terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Oceanos terão mais plásticos do que peixes em 2050

Apesar da notícia acima ser digna daqueles programas sensacionalistas, é a mais pura verdade. 

Recentemente, no fórum mundial social em Davos, foi publicado um estudo onde se prova que, em peso, a quantidade de plástico será maior do que a de peixes nos oceanos. 

Isso prova o quanto a produção de plástico no mundo é feita de forma descontrolada. A produção de plástico precisa ser repensada e sua reutilização precisa ser cada vez mais incentivada. 

Há também a necessidade de se criar mecanismos que diminuam a dependência de plásticos, principalmente em supermercados. Aqui, utilizamos as sacolas retornáveis que são compradas nos próprios mercados e que podem ser reutilizadas diversas vezes, substituindo aquelas de uso único, as mais comuns encontradas nesses estabelecimentos atualmente. 

A reciclagem também deve ser repensada e ampliada para ganhar força e o plástico ganhar reutilizações maiores em substituição ao uso único que acontece na maior parte das vezes mundialmente. 

Enfim, diante deste dado alarmante, mais uma vez nos vemos diante da questão de repensarmos o modo como tratamos o nosso planeta e o que pretendemos deixar para as gerações futuras. 

Neste ponto, acredito que não queremos nossos descendentes se alimentando de plástico e nem nadando em um mar feito do mesmo material... 

Com informações do G1.com.br

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Um mar de lama não soterra a perversidade dessa gente...

Não basta você ter sido avisado diversas vezes antes do desastre ocorrer, que ele aconteceria. Não basta você ter deixado correr frouxo por achar que nunca iria acontecer ou simplesmente por não se importar mesmo. Não basta você causar o maior acidente ambiental da história do nosso país cujas perdas materiais são quase na ordem dos bilhões de reais e as perdas humanas incalculáveis. Não basta você simplesmente ignorar o sofrimento daqueles que sobreviveram a essa tragédia e perderam seus lares, empregos, familiares e etc... Você tem que chegar ao cúmulo da perversidade e humilhar o ser humano que já foi severamente castigado pelo prejuízo que você causou...

Esta semana, enquanto selecionava um assunto para discutir aqui no blog, me deparei com esta atrocidade aqui

Depois de ler, você, nobre leitor, deve estar tão indignado quanto eu que resolvi tornar esta a matéria da semana por achar inacreditável até aonde chega a perversidade humana. 

Como se isso não fosse a pior parte da matéria, ainda teremos que conviver com a certeza da impunidade que já parece ser até de conhecimento da empresa. 

Cada vez menos se houve falar desta tragédia, o valor das multas está descendo e a mineradora quer tentar um acordo com o Governo, que parece disposto a ouvi-la.

Não que as multas aplicadas irão devolver as vidas que se perderam ou recuperar 100% dos prejuízos materiais e ambientais causados pela empresa, mas ver os valores reduzidos a um preço irrisório (que é o que tudo indica, embora eu torça para estar errado) e atos de humilhação como os da notícia acima passarem desapercebidos, não dá!. 

Algo deve ser feito em relação a essa tragédia, os responsáveis devem ser severamente punidos e todos os danos reparados da melhor forma possível. Até porque neste mar de lama muita gente suja vai aproveitar para se esconder e esperar a calmaria, embora nenhum mar de lama conseguirá soterrar a perversidade dessa gente...

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A Cabeça-D´água

Todos os anos, principalmente no verão, muitos turistas costumam buscar pelo litoral, mas nem todos. 

Alguns preferem as áreas montanhosas onde podemos encontrar cachoeiras abertas ao banho e a visitação. Contudo, estes locais escondem um fenômeno, por vezes silencioso, mas que pode ser mortal: a Cabeça D´água.

Geralmente elas ocorrem quando, na parte alta dos rios, o volume de água ultrapassa sua normalidade, o que normalmente ocorre em eventos de chuva, e esse volume acima do normal forma uma "onda" que carrega tudo o que vê pela frente. 

Para não ser pego de surpresa, alguns sinais podem ser notados sobre este fenômeno:

  • A presença de nuvens cinzas no alto das serras, pode ser um indicativo de chuva.
  • Um número excessivo de folhas descendo o rio, pode ser outro sinal. 
  • A coloração das águas também pode ser um indicativo. Costumeiramente a água de lugares assim é de coloração verde (podendo haver alterações de acordo com especificidades locais), mas se ela começar a ficar amarelada, também pode ser indicativo de chuva na parte alta dos rios.
  • Outro sinal que não deve ser ignorado é das pessoas que residem no local. Por conta de vivências das mesmas com o fenômeno, se você for alertado sobre o risco de uma possível cabeça d´água, o conselho deve ser seguido. 
  • Há também as defesas civis dos locais, que podem emitir alertas através de seus funcionários ou mesmo de sirenes. 

Nem toda cabeça d´água é igual, mas como forma ilustrativa da força deste fenômeno deixo aqui um vídeo de uma cabeça d´água registrada em Guapimirim-RJ. 



  

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

"Vende-se ar engarrafado"

Aproveitando que as últimas postagens foram sobre a COP, hoje vamos falar sobre algo que se achava inimaginável e, para alguns, até motivo de piada, mas que se provou ser uma triste realidade, embora com um certo quê cômico. 

Depois de, pela PRIMEIRA VEZ, a cidade de Pequim declarar alerta vermelho em relação à poluição da cidade, uma empresa chinesa começou a vender ar engarrafado do Canadá. A novidade, que parece absurda, logo pegou o gosto dos chineses e todo o estoque já foi esgotado na empresa. 

Facetas exploradoras, aproveitadoras e cruéis do capitalismo à parte, esta notícia, curiosa para não dizer outra coisa, nos convida a refletir sobre alguns questionamentos para o nosso futuro e o das gerações que nos sucederão. 

A primeira delas diz respeito a enorme cara de pau, na falta de um termo melhor, das autoridades da cidade de Pequim em ligar o alerta vermelho para a poluição da cidade, quando, já à época das olimpíadas, o nível de poluição nas áreas de competição, inclusive em Pequim, era 102 vezes acima do considerado aceitável pela ONU. 102 VEZES!  É só agora eles vêm dizer que o nível é alarmante?

Além disso, começamos a perceber, nas pequenas coisas, como esse acordo que vem sendo costurado na COP é de extrema importância para o planeta. Precisamos urgentemente de medidas globais para reverter esse quadro de poluição, agravamento do efeito estufa, aquecimento global, alterações climáticas e etc...

Do contrário, estaremos fadados a um cenário apocalíptico onde a guerra não será pelo petróleo, mas pela água. E isso já ocorre em alguns lugares, como no Oriente Médio, por exemplo, só pra citar um deles.

Contudo, fica um pouco difícil de você buscar soluções para um problema global quando nos deparamos com notícias como essa aqui.   

É de se revirar de raiva um discurso desse. Principalmente quando um símbolo da luta contra o desmatamento faria aniversário hoje, se estivesse vivo. 

Perdão, Chico Mendes, perdão. Mas a luta continua!

Aliás, o Google está prestando uma bela homenagem a este símbolo da luta contra o desmatamento. Vale a pena conferir. 


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A urgência por um acordo em Paris

Antes de iniciar a postagem desta semana, queria me desculpar pelo atraso na mesma. Ontem estava sem internet e só conseguir regularizar a situação hoje. 
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Na semana passada, comecei falando sobre mais uma COP, a 21ª, que está sendo realizada em Paris, e alertei sobre mais um jogo de empurra que seria feito sobre um acordo que tem uma pressa enorme para ser feito, mas anda a "passos de formiga e sem vontade". 

Quase que no mesmo tom, o fantástico publicou no domingo passado uma reportagem que faz um alerta sobre a importância dessa COP 21. 

A reportagem apresenta inclusive um vídeo que projeta como diversas cidades litorâneas serão atingidas pelo aquecimento global. Embora, é bom deixar bem claro que este é um problema numa lista enorme onde podemos também citar a migração compulsória, a perda de biodiversidade, de terrenos agricultáveis, uma reconfiguração espacial de países com áreas litorâneas, além da perda de território, aumento das médias térmicas da Terra, entre outros. 

Enquanto isso, vemos que o acordo ainda emperra numa questão antiga sobre o que cada país deseja em relação ao mesmo. Se de um lado temos os países centrais acreditando que todos devam arcar com os custos de maneira igual, de outro temos os países periféricos e em desenvolvimento alegando que a maior parcela de culpa cabe aos países centrais e, portanto, o maior esforço para resolver essa solução deve partir deles através de financiamentos de pesquisas, compartilhamento de informações e desenvolvimento de tecnologias capazes de retardar esse quadro alarmante. 

Muitos creem que a saída é amenizar ao máximo as fontes poluentes, não para que elas deixem de poluir, mas para que poluam menos. Já outros acreditam que uma mudança de matriz energética pode ser o fio condutor deste acordo, reduzindo assim sensivelmente os níveis de poluição. 

Neste cabo de guerra parece não haver vencedores, pois ambos estão corretos em suas posições; já que o certo seria que as mesmas se complementassem, e não fossem tratadas como opostos. 

Instalar filtros nas indústrias, obrigá-las a tratar seus rejeitos antes de despejá-los na natureza, por exemplo, é tão importante quanto investir no aproveitamento das energias solar e eólica em escala industrial, para que o custo de sua produção seja barateado e assim possamos realmente aproveitar uma energia limpa, sem grandes impactos ao meio ambiente. 

Além dessas medidas, somam-se leis ambientais mais rigorosas e que se façam cumprir através de uma fiscalização mais combativa e eficaz. Talvez uma universalização de leis ambientais em determinadas situações fosse também um grande avanço, desde que se respeite a soberania de cada país. 

Com um leque tão grande de sugestões e medidas, a costura de um acordo que guie o mundo na direção certa para reverter o agravamento do efeito estufa não parece ser um trabalho hercúleo. Mas enquanto esse cabo de guerra persistir, veremos inúmeras COPs que naufragarão junto com as cidades litorâneas das animações do link acima; e o nosso planeta, com isso, vai pelo mesmo caminho...