terça-feira, 21 de março de 2017

Geoplaylist - (Guilherme Arantes - Planeta Água)

Na véspera do dia mundial da água, a nossa indicação de hoje não poderia outra além de "Planeta Água", de Guilherme Arantes. 

Várias são as possibilidades a serem exploradas com esta música. Passando pelo sexto ano até o Ensino Médio, podemos usar a música para discutir ciclo da água, uso consciente da água, corpos hídricos, seca no Nordeste, usos econômicos da água e etc. 

A dinâmica envolvendo a música pode conter pesquisas, seminários, debates, além, é claro, de um trabalho interdisciplinar com ciências/biologia, dependendo da série em que se aplicará o trabalho.  

Não necessariamente o trabalho precisa da data de amanhã para ser utilizado, mas a data é um ótimo dia para reforçar o intuito do trabalho que pode ser o de conscientizar e alertar sobre o uso que fazemos deste bem tão essencial a vida. 


terça-feira, 14 de março de 2017

Mais um problema envolvendo imigrantes na UE

Caros leitores do blog, 

Antes de começar o texto, gostaríamos de pedir desculpas pela longa ausência. Estamos enfrentando problemas técnicos que não nos permitem, por hora, publicar diariamente como de costume, além dos textos semanais. 

Dentro do possível estaremos tentando manter a regularidade pelo menos dos textos semanais. Assim que a questão for resolvida, retomaremos a nossa rotina de postagens. 

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Mais uma vez a questão dos refugiados de um lado do Mediterrâneo acaba refletindo em sua outra margem. 

Se as guerras civis na Ásia e na África que levaram a uma onda migratória maior até do que a da 2ª guerra foram capazes de fazer a terra da Rainha "pedir pra sair" da UE por não querer se misturar aos demais. A crise dos refugiados ganha mais um capítulo dentro do bloco. 

Pioneiro em sua organização, cujo exemplo é seguido pelos demais blocos que vieram logo após, a UE parece não saber lidar com a questão migratória em seu bloco. Pelo menos não que tange os migrantes que não são intra-bloco e de poder aquisitivo pífio. 

Sabe-se que não é fácil encontrar unanimidade entre pessoas, que dirá entre países. Mas esta questão em particular, tem tirado o sono da UE nos últimos tempos. 

Embora os conflitos da outra margem do Mediterrâneo já ocorressem há anos; o pessoal da margem europeia não se mostrou incomodado ou solícito em ajudar a resolver as questões exatamente pelo problema estar "do outro lado". 

O problema é que a partir do momento em que começou a cruzar o Mediterrâneo, embora de forma precária e, muitas vezes, não chegando a completar a travessia, a indiferença deu lugar a preocupação. Não a preocupação com o próximo, mas a preocupação com o seu. 

Várias hipóteses sobre a melhor forma de abrigar os refugiados foram levantadas, assim como vários pontos de discordância sobre cada uma delas. Enquanto uns tentavam empurrar o problema para os países de "segunda classe" dentro da UE, outros lutavam por uma distribuição mais justa dentro do bloco que levasse em conta a saúde financeira de cada país para determinar a quantidade de refugiados. 

Diante deste impasse, a terra da Rainha arrebitou o seu nariz real e pediu para se retirar da brincadeira dando início a uma situação sem precedentes: a saída de um membro do bloco. 

Os termos do acordo ainda estão sendo costurados, mas a fragilidade do bloco em relação à migração parece ser o início de um efeito dominó que assombra o bloco. Mais um destes movimentos ocorreu esta semana, desta vez entre Holanda e Turquia. 

Postulante assíduo a uma vaga no bloco, a Turquia rompeu relações com a Holanda pelo que achou ser uma democracia seletiva por parte do bloco ao apoiar a Holanda cujas autoridades impediram ministros turcos de discursarem para expatriados em solo holandês. O ato rompeu a relação entre os dois países e estremece mais uma vez o bloco em relação aos refugiados. 

Em meio a isso tudo, temos um bloco que agora anda cambaleante não só pela questão da imigração e pela saída de um dos seus membros mais ricos (como se não fosse pouco), mas também pela crise que desde 2008 tem dado trabalho ao bloco para reerguer-se... Que o digam os gregos... 


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Geoplaylist - (Luiz Gonzaga - Xote Ecológico)

A nossa recomendação musical de hoje se trata de uma música que cremos ser pouco conhecida, mas parte integrante da infinita e maravilhosa obra de Luiz Gonzaga. 

A música "Xote Ecológico" do mestre do Baião é uma homenagem ao seringalista Chico Mendes, conhecido por sua luta e que terminou assassinado no norte do país. 

Além da referência à Chico, cuja história de vida pode ser explorada pelo professor, a música faz referência aos danos causados pela poluição no meio ambiente. A mesma pode ser trabalhada em poluição ambiental e serve tanto para Geografia quanto para Ciências, gerando até mesmo uma aula interdisciplinar. 

Como forma de avaliação, podemos realizar um debate que busca esclarecer as várias formas nas quais podemos interpretar a aplicação do verso "poluição comeu" repetida diversas vezes na música. Os alunos podem ser questionados sobre como a poluição "come" o meio ambiente e o professor elucidaria quais as consequências destes atos. 

A música pode ser usada como um abre-alas na discussão sobre a poluição e suas causas e consequências; seja para o homem, seja para o planeta. Além de convidativamente reflexiva, sua melodia é bem agradável e pode proporcionar um despertar de ideias bastante interessante em sala de aula. 


terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Largado Olímpico

O assunto de hoje parece ser um tema já batido, mas que tem passado despercebido aos olhos do público em geral que assiste a tudo com uma morosidade que só seria explicada se fosse o caso de estar acontecendo em outro país, mas não é. 

Menos de um ano depois as instalações olímpicas criadas para os jogos do Rio de Janeiro estão se deteriorando por conta do abandono dos gestores públicos municipais, estaduais e federais. 

Não é difícil de encontrar notícias e mais notícias acerca do descaso do governantes com o "legado olímpico". Obras inacabadas, parques que até agora não foram abertos ao público, áreas enormes sem utilização, chegando até ao absurdo de uma arena fechada estar com ar condicionado ligado 24 horas para não deteriorar o piso. 

Todos esses elementos acabam transformando o legado em largado olímpico. Os bilhões gastos para a realização do evento se perdem no tempo (e em tempo recorde) em meio a briga dos gestores que realizam entre si um jogo de empurra para ver quem arcará com as despesas de tais elefantes brancos

Tal como certos estádios construídos para a Copa do Mundo de 2014 hoje se tornam verdadeiros sumidouros do dinheiro público devido a sua subutilização, observamos o legado olímpico se desfazer e junto com ele a ótima oportunidade que tivemos de remodelar a cidade, principalmente no que tange a sua mobilidade

Talvez, se os gestores olhassem mais para o exemplo de Barcelona em 92, que reestruturou radicalmente a cidade, melhorando-a para a população e colhendo os frutos dessa transformação até hoje; não veríamos o legado ser soterrado nas areias do esquecimento. 

Não à toa, também se tornam frequentes as notícias de cidades que retiram suas candidaturas de Megaeventos, seja Copa do Mundo ou Olimpíadas. Parece que mundo a fora, as pessoas já perceberam que os recursos e os espaços destinados para sediar tais eventos podem ser melhor utilizados, ou mesmo transformados, sem que para isso haja a necessidade de um evento que pode trazer consigo, se não for bem aproveitado, prejuízos incalculáveis.  A Grécia que o diga... 

Talvez o nosso problema tenha sido a falta de uma política de Estado que foi trocada por uma política de governo - problema essa histórico se analisarmos com mais cuidado as políticas públicas no país - que pensa sempre em curto prazo e não realiza mudanças necessárias para a nação, mas sim para garantir a próxima eleição, seja um segundo mandato ou a tentativa de emplacar um sucessor. 

Fato é que espaços que agora deveriam servir à população, em especial aquelas que não puderam desfrutar dos jogos ao vivo, vivem trancados e consequentemente abandonados à própria sorte de uma gestão que, ao fim da festa e de uma arrecadação astronômica, quer deixar para os donos da casa o apagar das luzes e a arrumação da casa.    

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Geoplaylist - (Arlindo Cruz - Meu Lugar)

Caros Leitores do Blog, 

Depois de um breve recesso, com um retorno atrapalhado por problemas técnicos, voltamos a nossa publicação semanal no blog, comumente às terças-feiras. 

Este ano, daremos início a uma nova seção dentro do blog. Além das indicações de filmes que tenham a ver com Geografia, que você pode acessar pesquisando na barra de buscas no alto deste blog, buscando pelo título "Geografia, Pipoca e Cinema!"; agora também faremos indicações sobre músicas que permeiam a disciplina e podem ser utilizadas em sala de aula para reforçar determinados conteúdos. 

Para dar início a esta série, hoje vamos começar com uma música que aborda uma das categorias da Geografia apresentada geralmente ao 6° Ano tão logo inicia-se o ano letivo. Estamos falando do conceito de Lugar.

A música é "O Meu Lugar" de Arlindo Cruz, que você pode conferir no clipe abaixo. 


A música aborda um conhecido bairro do Rio de Janeiro, Madureira, que foi local de nascimento do compositor. Ao longo da letra o cantor faz uma homenagem e retrata pequenas passagens suas pelo bairro. 

De refrão fácil e "chiclete" a música pode ser utilizada junto aos alunos para abordar o conceito de Lugar. Nesta letra fica clara a ligação afetiva do cantor com o bairro, sendo este o preceito a ser explorado para a introdução do conceito de Lugar, para a Geografia. 

Como atividade, podemos solicitar aos alunos que façam um pequeno poema ou texto sobre o lugar onde moram em data a combinar. Auxiliados pelo professor(a) de Português, eles podem apresentar seus textos como forma de avaliação pelo professor(a) que se valerá de seu conhecimento para explorar não só o conceito de Lugar, mas o leque de conceitos para os quais podemos abarcar a partir do mesmo. 

Além de promover uma atividade diferente, há também uma maior fixação do conteúdo exposto em sala de aula. A atividade lança mão também da interdisciplinaridade, podendo ser pontuada também pelo professor(a) de língua portuguesa.