e até mesmo óbitos. O Coronavírus virou assunto do momento, não só por conta de sua letalidade, mas também por chamar a atenção para certos aspectos da economia, passando pela maneira como produzimos e até mesmo pela velocidade com as quais estamos conectados e conseguimos nos deslocar entre pontos cada vez mais distantes e de maneiras cada vez mais rápidas. 

Diante deste cenário, não é difícil prever que o assunto pode estar presentes nos vestibulares e no ENEM pelo país, seja na Biologia, na Química e também na Geografa. Por isso, nós vamos elencar abaixo alguns apontamentos sobre o coronavírus e, fazendo um exercício de adivinhação, apontar como ele pode aparecer nos vestibulares. 

Em primeiro lugar, observe o mapa abaixo. 

Fonte: https://gisanddata.maps.arcgis.com/apps/opsdashboard/index.html#/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6

Este mapa se refere aos casos de coronavírus registrados em tempo real pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cujo o link você pode acessar na legenda do mesmo.  

Ao observá-lo atentamente, percebemos que a maioria dos casos de coronavírus estão acima da Linha do Equador. Num comparativo, quase não há casos abaixo dela e isso tem um motivo que pode virar questão de vestibular. 

O vírus se propaga melhor em clima frio. Pelo fato de ser uma espécie de gripe, o clima frio é o ideal para sua propagação. Neste início de ano, o hemisfério sul está em pleno verão enquanto o hemisfério norte está em pleno inverno; o que facilita a propagação do vírus neste último.

Os casos que tivemos abaixo da linha do Equador, são "importados", ou seja, pessoas que estavam nas áreas de contágio e viajaram para outros países. O clima quente inibe a propagação do vírus, até mesmo por conta dele ser sensível aos raios ultravioleta. 

Percebemos também que a Oceania apresenta o maior número de casos (até o momento em que esta postagem foi publicada) dentre as demais regiões do hemisfério sul. Isso se explica pela sua proximidade geográfica com a China, o que acabou facilitando a propagação do vírus. 

Outro aspecto também a ser abordado em relação ao coronavírus é a sua rápida propagação. 

Em tempos de auge da Globalização (união dos meios de transporte com os meios de comunicação), potencializada pelo avião e pela internet; viajar grandes distâncias se tornou uma questão de, no máximo, horas. Com os aviões, podemos cruzar o mundo em 24 horas e com a quantidade de voos que ocorrem pelo mundo, o coronavírus passar de uma epidemia (transmissão de país para país) para uma pandemia (transmissão de alcance global) é questão de tempo. 

A Globalização, em parte, permitiu que esse vírus se espalhasse rapidamente com alcance intercontinental. Agora, os países correm contra o tempo e adotam medidas para tentar frear essa epidemia e controlá-la ao ponto de extingui-la.   

Lembramos que, até a publicação desta postagem, o coronavírus está classificado como epidemia, mas corre o risco de virar pandemia. 


Outro aspecto presente relacionado a esta doença é o econômico. 

Como medo do contágio, a economia global está vivendo uma época tenebrosa, com bolsas de valores batendo recordes cada vez mais negativos.  

Isso se deve ao fato de diversas fábricas suspenderem suas produções pela falta de insumos, geralmente adquiridos em outros países, por medo dos insumos estarem contaminados pelo vírus. 

Soma-se a isso, o fato da China, por conta de sua mão de obra barata, hospedar grande parte da produção de diversos fabricantes que atuam globalmente. Com o surto no país e a fabricação de produtos sendo até mesmo suspensa em alguns casos, não será de se estranhar que alguns produtos subam de preço pela falta deles no mercado. 

Acrescenta-se também o prejuízo às companhias aéreas que tiveram quedas bruscas na compra de passagens aéreas. Além de setores como o turismo que está sofrendo duros golpes, principalmente com as restrições aos países com casos da doença, cuja população em geral é incentivada a não visitar lugares turísticos e a ficar em casa. 

Inclusive eventos como feiras mundiais, shows e com grandes aglomerações estão sendo até mesmo cancelados por medo de aumentar o risco de contágio. Já se cogita até mesmo a suspensão ou adiamento das olimpíadas de Tóquio

A lista não para também para as gigantes internacionais, especialmente as do varejo, como a Amazon. Essas empresas vendem mercadorias para todo o mundo e de todo o mundo. Com a epidemia do coronavírus, suas vendas serão seriamente prejudicadas, pois a população fica com receio de comprar produtos vindos de países com casos registrados. 

Ainda temos também a questão dos equipamentos de prevenção ao vírus como as máscaras cirúrgicas e o álcool em gel que estão batendo preços cada vez mais altos, além de já apresentarem escassez em alguns lugares.

E correndo por fora, temos uma disputa entre Rússia e OPEP relacionada ao controle do preço do petróleo, onde o grupo sugeriu um corte na produção de petróleo (que já desvalorizou 30%) que foi recusado pelo russos, iniciando uma queda de braço entre ambos, o que pode agravar ainda mais o cenário econômico de crise fomentada pelo coronavírus. 

Muita coisa ainda pode acontecer diante deste cenário de tensão causado pela epidemia, mas algumas coisas já se desenham e podem aparecer nos vestibulares e ENEM. Fizemos aqui apenas alguns apontamentos para ajudar nos estudos acerca desse tema novo que pode ser figurinha certa nos exames deste ano. 


Update: no dia seguinte a essa postagem, o coronavírus foi decretado como pandemia pela OMS



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