quinta-feira, 15 de abril de 2010

70 Mil

Isso mesmo !

Mais de 70 mil pessoas estão desabrigadas no Estado do Rio de Janeiro devido as chuvas que ocorreram. Um número que é revoltante e preocupante.

Terá mesmo o governo como dar essas pessoas a acomodação e moradia que elas precisam ?
Será mesmo que depois que tudo isso passar o governo continuará a dar a assistência a eles; haja visto que a tragédia de Angra dos Reis ainda continua sem solução ?

Mais de 70.600 pessoas tiveram que deixar suas casas no Estado do Rio de Janeiro desde o último dia 5, quando fortes chuvas passaram a atingir a região.

Segundo boletim divulgado hoje pelo Departamento Geral de Defesa Civil, 59.852 moradores estão desalojados e 10.837 desabrigados. Entre os locais mais afetados estão Niterói, e os municípios do Rio e São Gonçalo.

Levantamento do órgão aponta também que desde o dia 5, 253 morreram no Estado. Somente no Morro do Bumba, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, onde um deslizamento soterrou parte da comunidade, 47 corpos foram encontrados, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Cerca de 100 homens da corporação trabalham diariamente no local em busca de vítimas.

Além do Morro do Bumba, ainda há registros de dois desaparecidos no Morro Santa Maria, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, e um no Morro do Andaraí, em Andaraí, na zona norte da cidade. Nesses locais houve deslizamentos seguidos de desabamentos. Não existe previsão para o término das buscas.

Até o momento, 419 casas foram destruídas, sendo a maioria por deslizamentos, enxurradas e inundações e cerca de 7.290 construções foram danificadas.


Extraído de msn.com.br

terça-feira, 13 de abril de 2010

Agora ?!

Precisou meia cidade de Niterói vir abaixo para que o governo tomasse uma providência considerável em relação a um problema que existe desde o processo de urbanização.

Precisou a morte de centenas de pessoas para que o governo tomasse uma medida que não fosse meramente paliativa ou então que compactuasse com o processo de ocupação irregular de encostas devido a favelização.

Precisou de um infeliz drama vivido pela cidade aterrorizando vários moradores e levando vários outros a perda total de tudo aquilo que conquistaram para que o governo revolvesse enfrentar de vez um monstro que foi criado pelo seu próprio descaso e alimentado pelo mesmo com obras "tapa-buraco".

Precisou disso tudo para que o governo resolvesse finalmente encarar o problema de frente.
É triste mas é verdade... Infelizmente todos os governantes fecham os olhos para os problemas até que o mesmo ganhe repercursão nacional, infelizmente, pela via da tragédia.

Até quando teremos que aguentar isso ?
Até quando teremos que aguentar sucessivas administrações que se negam a resolver os problemas das classes menos abastadas, mas que na hora de pedirem o voto das mesmas sabem direitinho suas deficiências e como resolvê-las ?
Até quando ?....


O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse hoje que elabora um mapeamento geológico detalhado da cidade atingida pela chuva para identificar as encostas e as regiões que podem ou não receber reassentamento. A recuperação da cidade deve custar entre R$ 200 e R$ 250 milhões.


Paes informou que a prefeitura fechou ontem boa parte dos valores relativos à recuperação da cidade, o que incluiria repavimentação de ruas e limpeza do leito dos rios, num total em torno de R$ 200 milhões. Ele destacou ainda que autorizou o início imediato, pela GEO-Rio, de todas as obras necessárias para liberar os acessos ao Parque Nacional da Tijuca e ao Cristo Redentor. As obras estão avaliadas em R$ 5 milhões.


Paes deu essas informações após as reuniões que teve nesta manhã com representantes do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e do Ministério Público Estadual para mostrar os planos de reassentamento e indenização para as famílias desabrigadas. No Tribunal de Justiça, o prefeito esteve com o presidente do TJ-RJ, Luiz Zveiter, e os juízes das varas de Fazenda Pública da Capital. No MPE, Paes se encontrou com o procurador-geral de Justiça, Cláudio Soares, e com promotores de diferentes áreas.


Paes também entregou cópias dos laudos técnicos da GEO-Rio e da Defesa Civil Municipal recomendando a retirada imediata dos moradores de oito comunidades - Urubu (Pilares), Prazeres (Rio Comprido), Fogueteiro (Centro), São João Batista (Botafogo), Cantinho do Céu e Pantanal (parte da comunidade do Turano, na Tijuca), Laborioux (Rocinha) e Parque Columbia (às margens do Rio Acari).



Extraído de msn.com.br

sábado, 10 de abril de 2010

O jogo de empurra da COP 15 e suas consequências

Como dito em post anterior o jogo de empurra que levou a COP 15 a lugar nenhum teve como consequência a indefinição de um tratado climático obrigatório para todos os países.

O jogo de empurra se criou em cima da indefinição dos países sobre o quanto eles se comprometeriam em reduzir suas emissões de carbono, já que um ficava esperando uma posição do outro por medo de se comprometer em demasia.

Exemplificando: se um país se comprometer em realizar uma redução de 30% outro país pode anunciar que sua redução será de 15%, o que causaria assim um "arrependimento" no primeiro país que se comprometeu em uma escala maior do que o segundo.

Esse jogo de empurra foi que atravancou as negociações para a assinatura de um acordo definitivo entre os países sobre o clima do planeta.

Só espero que isso se resolva rápido e de maneira eficiente, pois o planeta pede socorro...


BONN, Alemanha (Reuters) - Divisões surgiram na sexta-feira na primeira reunião climática da ONU desde a áspera cúpula de Copenhague, em meio a debates sobre como retomar as negociações neste ano - e com poucos delegados prevendo avanços no combate ao aquecimento global durante 2010.

Negociadores dos 175 países envolvidos pediram esforços pela retomada da confiança entre países ricos e pobres, mas nenhum deles anunciou concessões que pudessem contribuir com tal fim. Em dezembro, divergências entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento foram determinantes para que a cúpula de Copenhague terminasse sem a adoção de um novo tratado climático de cumprimento obrigatório.

Em frente ao local da conferência, ambientalistas despejaram cerca de quatro toneladas de cacos de vidro no chão, junto com uma placa com a palavra "Copenhague" e um cartaz dizendo "Recolham os pedaços".

A reunião de Bonn, de sexta-feira a domingo, deve definir quantos encontros extraordinários acontecerão antes da conferência ministerial anual marcada para 29 de novembro a 10 de dezembro em Cancún, no México.

A maioria deseja duas ou três sessões extras, o que seria abaixo do que ocorreu em 2009, mas pouca gente falou em buscar um acordo vinculante já em 2010 - a maioria acha que isso ficará para 2011, quando a reunião ocorre na África do Sul.

"O grupo africano acredita que a nossa prioridade deve ser restaurar a verdade, reconstruir a confiança e portanto resgatar o processo", disse Nsiala Tosi Bibanda Mpanu Mpanu, da República Democrática do Congo, em nome dos países africanos.

Países como Arábia Saudita, Bolívia, Venezuela e Cuba disseram que há risco de que se repita o erro cometido nos preparativos para Copenhague, quando as propostas foram definidas por poucas nações - ignorando muitas das 194 nações filiadas à ONU.

Esse complicado processo se destina a definir um tratado que substitua o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.

"Pequenos grupos informais foram reunidos e estão se proliferando (...), autosselecionados para produzirem um acordo por trás das costas dos outros", disse a delegada venezuelana, Claudia Salerno.

O México convocou uma reunião informal com um grupo de cerca de 40 países-chave --muitos consideram que o processo fica inviável com 194 participantes. Os EUA realizarão na semana que vem um encontro com 17 países responsáveis por 80 por cento das emissões globais de gases do efeito estufa.

A cúpula de Copenhague terminou com um acordo que não é de cumprimento obrigatório, mas recebeu apoio de cerca de 120 nações. Sem maior detalhamento, ele estabelece metas para a limitação do aquecimento global a 2 graus Celsius acima dos limites pré-industriais, e também prevê verbas de curto prazo para ajudar os países em desenvolvimento a se adaptarem e mitigarem o problema.



Extraído de msn.com.br

Luto

É em tom de profunda tristeza e luto que escrevo este post sobre as vítimas dos temporais no Estado do Rio de janeiro, principalmente no município de Niterói.

Causado pela passagem de uma frente fria pelo Estado associado a correntes de vento, as chuvas que ocorreram nestes últimos dias arrasaram locais, principalmente onde havia ocupação de forma desordenada, que entraram em colapso levando a completa paralisação de grande parte da cidade do Rio e Grande Rio.

Isso sem falar no morro do Bumba em Niterói que sofreu um deslizamento de terra que levou a morte de várias pessoas.
Particularmente acredito que esse trágico incidente tenha a ver mais com a ocupação desordenada feita pela população e as obras realizadas pela administração pública naquele local do que propriamente com a chuva que só acelerou um processo que fatalmente iria acontecer; pois quando um aterro sanitário é desativado sua área de construção sofre um processo primeiramente de "inchamento" - já que com o passar dos anos o gás metano produzido da composição do lixo causa certa expansão no interior do solo - e posterior processo de "esvaziamento" - já que com o tempo esse gás se dissipa e assim o solo torna a se acomodar de maneira a retornar ao seu estado anterior - o que tornaria assim impossível a realização de construções naquela localidade; já que devido ao processo anteriormente citado e uma série de outros fatores como a sujeição dessas pessoas a doenças respiratórias e de pele por suas exposições ao solo do aterro, o mesmo se mostra impróprio para habitação.

Não estou e também acho que nem é hora de encontrar culpados para tal tragédia, mas sim que agora é a hora de mostrarmos como brasileiros e, antes de tudo, como seres humanos a nossa solidariedade com aqueles que perderam praticamente tudo que levaram uma vida inteira para construir.

domingo, 4 de abril de 2010

Tendência Populacional

O Brasil começa a demonstrar, pelo menos no Estado de SP com mais intensidade, que sua população começa a envelhecer. Antes, e ainda hoje pelo menos por enquanto, o país era caracterizado como sendo de pirâmide populacional com base larga e topo afunilado (o que significa dizer que possuí uma população predominantemente jovem e com poucos idosos) mas ao longo dos tempo isso vem se modificando, muito por conta de maior acesso aos métodos contraceptivos pela população, pela urbanização acelerada, pela reforma médico-sanitária e pela entrada da mulher no mercado de trabalho, e a tendência é que agora a base comece a afunilar e o topo a se alargar aos poucos, o que confere ao país uma população mais "madura" muito semelhante a grande maioria dos países europeus.

Essa mudança na pirâmide etária brasileira implica em algumas transformações e gera consequências tais como:
* Mudanças no sistema público de saúde - que terá que contar com mais geriatras - Além de um investimento maior no mesmo
* Possível Déficit na previdência - já que teremos mais gente recebendo dela do que propriamente contribuindo
* Prejudicaria o efetivo militar - já que contaria com menos jovens que iriam se alistar
* Mudaria o eixo do turismo - que teria que se readaptar com pacotes voltados para este tipo de público
* Transformações urbanas - para facilitar o acesso da população a certos locais que atualmente são de difícil acesso sem a devida estrutura.


São Paulo envelhece. Não porque a cidade está próxima de completar cinco séculos de fundação. Mas por sua população, cada vez mais amadurecida. Nos últimos dez anos, o número de paulistanos com 60 anos ou mais subiu 35% e chegou a 1,3 milhão. E a tendência trará uma mudança simbólica em 2024, quando a população idosa vai superar a de crianças e jovens até 14 anos.

Pela projeção da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), feita com exclusividade para o Estado, esse fenômeno ocorrerá em 2024. Será quando, pela primeira vez desde que há levantamentos do tipo, o contingente da terceira idade (que será de 2,2 milhões) ultrapassará o de crianças (de 2,13 milhões). Além da tendência de alta entre os mais velhos, a população mais nova (de 0 a 14 anos) começa a diminuir a partir do ano que vem, quando somará 2,63 milhões, 200 mil a menos que hoje. A metrópole terá de se adaptar a esse cenário.

"Uma mudança como essa exigirá que a cidade se adapte, com opções de lazer, transporte, habitação e até publicidade mais focada nesse público", analisa o demógrafo Carlos Eugenio de Carvalho Ferreira, da área de projeções demográficas da Seade. Para ele, o envelhecimento da população se deve a uma combinação de fatores, como a rápida urbanização; a participação crescente das mulheres no mercado de trabalho e o desenvolvimento da saúde pública.

Nos últimos dez anos, o número médio de filhos por mulher, na capital, caiu de 2,2 para 1,9. Uma redução de 14%. Se o mesmo ritmo for mantido, em 2017 o índice será de 1,64 - equivalente ao de países europeus.

Em 1980, a idade média do brasileiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 20,2 anos. Hoje, é de 28,8. A tendência é de crescimento: 35,8 em 2025; 42 em 2040; e 46,2 em 2050, quando haverá 64 milhões de brasileiros com 60 anos ou mais, frente a 28 milhões com menos de 15 e 50 milhões entre 0 e 24 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Extraído de msn.com.br